Diabetes
Por: Carolina234 • 16/4/2018 • 3.744 Palavras (15 Páginas) • 332 Visualizações
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O tratamento do diabetes gestacional inclui dieta, exercício físico e por vezes, aplicação de insulina. A atividade física faz parte do tratamento do diabetes. Se a mulher praticar exercício físico antes e durante a gestação, pode prevenir o diabetes gestacional (VANCEA et al, 2009).
A gestação complicada pelo diabetes seja ele pré-gestacional ou gestacional, tem um risco elevado de morbimortalidade materna e fetal, podendo apresentar agravamento das complicações crônicas microvasculares e no controle glicêmico, já que a gravidez é um estado diabetogênico (ABI-ABIB et al, 2014).
As complicações neonatais devem-se ao fato de que a gestação associada ao diabetes pode gerar descompensação fisiológica, podendo repercutir tanto na saúde materna, quanto na fetal e perinatal (RODRIGUEZ, 2010).
O objetivo dos cuidados de enfermagem para a gestante diabética é minimizar os efeitos dos riscos e complicações. Esse objetivo é alcançado pela instrução da gestante e de sua família no reconhecimento dos sinais e sintomas precoces das falhas de manuseio e da identificação dos problemas e pela promoção de um relacionamento que estimule um trabalho mútuo entre a gestante, sua família e os membros da equipe de saúde (GILBERT e HARMON, 2002).
2. OBJETIVO
2.1 Objetivo geral
Conhecer sobre o diabetes gestacional.
2.2 Objetivos específicos
- Apontar como é realizado o diagnóstico e o tratamento de diabetes gestacional.
- Relacionar os fatores de risco do diabetes gestacional.
- Identificar os diagnósticos e intervenções de enfermagem mais frequente no diabetes gestacional.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Tipo de estudo
O presente trabalho trata-se de uma revisão da literatura. Segundo Polit, Beck e Hungler (2004) a revisão de literatura é uma forma de reunir conhecimentos sobre um determinado tema com aplicações variadas.
3.2 Coleta de dados
Os dados foram coletados por meio de livros-texto e materiais bibliográficos publicados em artigos de revistas da área da saúde indexadas em base de dados Scielo (www.scielo.br), BVS (www.bireme.br) e Google Acadêmico (www.scholar.google.br), publicados no período de 2002 a 2014 sobre a temática.
A busca nos bancos de dados foi realizada utilizando às palavras-chave: diabetes gestacional, gestação, diagnóstico de enfermagem, intervenções de enfermagem.
Os critérios de inclusão para os estudos que abordassem: diabetes gestacional e assistência de enfermagem.
Os critérios de exclusão foram estudos abordando outros tipos de diabetes, diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2.
A busca de materiais foi realizada nos mês de abril de 2015. Assim, foi realizada leitura na integra de 17 artigos contendo os descritores. Após sua análise, elaborado o presente trabalho.
4 DIABETES MELLITUS
O diabetes mellitus (DM) não é considerado uma única doença, mas sim um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum à hiperglicemia. Essa hiperglicemia é o resultado de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambos (SBD, 2014).
Atualmente a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Associação Americana de Diabetes (ADA) classificam o diabetes mellitus pela sua etiologia, sendo quatro classes clínicas: DM tipo 1, DM tipo 2, outros tipos específicos de DM e diabetes mellitus gestacional (SBD, 2014).
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4.1 Diabetes mellitus gestacional
Diabetes mellitus gestacional (DMG) é a intolerância aos carboidratos diagnosticada pela primeira vez durante a gestação e que pode ou não persistir após o parto. É o problema metabólico mais comum na gestação e tem prevalência entre 3% e 25% das gestações, dependendo do grupo étnico, da população e do critério diagnóstico utilizado (SBD, 2014).
O DMG é caracteristicamente um distúrbio da segunda metade da gestação, quando a insulino-resistência é máxima. No entanto, quando a hiperglicemia é identificada no primeiro trimestre demonstra, quase sempre, doença prévia a gestação (NOGUEIRA et al, 2011).
O reconhecimento das gestantes portadoras de diabetes gestacional é de grande importância e deve ser realizado o mais precocemente possível. Sua identificação visa minimizar os efeitos adversos dessa desordem metabólica sobre o binômio mãe-filho, e também identificar as mulheres com risco aumentado de desenvolver diabetes no futuro (NOGUEIRA et al, 2011).
As gestantes com DMG não tratada tem maior risco de ruptura prematura de membranas, parto pré-termo, feto macrossômico, e maior incidência de pré-eclâmpsia. O DMG também representa um aumento de desenvolver diabetes tipo 2 posterior a gestação, devendo ser recomendado a essas pacientes no pós-parto um controle dietoterápico e a realização de atividades físicas, como forma de reduzir ou retardar a progressão para o diabetes tipo 2 (DETSCH et al, 2011).
4.2 Fisiopatologia
As manifestações fisiopatológicas do diabetes gestacional estão relacionadas às adaptações metabólicas ocorridas na gravidez, decorrentes da solicitação contínua de glicose e de aminoácidos essenciais pelo feto, acrescentando-se as necessidades de ácidos graxos e colesterol e às modificações hormonais (MENICATTI e FROGONESI, 2006).
No primeiro trimestre, a glicose passa para o feto por difusão facilitada e os aminoácidos são transportados ativamente para a circulação placentária. A diminuição nos níveis de glicose e a perda de substrato para a gliconeogênese são fatores importantes para a hipoglicemia materna no início da gestação. Por volta da 18a semana, tem início a resistência à ação da insulina que progride no terceiro trimestre a níveis semelhantes àqueles observados no diabetes mellitus tipo 2 (ABI-ABIB et al, 2014).
A placenta produz alguns hormônios em grande quantidade. Embora imprescindíveis para o desenvolvimento do bebê, esses hormônios criam resistência à ação da insulina no organismo materno. Todas as gestantes têm algum grau de resistência
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