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PSIQUIATRIA - HUMANIZAÇÃO DO ACOLHIMENTO DO DOENTE MENTAL PELO ENFERMEIRO NO SERVIÇO DE PSIQUIATRIA

Por:   •  28/11/2018  •  1.362 Palavras (6 Páginas)  •  319 Visualizações

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DISCUSSÃO

O processo de acolhimento se insere no marco teórico do Sistema Único de Saúde (SUS), cujos princípios apontam para a descentralização do atendimento médico, implantando práticas interdisciplinares de promoção à saúde.

O acolhimento, como reorganizador do serviço de saúde mental, implica a responsabilização clínica, a intervenção resolutiva e a humanização do atendimento, através da escuta qualificada do problema de saúde do usuário e do estabelecimento de vínculos entre o serviço e a população. Deste modo, o acolhimento deve começar na recepção do serviço e atravessar todo o processo de tratamento, incluindo a relação dos trabalhadores entre si e destes com os usuários; visando o acesso universal, a melhoria na qualidade da assistência, favorecendo a relação usuário/trabalhador, e ampliando a intervenção (COIMBRA, 2003).

Dessa forma, é fundamental que os profissionais da saúde, particularmente os enfermeiros, considerem que a atitude em relação ao paciente fundamenta o projeto terapêutico, não importando a técnica que instrumentaliza uma intervenção. De acordo com Barros,Oliveira e Silva (2007); é necessário ter:

a) atitude solidária afetiva que se traduz em respeito para com a experiência diferente do paciente; devolução da dignidade ao paciente; consciência da falta de poder do paciente; ruptura da hierarquização entre o poder da organização institucional e as necessidades do paciente. b) atitude psicoterapêutica, que compreenda o paciente; aceitar o que o paciente diz e vive; envolvimento emocional com limites e escutar o paciente. c) atitude reabilitatória para que o paciente possa restabelecer suas relações afetivas e sociais; reconquistar seus direitos na comunidade e reconquistar seu poder social .

Segundo Schimidt & Figueiredo (2009),

o modo como o acolhimento é feito é determinante para os desdobramentos do atendimento. Acolher é um processo que depende não só da estrutura ou de aspectos físicos do acesso, mas dos recursos clínicos da equipe, como atender, escutar, avaliar e discriminar as demandas. O acolhimento exige, por um lado, uma ação imediata (urgência) e, por outro, um intervalo de tempo para a resposta (traçar a conduta). Este é o momento de um diagnóstico da situação, de uma primeira abordagem do que se apresenta.

As funções do enfermeiro estão focadas na promoção da saúde, na prevenção do transtorno mental, na ajuda ao doente a enfrentar as pressões desta enfermidade e na capacidade de assistir ao paciente, a família e a comunidade, ajudando-os a conviver com o paciente com transtorno (DUTRA et al, 2009).

CONCLUSÃO

A partir desse estudo, fica clara a importância do acolhimento ao portador de doença mental; que deve ser realizado através de uma assistência pautada em uma ideologia de cidadania, ética, humanização e integralidade.

É preciso restabelecer no cotidiano o princípio da universalidade do acesso, a responsabilização pela saúde dos indivíduos e a conseqüente constituição de vínculos entre os profissionais e população empenhando-se na construção coletiva de estratégias que promovam mudanças nas práticas dos serviços, onde a defesa e afirmação de uma vida digna de ser vivida seja adotada como lema.

A noção de acolhimento é fundamental para que se possa transformar as maneiras tradicionais de lidar com a doença mental, inicialmente no sentido da humanização das relações e, no sentido do respeito ao doente mental. A humanização pode ser considerada a base para o acolhimento do doente mental, uma vez que implica na ruptura com uma concepção de doença mental que a associa à animalidade e à irracionalidade.

E é nesse contexto de humanização que o enfermeiro se insere dentro da equipe de saúde mental. Humanizando o atendimento, acolhendo o paciente e criando vínculos para que cada caso possa ser tratado individualmente e o portador de doença mental possa receber o tratamento adequado para o seu distúrbio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, Sônia; OLIVEIRA, Márcia Aparecida Ferreira de; SILVA, Ana Luisa Aranha e. Práticas inovadoras para o cuidado em saúde. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 41, n. spe, Dez. 2007. Disponível em: . access on 02 Sept. 2010. doi: 10.1590/S0080-62342007000500013.

COIMBRA,Valeria Cristina Christello. Acolhimento num centro de atenção psicossocial. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP).Tese. Enfermagem Psiquiátrica, 2003.

DUTRA, J. D. A. F. et al. Assistência de enfermagem em saúde mental na atenção primária. Monografia apresentada à Área de Ciências Biológicas e da Saúde –Curso de Enfermagem. Universidade Vale do Rio Doce. Governador Valadares, 2009.

LOPES, Daniela. Grupos de pesquisa da EE inserem os profissionais de enfermagem em práticas multidisciplinares de saúde mental. USP Online, 2010. Disponível em: http://www4.usp.br/index.php/educacao/18653-grupos-de-pesquisa-da-ee-inserem-os-profissionais-de-enfermagem-em-praticas-multidisciplinares-de-saude-mental

Ministério da

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