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CURSO DE JORNALISMO PROGRAMA DE RÁDIO: ESPORTE EM CONEXÃO ANDRIELE SIMONE MEIRA DE ABREU EDSON DE SÁ VIANA

Por:   •  12/12/2018  •  3.709 Palavras (15 Páginas)  •  324 Visualizações

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Naquela época os ouvintes não tinham acesso a uma transmissão completa dos jogos, os relatos eram feitos apenas por meio de boletins informativos. Segundo historiadores, Nicolau Tuma foi pioneiro ao transmitir uma partida de futebol na integra.

3. CONTEXTO ESPORTIVO

CENÁRIO NACIONAL

Segundo o jornalista esportivo Cosme Rimoli, escreveu através do seu blog, “o rádio esportivo brasileiro está agonizando. As novas tecnologias seduziram o torcedor. Os patrocinadores estão sumindo. Não há renovação dos locutores. Vive a maior crise de sua história...”

O veículo não morreu, apenas se transformou. Hoje, neste princípio de século XXI, a radiomorfose continua e o veículo não vai morrer com o impacto das novas tecnologias digitais e da web, mas busca uma readaptação e encontra seu caminho numa nova linguagem, especialmente desenvolvida para os novos suportes. (PRATA, 2012, p. 79).

Conforme (blog Cheni, 2015) as principais rádios esportivas, são: Transamérica FM, Globo AM, CBN FM, Capital AM, Bandeirantes FM e Jovem Pan AM. Todas elas contam com locutores da velha guarda que traz certa credibilidade e segurança nas transmissões, por outro lado existe uma resistência em se adequar as novas tecnologias e filosofias nas transmissões esportivas.

CENÁRIO REGIONAL

O cenário regional não se distancia nenhum um pouco do nacional. Na década de 90, o rádio esportivo viveu o seu auge no que se refere à programação esportiva. Aqui em Cuiabá, se destacou a chamada “equipe de ouro” da rádio CBN Cuiabá, na qual faziam parte. O jornalista Orlando Antunes como comentarista e o locutor Reinado Costa contratado na época da rádio Globo. Nessa época qualquer partida envolvendo os grandes clubes de Cuiabá, Mixto, Operário, ou Dom Bosco chegavam a levar para o antigo estádio Verdão, cerca de 10 mil pessoas. Hoje em uma decisão de campeonato Mato-grossense não chega a cinco mil torcedores na atual Arena Pantanal.

Segundo o jornalista e radialista esportivo, Orlando Antunes, pioneiro nesse seguimento. O rádio esportivo modificou muito, antigamente você era contratado para ser narrador, comentarista ou âncora de um programa. Hoje para trabalhar na rádio, você tem que comprar um horário. “Para trabalhar na rádio, você tem que dispor de um valor mensal entre 4 a 5 mil para ter uma hora por dia na programação de uma rádio. Depois disso você vai correr atrás de patrocinador para pagar o seu horário e também se pagar e pagar as pessoas que vão trabalhar com você. Então podemos dizer que o rádio esportivo é uma coisa quase em extinção”.

Orlando Antunes ainda destaca a dificuldade de criar uma equipe esportiva, para o rádio em nosso estado nos dias atuais.

“Hoje você não consegue montar uma equipe para sair de Cuiabá e transmitir um jogo em Lucas do Rio Verde, a despesa é grande para você levar três a quatro pessoas, você tem que ir de carro, enfrentar estrada. E o que é pior, para se montar uma equipe tem que ter equipamentos de qualidade, uma maleta de transmissão, microfone xuri, uma maleta de retorno para você ouvir o som da rádio, então isso aí está quase se extinguido não só aqui no Mato Grosso. Tanto que no dia quatro de maio em uma partida na Arena Pantanal, entre Luverdense e Paysandu, pela final da copa verde, nenhuma emissora de Belém (PA) mandou uma equipe para fazer a cobertura do jogo. Ao invés disso eles pegaram uma única radio aqui de Cuiabá que transmitiu o jogo e entraram em cadeia de transmissão, exatamente pela falta de poder aquisitivo para trazer uma equipe. Esse vem sendo o modelo adotado pelas rádios, para fazer transmissão fora da cidade.

4. A REPORTAGEM ESPORTIVA NO RÁDIO

“Uma forma de aprofundar um assunto é com o uso das grandes reportagens que são produzidas com mais tempo e ganho em qualidade na construção de sua estrutura narrativa. [...] também conhecida como reportagem em especial ou reportagem em profundidade a grande reportagem constitui-se em um meio-termo entre a reportagem comum, aquela do dia a dia, e o documentário. Aparece como ampliação quantitativa e muito mais profundamente, qualitativa do trabalho usual e cotidiano corporificada nos boletins dos repórteres de uma emissora de rádio. Não chegando a ter a abrangência de um documentário, adentra o terreno de um jornalismo interpretativo. [...]. O autor complementa firmando que a grande reportagem pode também “se aproximar do gênero diversional” (FERRARETO, 2014, p. 167).

Em qualquer outro tipo de jornalismo praticado, seja em qual meio for a reportagem será sempre valorizada por conta do aprofundamento da informação. Espera-se, nesse formato, uma interpretação aprimorada dos fatos.

É o material elaborado pelo repórter, com duração de 3 a 5 minutos geralmente composto pela cabeça ou lide da matéria liga pelo autor, seguido de sonora do entrevistado (ou várias inserções intercaladas com a fala do repórter) mais as ilustrações do palco de ação, ou seja, de sons do local onde ocorreu o fato. Por exemplo: palavras de ordem proferidas durante passeata, barulhos de sirene numa perseguição da polícia, etc. (LUCH, 2009, p. 64).

5. INOVAÇÃO E O USO DA TECNOLOGIA

Tendo em vista que as tecnologias estão em constante evolução, faz-se necessário que os profissionais da rádio participem de capacitações para acompanhar as novas ferramentas disponíveis. Enquanto algumas se preocupam com a adequação dessas novas ferramentas como, por exemplo, transmitir um programa simultaneamente na rádio e na web com a participação do ouvinte, através das redes sociais.

[...] um modelo de radiofonia genuinamente digital, não mais acessado por um aparelho de rádio, mas pelo computador ou smartphone; não mais sintonizado por uma frequência no dial, mas por um endereço na internet; não mais explorado por uma concessão governamental, mas nascido a partir da livre iniciativa de seus proprietários; não mais de alcance geograficamente limitado, mas com abrangência universal. (PRATA, 2013, p.3).

É o caso da rádio Bandeirantes de SP, que faz as transmissões de seus programas ao vivo, na página da rádio no Facebook. Algumas emissoras de rádio continuam com o mesmo modelo antigo de transmissão, ignorando o processo de convergência e a exigência do público atual. César (2005), parte dos radialistas estão acomodados, pois não conseguem confrontar a internet pelo seu espaço.

Hoje, observando

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