Erros de medicação
Por: eduardamaia17 • 5/4/2018 • 3.288 Palavras (14 Páginas) • 294 Visualizações
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DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO DE MEDIDAS PREVENTIVAS DOS ERROS NA MEDICAÇÃO
O estudo dos erros humanos é recente e o sistema de saúde está bastante atrasado na aplicação desse novo saber, a ciência da segurança, que possui alguns modelos de excelência, tais como a aviação e as companhias geradoras de energia nuclear. Não obstante esse atraso, a formação dos profissionais que lidam com vidas humanas é fortemente marcada pela busca da infalibilidade. Inicia-se aí a extrema dificuldade de médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais lidarem com o erro humano nas organizações de saúde.
Dentre as principais iniciativas para melhorar a segurança do sistema de utilização de medicamentos nas instituições de saúde está o estabelecimento de um compromisso institucional de criar uma cultura de segurança, promovendo a notificação de erros em um ambiente não punitivo. Geralmente a maioria dos erros que acontecem tem origem sistêmica, entretanto um número reduzido de erros é provocado por comportamento de risco. Desta maneira, nem todos os erros podem ser classificados como sistêmicos, aqueles que tem como causa um comportamento de risco, devem ser abordados de forma diferente, podendo inclusive serem tomadas medidas punitivas ou retirada do funcionário da função exercida. Portanto, é preciso entender que um ambiente não punitivo, não significa a tolerância a ações intencionais de risco, de profissionais que não seguem as regras de segurança de forma proposital e/ou reincidente.
Um dos obstáculos encontrados para o estudo e prevenção de erros de medicação é a falta de padronização e a multiplicidade da terminologia utilizada para classificá-los. Erro de medicação é definido como um evento evitável, ocorrido em qualquer fase da terapia medicamentosa, que pode ou não causar danos ao paciente.
Tipos de erro de medicação:
- Erro de prescrição;
- Erro de dispensação;
- Erro de omissão;
- Erro de horário;
- Erro de administração não autorizada de medicamento;
- Erro de dose;
- Erro de apresentação;
- Erro de preparo
- Erro de administração;
- Erro com medicamentos deteriorados;
- Erro de monitoração;
- Erro em razão da não aderência do paciente e família;
- Outros erros de medicação e estratégias de prevenção.
ERRO DE PRESCRIÇÃO
Erro de prescrição com significado clínico é definido como um erro de decisão ou de redação, não intencional, que pode reduzir a probabilidade de o tratamento ser efetivo ou aumentar o risco de lesão no paciente, quando comparado com as praticas clínicas estabelecidas e aceitas.
Erros de Prescrição
Exemplos
Escolha incorreta do medicamento (erro na indicação, contraindicação, alergias conhecidas, dentre outros)
Prescrição de penicilina a paciente sabidamente alérgico a esse medicamento;
Prescrição incorreta da dose do medicamento
O paciente deveria conhecer 440mg de cloridrato de Vancomicina por dia, dividida em quatro doses de 110mg. Foi prescrito 440mg de cloridrato de Vancomicina a cada 6 horas.
Prescrição incorreta da via de administração do medicamento
Prescrição de dipirona sódica 10 gotas por via intravenosa.
Prescrição incorreta de velocidade de infusão do medicamento
Prescrição de antifúngico Anfotericina B por infusão em 1 hora. A administração da Anfotericina B deve ser lenta, em no máximo 2 horas
Prescrição incorreta da forma de apresentação do medicamento
Medicamento disponível em comprimido foi prescrito por via intravenosa.
Prescrição ilegível
Prescrição incompleta
Prescrição de cloritado de cefepime 1g acada 8 horas. Não estava descrita a via de administração do medicamento.
Estratégias de Prevenção
Padronizar as prescrições de medicamentos:
- Evitar emprego de abreviações, porém, se for imprescindível, a instituição deve elaborar um manual descrevendo as siglas para uniformizar o uso de abreviações;
- Evitar o uso de casa decimal, porém, quando for imprescindível, utilizar número antes do ponto. Ex.: 0,50 ao invés de .50;
- Destacar as alergias conhecidas, colocando a informação na capa do prontuário, na prescrição do dia e na pulseira do paciente;
- Uniformizar a utilização de unidades de medida;
- Incluir informações sobre peso do paciente;
- Implantar sistema eletrônico de prescrição de medicamentos com recursos de apoio à decisão clínica;
- Disponibilizar local adequado para a prescrição de medicamentos, sem fontes de distração e que proporcione poucas interrupções;
- Documentar o cálculo das doses de medicamentos de alto risco no prontuário do paciente;
- Implantar dupla checagem do cálculo de medicamentos, por dois profissionais, sempre que possível;
- Incluir um farmacêutico clínico na equipe multidisciplinar que verifique a adequação da prescrição e a dose do medicamento e que esteja disponível para esclarecimento de dúvidas nas outras etapas do sistema de medicação;
- Solicitar que o médico refaça os cálculos da dose prescrita sempre que houver dúvidas ou
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