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PROGRAMA DE SAÚDE DO ADOLESCENTE

Por:   •  15/11/2018  •  3.356 Palavras (14 Páginas)  •  433 Visualizações

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O sistema de referência e contra-referência deverá serentendido de forma mais ampla, incluídos, além dos níveissecundários e terciários, o estímulo e o encaminhamento a centrosculturais, organizações comunitárias e outros, com o objetivo final da promoção da saúde2.

É de suma importância que todas as áreas se interliguem visando implementar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em todas as esferas municipais, estaduais e federais atuando lado a lado a saúde, a educação a assistência social juntamente com os conselhos e Conselho Tutelar, não sendo possível abordar a saúde do adolescente sem que hajam estes fortes laços intersetoriais2.

2.2.1 PROSAD – Diretrizes e Objetivos

As diretrizes foram criadas para facilitar o acesso à atenção a saúde, também proporcionando atendimento de qualidade, tornando o usuário dos serviços uma pessoa presente em todo o processo do planejamento da assistência. O PROSAD respeita as diretrizes definidas para o Sistema Único de Saúde apontados na Constituição Brasileira2.

Para que se alcancem as diretrizes previamente definidas devem ser utilizados como guia alguns objetivos dentre eles podem ser citados: promoção da saúde do adolescente de forma integra e por completo buscando a redução da morbimortalidade buscando o favorecimento do seu processo de crescimento e desenvolvimento; criar normas para regrar as áreas mais importantes do programa; ter como foco o adolescente de cada região, respeitando suas crenças e modo de vida, tendo como base as particularidades e peculiaridades de cada estado estimulando a criação e implementação de programas estaduais e municipais uma vez que estes tenham foco no adolescente e em seu desenvolvimento; promover e apoiar estudos e pesquisas multicêntricas relativas à adolescência; incentivar a utilização de sistemas integrados com as informações nacionais de saúde criando um banco de dados para coleta e distribuição de informações de cada região; estimular atividades interinstitucionais tanto governamentais como não governamentais com foco na criação de políticas nacionais para a juventude e a adolescência sempre norteadas pelo ECA2.

Vale ressaltar a necessidade de atendimento ao jovem e adolescente visando a participação ativa no desenvolvimento e na divulgação das ações propostas, bem como reconhecer que esse público possui capacidade suficiente para tomar decisões de forma responsável, portanto tornam-se princípios fundamentais na atenção a ética, pautando princípios de respeito autonomia e liberdade, a privacidade fazendo com que cada adolescente seja atendido sozinho caso seja essa sua vontade para que assim sinta mais liberdade e confiança no trabalho prestado, proporcionando a garantia do sigilo das informações obtidas durante os atendimentos não sendo repassadas aos seus pais e/ou responsáveis, bem como aos seus pares, sem a sua concordância explícita. No entanto, eles devem ser informados sobre as situações que requerem quebra de sigilo, ou seja, sempre que houver risco de vida ou outros riscos relevantes tanto para o cliente quanto para terceiros, como por exemplo situações de abuso sexual, idéia de suicídio, entre outros6.

2.3 PROSAD – Áreas de intervenções

As mudanças sofridas pelos adolescentes são intensas. Eles constituem grupo heterogêneo com características individuais, não cobertas pelos critérios técnicos. A adolescência é, portanto, fase de importantes transformações biológicas e mentais, articuladas ao redimensionamento de papéis sociais, como mudanças na relação com a família e escolha de projeto de vida. Percebe-se o quanto essa fase deve ser valorizada, constituindo-se em período de muita vulnerabilidade e exposição a fatores de risco3.

O conjunto de ações de promoção, diagnóstico, tratamento e recuperações voltadas ao adolescente que acompanha o crescimento e desenvolvimento; a sexualidade; saúde mental; saúde reprodutiva; saúde do escolar adolescente; prevenção de acidentes; violência e maus-tratos; família; trabalho; cultura; esporte e lazer3.

As atividades a serem desenvolvidas para os adolescentes devem ser trabalhadas de formas simples, porém de muita qualidade com riquezas de detalhes focando nos debates de assuntos polêmicos, de difícil compreensão e de interesse coletivo, trazer o adolescente para a tomada de decisão do que será discutido, fazer com que ele se torne um item importante para o grupo, transformando-o em um promotor de conhecimentos é de suma importância para o sucesso do projeto3.

As ações básicas propostas, fundamentam-se numa política de promoção da saúde, identificação de grupos de risco, detecção precoce dos agravos, tratamento adequado e reabilitação. Foram consideradas áreas prioritárias: o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, a sexualidade, a saúde bucal, a saúde mental, a saúde reprodutiva, a saúde do escolar adolescente, a prevenção de acidentes, a violência e maus tratos3.

2.3.1 Crescimento e Desenvolvimento

O conjunto de modificações biológicas, fortemente influenciado pelos fatores genéticos e ambientais da adolescência e denominado de puberdade e engloba os seguintes componentes: aceleração e desaceleração do crescimento esquelético, alteração da composição corporal, Desenvolvimento dos sistemas respiratórios e circulatórios, órgãos sexuais e caracteres sexuais e secundários. Para promover o crescimento e o desenvolvimento saudável desse adolescente, independente do sexo, é fundamental que sejam acompanhados nas unidades básicas de saúde para: investigar o crescimento físico, identificando variáveis pubertárias fisiológicas normais ou patológicas e suas repercussões no indivíduo. Atentar ao indivíduo com deficiência e suas características apresentada (física, visual, auditiva, intelectual ou múltipla); imunização (complementar o esquema vacinal); contribuir com um padrão de alimentação saudável e identificar possíveis distúrbios nutricionais; investigar e trabalhar com fatores de riscos atuais e potenciais presentes nos modos de vida (uso abusivo de drogas, doenças crônicas e violências); identificar possíveis problemas emocionais e suas vulnerabilidades; fortalecer os desafios para a construção de políticas integradas que retirem e protejam a criança e o adolescente do trabalho precoce e desprotegido, e as vulnerabilidades frente as enfermidades e aos agravos a saúde trazidos por estas situações; desenvolver ações preventivas com a família, escola, comunidade e com a própria criança e adolescente2.

É

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