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ASPECTOS NUTRICIONAIS EM ENFERMAGEM DISLIPIDEMIA

Por:   •  6/11/2018  •  3.579 Palavras (15 Páginas)  •  324 Visualizações

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- Considerações Importantes 19

Referências Bibliográficas 20

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1 INTRODUÇÃO

As mudanças no estilo de vida observado a partir da segunda metade do século XX, que incluíram alterações nos hábitos alimentares e a adoção de um estilo de vida sedentário, contribuíram para a Dislipidemia, Síndrome Metabólica e Risco Cardiovascular - epidemia crescente de doenças crônicas tais como a obesidade, o diabetes mellitus e a hipertensão arterial, condições que por sua vez freqüentemente surgem com alterações lipídicas, hipercoagulabilidade e risco aumentado de doença cardiovascular.

Este presente trabalho tem como objetivo explorar as causas de dislipidemia e seus fatores de risco, assim como os tipos de prevenção mais adequados e dieta restrita para que traga o conhecimento necessário e consequentemente seja possível a diminuição de uma patologia crescente nos dias atuais, por meio da expansão do conhecimento sobre o assunto dentro de cursos da saúde.

2 DEFINIÇÃO

DISLIPIDEMIA

Um distúrbio qualificado pela presença excessiva ou irregular de colesterol e triglicérides no sangue. Esta anormalidade é causada em muitos casos devido a hábitos alimentares incorretos, dos quais estão inclusos o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, como também ao estilo de vida sedentário. No entanto, a dislipidemia pode ser ocasionada devido a fatores genéticos, pela ingestão de certos medicamentos e também desenvolvida por outras doenças, como nos casos de obesidade, diabetes, hipotireoidismo, doenças das vias biliares e insuficiência renal.

No sangue de pessoas normais é comum a presença de colesterol e triglicérides, que podem ser natural da alimentação ou de fontes endógenas (produzidos dentro do corpo). Cada um deles tem o papel essencial para o bom funcionamento de todo o organismo humano. O colesterol tem papel fundamental na construção de membranas celulares, hormônios esteróides (estrógeno, progesterona, testosterona, cortisol e aldosterona) e ácidos biliares. Quando chega ao fígado o colesterol que é convertido em bile, absorve gorduras no trato digestivo, ajuda na absorção intestinal de moléculas de gordura, e absorve as vitaminas solúveis em gordura (Vitamina A, D, E, K). Sua importância decorre do fato de que seu excesso no sangue é um dos principais fatores de risco da aterosclerose. Ele encontra-se distribuído por todo o corpo humano. A grande parte do colesterol circulante é produzido pelo fígado (cerca de 70%) e somente cerca de 30% provém da dieta. As gorduras da dieta, sobretudo as gorduras saturadas influenciam os níveis de colesterol. Todas as gorduras são a mistura de ácidos graxos saturados, monoinsaturados e poliinsaturados. Os ácidos graxos saturados e as gorduras trans elevam os níveis de colesterol ruim no sangue.

Em uma refeição quando não são utilizadas imediatamente pelos tecidos, são convertidas em triglicérides e as triglicérides são um tipo de gordura que o organismo utiliza para armazenar energia. As calorias ingeridas transportadas para as células adiposas para serem armazenadas. Assim, toda vez que o corpo humano precisa de energia, os hormônios libertam os triglicérides do tecido adiposo para que eles possam satisfazer as necessidades do corpo.

Quando existe um excesso de colesterol e triglicérides na concentração do sangue circulante (dislipidemia), várias complicações de longo prazo podem ocorrer, como o aparecimento da aterosclerose, que é uma doença caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura (ateromas) na parede das artérias e que infelizmente é umas das principais causas de morte no Brasil.

A obstrução das artérias se inicia precocemente como uma placa que se localiza debaixo da parede interna da artéria (íntima). E então se forma aí um tumor de gordura (ateroma), no início frouxo e depois endurecido com o depósito de cálcio. Não havendo muito colesterol no sangue, os ateromas quase não crescem, mas se houver muito LDL principalmente na forma oxidada e pequena, o ateroma crescerá progressivamente. A LDL oxidada adere o colesterol a essas placas muito mais rapidamente do que quando se acha protegida por antioxidantes. Daí mais uma vez a recomendação para uma dieta equilibrada que contenha quantidades suficientes de componentes antioxidantes na dieta (vitamina E, C, betacarotenos, selênio, etc.) através da dieta, pois a suplementação em forma de comprimidos pode até acabar fazendo mal.

Alguns sintomas gerados pelas dislipidemias são diversos, dentre eles estão: arteriosclerose, angina pectoris, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência vascular periférica, entre outros. Muitas vezes não apresenta sintomas, sendo necessária a realização de exames para medir as dosagens de colesterol e triglicérides periodicamente, para detectar a presença ou não de dislipidemia. O diagnóstico é feito através da dosagem do colesterol total e suas frações. As dislipidemias podem ter duas causas:

2.1 DISLIPIDEMIA PRIMÁRIA

Deve-se a uma combinação de dieta e genética onde englobam a hiperlipidemias e hipolipidemias, mas também os hábitos de vida também podem influenciar, como por exemplo, sedentarismo, alimentação, pode desencadear seu surgimento.

A hiperlipidemia primária resulta de metabolismo lipídico anormal decorrente de uma predisposição genética recorrente, e resultam de uma gama de anormalidades nos genes codificadores de enzimas, apoliproteínas, ou receptores envolvidos no metabolismo lipídico.

A hipolipidemia diminuição de LDL-C: abetalipoproteinemia e hipobetalipoproteinemia; diminuição de HDL-C: hipoalfalipoproteinemia e deficiência familiar de apo A (doença de Tangier).

A OMS classifica a hiperlipidemia primária em seis tipos: Hipercolesterolemia familiar, Hiperlipidemia familiar combinada, Hipertrigliceridemia familiar, Disbetalipoproteinemia familiar, Alfalipoproteinemia familiar, Quilomicronemia familiar.

2.2 DISLIPIDEMIA SECUNDÁRIA

Dislipidemias secundárias: A identificação de uma possível causa secundária da dislipidemia vem se tornando mais comum pela maior experiência acumulada na investigação etiológica das alterações lipídicas. Também o crescimento da população idosa vem se associando à maior freqüência de dislipidemias

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