Cuidados de Enfermagem em Pronto Socorro e Emergência: Um relato de experiência
Por: eduardamaia17 • 14/2/2018 • 1.931 Palavras (8 Páginas) • 490 Visualizações
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A punção venosa requer cuidados e controle periódico, em caso de permanência. A manutenção das punções venosas é feita pela avaliação do exame físico, do local puncionado, e das medicações parenterais. Recomenda-se que escalas de avaliação sejam usadas pela equipe de enfermagem, como instrumento de aferição dos graus de flebite, a Escala de Maddox (EM) é um exemplo de parâmetro orientador. O enfermeiro ou técnico de enfermagem ao avaliar deve estipular as trocas dos cateteres.
O procedimento deve ser realizado com IPI’s que devem ser utilizados de forma específica; lavagem das mãos; explicar o procedimento ao paciente; escolher o local para o acesso venoso; garrotear o local a ser puncionado (aplicar o garrote a 15 a 20 cm acima do local da punção venosa); fazer anti-sepsia do local com álcool a 70%; tracionar a pele para baixo; introduzir o cateter na pele, com o bisel voltado para cima a um ângulo de 30 a 45°; observar o refluxo sanguíneo; soltar o garrote; empurrar o cateter para dentro da veia; colocar o conector; salinizar e ocluir com filme ou micropore.
Frente ao exposto, objetiva-se relatar a experiência de uma acadêmica de enfermagem no cuidado ao paciente, ao realizar punção venosa.
METODOLOGIA
O presente trabalho trata-se de um relato de experiência de uma acadêmica do 4° semestre do Curso de Graduação em Enfermagem, sobre atividades de extensão desenvolvidas em um Pronto Socorro Adulto (PS/Adulto) de um Hospital Universitário da região central do Estado do Rio Grande do Sul/Brasil. O referido hospital caracterizado como hospital escola, voltado para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e assistência em saúde, sendo um dos únicos hospitais da região central que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Neste, são prestados diversos serviços especializados e de ponta de mercado, o que faz com que a demanda seja superior a sua capacidade física e pessoal.
O PS/Adulto é um setor de referência em urgência e emergência na região central do estado, com atendimento interrupto e caracterizado por super lotação de leitos. No que condiz sobre os números de leito na unidade, 19 (dezenove) são destinados para situações em que os pacientes requerem internação hospitalar em outros setores da instituição, destes 3 (três) leitos são reservados para situações de isolamento de GMR ou doenças infectocontagiosas, que possuem antessala e banheiro privativo. E em media são utilizadas 30 macas sobressalentes para atender a demanda de pacientes esperando leito em outras unidades.
A experiência foi oportunizada por meio de Programa de Formação Complementar em Enfermagem (PROFCEN) que proporciona aos acadêmicos de enfermagem durante sua graduação vivenciar a realidade de diversos serviços de saúde onde tem-se por objetivo, desenvolver e aprimoraras competências técnico-científicas, ético-políticas e sócio-educativas do futuro enfermeiro (UFSM, 2015).
As atividades foram realizadas nos meses de dezembro a janeiro do ano de 2015, no turno matutino e vespertino, de segunda a sábado, com 4 (quatro) horas diárias, totalizando uma carga horária de 92 horas, com supervisão direta do enfermeiro atuante na unidade no PS/Adulto e indireta por docente enfermeiro. Foi desenvolvido um plano de atividades pela acadêmica, que incluíram procedimentos técnicos aprendidos durante o período do curso de graduação em enfermagem, tais como: punções venosas, sondagens vesicais e nasoentéricas, aspiração traqueal, curativos, banho de leito, cuidados da enfermagem, trocas de bolsas de ostomas e drenos, objetivando, dentre outros, associar os conceitos teóricos com a prática/realidade assistencial.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante a vivência foi possível experenciar e acompanhar situações em que pacientes chegavam ao HUSM para observação e internação por diversos motivos, ao chegar ao Hospital todo paciente/cliente era submetido a uma punção venosa. As atividades práticas desenvolvidas durante o período de curso de graduação em enfermagem foram realizadas poucas punções venosas pelos acadêmicos, devido a poucas oportunidades nas unidades de aulas práticas.
Para a realização dos procedimentos de punção venosa foi necessário conhecimento técnico-científico, onde são verificado primeiramente em membro superior, verificando as veias na região do dorso da mão, as veias melacarpianas dorsais, veia cefálica e veia basílica. Não sendo possível essas veias, verifica-se no antebraço veia cefálica, veia cefálica acessória, veia mediana do cotovelo, veia intermédia do antebraço, posterior braço a sequência destas veias (RODRIGUES, 2007). Nessa linha, esta vivência objetivou avaliar a técnica do procedimento, o material utilizado na punção, EPI’s se estão sendo utilizados.
Em relação aos procedimentos primeiramente a acadêmica se apresentava, explicava a necessidade de puncionar uma veia, e como o procedimento iria ser realizado. Foi constatado que a maioria dos pacientes tinha certo receio quanto à punção e não gostavam do procedimento por ser doloroso e incômodo.
Na vivência pude experenciar várias punções na região do dorso da mão, antebraço, braço e jugular. Na veia jugular foi uma experiência nova, onde pude conhecer o procedimento além do teórico-científico, foram casos onde o paciente não possuía acesso em seu braço e antebraço necessitando desta via venosa. Nesta região da jugular procura-se introduzir um cateter mais calibroso devido ao alto fluxo sanguíneo, são utilizador cateter número 16 (dezesseis) ou 18 (dezoito), mantido com plug e salinizado (LECH, 2006).
Ao realizar o procedimento deve-se atentar para o tamanho do calibre do cateter, não escolher veias tortuosas ou frágeis, ao garrotear pode-se proteger a pele com a manga da camisola ou gaze não estéril. Em toda a punção lavrar as mãos entes do procedimento, colocar luvas, garrotear, verificar qual veia é mais viável, observar se não há qualquer edema na região, como flebite, escolher o cateter mais adequado para a veia, fazer assepsia no local e introduzir o bisel, ver se refluiu, desprender o garrote, empurrar o cateter para dentro da veia, colocar o plug e salinizar com Soro Fisiológico a 0,9% (SF 0,9%) ( TORRES, 2005).
Foi possível observar edemas nas regiões puncionadas, como flebite. No PS foi verificado diariamente em cada paciente a duração do cateter venoso, sendo este 3 (três dias se utilizado o micropore para fixação, ou 7 (sete) dias se utilizado o filme na fixação , realizado as trocas de venopunções, registrado
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