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RELATÓRIO REFERENTE À VISITA TÉCNICA AO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS (CAPS AD)

Por:   •  28/9/2018  •  1.692 Palavras (7 Páginas)  •  1.319 Visualizações

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No segundo encontro, realizado no dia 06 de Julho de 2016, ocorreu a entrevista proposta para conhecimento da estruturação e dinâmica do serviço. De início, o profissional de enfermagem da instituição, Aline Kelly Chaves de Almeida, foi indagada acerca do acesso ao CAPS’AD. Esta afirmou que o maior aporte de usuários que se beneficiam do serviço são atendidos por demanda espontânea.

Outras demandas também são atendidas, como pacientes que são referenciados por outras instituições como aqueles advindos do Hospital Regional de Iguatu (HRI), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Estratégia Saúde da Família (ESF), Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

Salienta-se que os residentes dos 10 municípios que constituem a 18ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRES), (Acopiara, Cariús, Catarina, Deputado Irapuan Pinheiro, Iguatu, Jucás, Mombaça, Piquet Carneiro, Quixelô e Saboeiro), e que necessitam de assistência, também são assistidos pelo CAPS AD.

Posteriormente evidenciou-se, por relato da enfermeira, que o estabelecimento é provisório (casa adaptada), e que o mesmo já sofreu diversas mudanças, tanto de estruturação quanto de localidade, desde a sua fundação em 31 de Maio de 2003. Uma nova sede, e desta vez permanente, está sendo construída, e será habilitada para funcionar 24 horas como CAPS AD3.

Atualmente, tem-se o princípio de se trabalhar em rede, e o CAPS AD conta com parceria dos demais serviços como: Secretaria da cultura, Secretaria da saúde e secretaria da educação, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Semi-liberdade, Polícia Militar (PM) e Ministério público, no intuito de aliar pensamentos para melhor comunicação e dispensação de cuidados interligados e assistência multidisciplinar.

Os profissionais que atuam nesse serviço são: médicos psiquiatras, residentes, enfermeira, psicólogo, pedagoga, assistente social, artesãos, recepcionista, auxiliar administrativo, auxiliar de serviços gerais, vigia e cozinheira, que, em equipe, buscam garantir subsídio visando cuidados holísticos e melhor qualidade de vida.

O CAPS AD preza por trabalhar, fundamentalmente, as tecnologias leves buscando acolher e criar vínculos entre profissionais e usuários, bem como, entre esses e a família. Já com este último, há uma certa fragilidade, devido ao contexto que circunda o paciente, como por exemplo, o fato de muitos viverem em situação de rua e tentativas anteriores fracassadas, o que dificulta o acesso à família.

Foi ainda exposto que, quinzenalmente há uma reunião em equipe entre profissionais de saúde, na qual são discutidos estudos de caso e resolução de problemas, a fim de melhorar a assistência em saúde para que haja uma melhor organização do serviço.

A relação do estabelecimento em questão com a ESF ainda apresenta algumas lacunas. Uma destas é a referência e contra-referência. Muitos pacientes não vem encaminhado pela própria referência. Quando ocorre o referenciamento, a busca do controle dos usuários encaminhados, acontece por meio de telefonemas, onde tenta-se manter o contato com a finalidade de assistir o paciente e avaliar o prognóstico, dando continuidade aos cuidados.

O matriciamento é algo que, segundo a enfermeira, está sendo desenvolvido com êxito, no presente serviço, inclusive na ESF do João Paulo e Gadelha, possibilitando o fortalecimento de vínculo e trabalho em parceria. Contudo, foi relatado que houve três equipamentos que não apresentaram efetividade devido ao impedimento encontrado. Muitos profissionais ficaram receosos em trabalhar, especificamente, com a saúde mental por deduzirem que seja uma área que emana riscos.

De acordo com o relato da enfermeira, há fichas de acolhimento, encaminhamento, referência, declaração de comparecimento, na qual são arquivadas na sala da administração. Houve reformulação nas fichas de acolhimento para atender as necessidades de construção de novas estratégias de vínculo entre o profissional e o usuário, a fim de solidificar o relacionamento. Na ficha de atendimento não há dados estatísticos. Contudo, todos os profissionais, uma vez ao mês, se reúnem para a realização de um consolidado, a fim de identificar as maiores demandas.

O indivíduo passa a frequentar o CAPS AD quando faz uso abusivo de determinadas substâncias (opioides, fumo, álcool, etc.), que finda por afetar o trabalho ou até mesmo as atividades de vida diárias (AVD’s). A maior demanda de atendimento é da população masculina, em decorrência do álcool. Já as mulheres que são atendidas, estão na faixa etária de 50 a 60 anos e, fazem uso, tanto do álcool quanto, principalmente, do tabaco.

O atendimento no CAPS AD é iniciado por uma triagem com o cliente, por meio dos profissionais da área da saúde que ali trabalham e, após a triagem, os profissionais junto ao cliente, são responsáveis por elaborar o plano terapêutico de acordo com especificidades para cada paciente. Por não existir atendimento médico diariamente, alguns clientes são referenciados para o CAPS III.

Ressalta-se a importância e existência do processo de educação em saúde, através de terapia ocupacional, que trabalha o coletivo e individual, a habilidade motora, cognitiva e memória do paciente. Grupos terapêuticos são desenvolvidos, tais como, músicas, horticultura, educação em saúde, projeto de vida, tabagismo, artesanato e educação física, objetivando-se socializar, fortalecer vínculos e aflorar habilidades.

Para que o atendimento ao paciente seja efetivado, o enfermeiro possui diversas atribuições como: responsabilidade pela equipe de enfermagem, assistência realizada aos usuários, Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), as intercorrências clínicas, o sondar queixas e liberação das medicações, orientações, administrar medicações prescritas, evoluções de enfermagem, dentre outras.

Por fim, levantou-se o questionamento acerca dos principais diagnósticos de enfermagem identificados pela enfermeira no momento da consulta de enfermagem. Segundo ela, os que mais se aplicariam aos pacientes seriam: “nutrição desequilibrada, para menos que as necessidades corporais”, “Padrão de sono prejudicado”, “interação social prejudicada”, “padrão respiratório ineficaz relacionado ao fumo”, “processo familiar interrompido”, dentre outros, a depender da particularidade de cada paciente.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme

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