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Análise Geral da Desnutrição Grave e Ações Terapêuticas

Por:   •  9/4/2018  •  3.185 Palavras (13 Páginas)  •  300 Visualizações

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TABELA: Prevalência (%) de desnutrição em crianças menores de 5 anos por região e tipos de desnutrição (leve, moderado e grave).

- PNSN, 1989.

REGIÃO

TODOS OS TIPOS DE DESNUTRIÇÃO

TIPOS MODERADOS E GRAVES

Norte

42,3

7,6

Nordeste

46,1

9,6

Centro-oeste

25,7

2,1

Sudeste

21,7

2,7

Sul

17,8

1,7

TABELA: Prevalência (%) de desnutrição nas áreas rural e urbana do Brasil.

Percebe-se que os índices mais elevados encontram-se nas regiões Nordeste e Norte respectivamente.

ÁREA

PORCENTAGEM

Rural

49,4

Urbana

29,5

TABELA: Prevalência (%) de desnutrição nas áreas rural versus urbana no Brasil.

Ao compararmos os dados atuais do ENDEF e do PNSN podemos avaliar que o problema de desnutrição entre crianças menores de cinco anos de todo país é menor hoje do que na década de 70, tendo uma diminuição de quase dois terços. Essa trouxe como consequência, uma melhora em outros aspectos da saúde pública, tais como progressos ocorridos na área de saneamento básico, o declínio da mortalidade infantil, a realização do pré-natal, o aumento da frequência do aleitamento materno e o processo de modernização em quase todos os setores.

- OBJETIVOS

- OBJETIVO GERAL

Identificar o cenário atual e histórico da desnutrição grave no Brasil, especificamente em crianças e adolescentes.

- OBJETIVO ESPECÍFICO

Abordar as ações terapêuticas e o papel do enfermeiro nos casos de desnutrição grave.

Conhecer o desempenho fisiológico da desnutrição, visando os possíveis processos terapêuticos a serem implementados.

- FISIOLOGIA

A falta de nutrientes atinge todos os órgãos de uma pessoa gravemente desnutrida, nenhuma unidade passa a ter seus funcionamentos normais, todos os processos do organismo entram em uma redução funcional adaptativa de forma estratégica para que se possa garantir a sobrevivência do mesmo e do conjunto como um todo. Para seu bom funcionamento, os tecidos corporais precisam de energia, e no caso de inexistência ou insuficiência dessa disposição o corpo precisará e se esforçará para providenciá-la de alguma forma. No plano fisiológico, alguns mecanismos são estimulados a partir da percepção de que a alimentação do indivíduo é insuficiente, ou inadequada, ou seja, quando os níveis de vitaminas, minerais, proteína e nutrientes estão em falta. O órgão controlador de toda a atividade metabólica é o cérebro, mais precisamente o sistema nervoso central, a partir da percepção da baixa de nutrientes, este se adequa à situação visando economizar energia em forma de gordura para assegurar a sobrevivência em condições severas.

Hormônios como o cortisol (hormônio do estresse) regulam a desnutrição de forma conjunta. Os glicocorticoides entram em ação visando catabolismo proteico da musculatura. Esse mecanismo garante o fornecimento de aminoácidos para o desenvolvimento dos substratos da neoglicogênese hepática, que terá como produto final a glicólise. Esse processo é essencial como fonte de energia para o cérebro nos primeiros estágios de privação total de nutrientes. Desta mesma forma, aminoácidos e outros metabólitos extraídos do catabolismo permitem as sínteses dos complexos componentes vitais para a manutenção da homeostase do organismo. Deste modo, essa habilidade consegue manter a homeostase por longos períodos de restrição alimentar. De modo geral, os principais aspectos fisiológicos da desnutrição grave são:

ÓRGÃO/SISTEMA

ALTERAÇÃO

CONSEQUÊNCIA FUNCIONAL

Tubo digestivo

Achatamento e atrofia das vilosidades intestinais

-Diminuição de todas as enzimas digestivas

-Má digestão, má absorção e diarreia

-Deficiência de micronutrientes

Fígado

-Esteatose

-Lesão de hepatócitos.

-Alterações graves de todas as alterações hepáticas.

- Redução da síntese de proteínas e da gliconeogênese.

- Hipoproteinemia

- Edema

- Hipoglicemia

Músculos

-Redução/perda de musculatura lisa e esquelética.

-Magreza acentuada

-Movimentos débeis de membros e tronco

- Alterações miocárdicas

Sistema Imunológico

-Atrofia de timo, amígdalas e linfonodos.

- Imunidade deprimida.

-Infecções subclínicas

-Septicemia

Metabolismo

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