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TEXTO: ANTROPOLOGIA E ALIMENTAÇÃO

Por:   •  7/6/2018  •  942 Palavras (4 Páginas)  •  320 Visualizações

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a cultura alimentar opera como fonte de inibições referentes ao processo de alimentação, como também atua interferindo quanto agente potencializador de certos hábitos alimentares em detrimento de outros. No Brasil, como se observa notadamente, a cultura alimentar é bastante variada, observada a riqueza cultural de um país que possui dimensões claramente continentais. As restrições alimentares, tão como as prescrições são diversas, podendo variar muito de um estado para outro, por exemplo.A alimentação além de ser observada pela ótica cultural, deve também ser vista como uma manifestação social que transcorre a partir de elementos relacionados às questões econômicas (dicotomia entre a alimentação de ricos e pobres), a divisão sexual presente nitidamente na separação de papéis, aos grupos sociais (no Brasil se nora nitidamente a presença de trabalhadores rurais e operariado urbano) e a categorização dos elementos alimentares que não são uniformes, como observado no texto, mas de um caráter claramente pluriforme. Além disso a alimentação deve ser entendida, dado o contexto em que estamos inseridos, como uma manifestação que visa atender à sobrevivência humana e à reprodução da força de trabalho.É também necessário compreender os laços que se entrelaçam entre o processo saúde/doença e a cultura alimentar. Essa última podendo realizar papéis dicotômicos: tanto em relação a potencializar a saúde humana, como agente de transformação auferindo em processos de degradação da mesma.

A abordagem alimentar tanto antropológica quanto à luz da própria prática médica deve ser repensada, também, em termos de saúde e doença. É fato que hábitos alimentares induzem ao incorpora mento de doenças, mas elas também pode ser significativas no processo de aprimoramento da saúde do sujeito. A saúde em contexto brasileiro, pensada a partir do artigo leva a pensar a saúde em termos de condições financeiras e de trabalho. A base da produção brasileira, seja pensando em operariado urbano, seja repensada a partir da ótica dos trabalhadores rurais incorpora relações de desigualdade que interfere nas condições de vida e saúde desses sujeitos e não podem ser ignoradas. Há também de se repensar sobre a globalização, vista que essa exerce uma forma de domínio sobre os hábitos alimentares locais, se concretizando em situações de riscos à saúde humana, observada a comercialização cada vez mais crescente de alimentos industrializados e não tão saudáveis, como os representados pelos fast foods.

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