Plano de Aula de Atletismo
Por: Salezio.Francisco • 13/3/2018 • 2.361 Palavras (10 Páginas) • 924 Visualizações
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ASPECTOS HISTÓRICOS
Desde a Grécia Antiga existem menções a arremessos de pesos. Homero fala de competições de arremessos de pedras entre soldados gregos durante o cerco de Troia mas não existe registro de arremessos praticados durante os Jogos Olímpicos da Antiguidade. O primeiro registro de competições com arremessos vem das Highlands na Escócia e datam aproximadamente do século I da Era Cristã. No século XVI, o rei Henrique VIII da Inglaterra já participava de competições na corte praticando o lançamento de martelo.
Os primeiros eventos que tem semelhança com o moderno arremesso de peso ocorreram na Idade Média, quando soldados competiam arremessando balas de canhão o mais longe possível. No início do século XIX, escoceses promoviam torneios onde atiravam cubos, pedras ou metais arredondados à distância por trás de uma linha.Os primeiros registros da competição como é conhecida hoje vem da Escócia do início do século XIX e depois se tornaram parte do Campeonato Britânico Amador de Atletismo iniciado em 1866.
Integrando os Jogos Olímpicos desde Atenas 1896, só em Londres 1948 passou a ser disputado pelas mulheres. Robert Garrett, dos Estados Unidos, e Micheline Ostermeyer, da França, foram os primeiros campeões olímpicos. O recorde mundial pertence ao norte-americano Randy Barnes – 23,12 m – e entre as mulheres a melhor marca é da soviética Natalya Lisovskaya – 22,63 m.
Alguns dos grandes nomes na história da modalidade são Ralph Rose, Parry O'Brien, Ulf Timmermann, Tomasz Majewski, Tamara Press e Valerie Adams.
REGRAS
A bola oficial masculina tem uma massa de 7,26 kg e é geralmente feita de bronze ou ferro fundido e chumbo, possuindo cerca de 12 cm de diâmetro. Na categoria feminina ela pesa 4 kg e seu diâmetro é de 9 cm aproximadamente.
O arremessador tem uma área restrita circular de diâmetro 2,135 m (7 pés) para se locomover, com um anteparo semicircular de concreto ou madeira de 10 cm de altura no limite frontal dela; no início do lançamento, o peso deve estar colocado entre o ombro e o pescoço do atleta e arremessado com as pontas dos dedos, e não com a palma da mão. Durante o lançamento, o atleta deve rodar sobre si mesmo e arremessar (técnica com giro). A marca obtida em cada arremesso é medida a partir do primeiro lugar onde o peso bater no chão, dentro de um setor pré-determinado com 35° de abertura; o atleta não pode tocar no anteparo do chão, nem ultrapassá-lo com o pé e o arremesso deve ser sempre feito numa linha acima do ombro. Caso ele deixe o círculo antes do peso tocar o solo ou se retirar dele pela frente ou pelo lado, o arremesso é invalidado.
Em competições oficiais, se houver até oito competidores participando, cada atleta tem direito a seis lançamentos. Quando há mais de oito, cada um tem direito a três lançamentos e somente os oito primeiros fazem mais três lançamentos. A posição na classificação é determinada pela distância obtida no maior arremesso válido; em, caso de empate, vale a segunda maior marca do atleta.
A técnica do giro, a mais usada atualmente, em que o atleta faz o movimento giratório com o corpo semelhante ao lançamento de disco conseguindo maior impulsão, foi primeiramente usada pelo soviético Aleksandr Baryshnikov no começo da década de 1970, depois de criada por seu técnico Viktor Alexeyev; com ela, Baryshnikov conquistou o recorde mundial da modalidade em 1976, fazendo a marca de 22,00 metros.
RECORDE MASCULINO
Recorde mundial 23,12 m Estados Unidos 1990Recorde olímpico 22,47 m Alemanha 1988
RECORDE FEMININO
Recorde mundial 22,63 m União Soviética 1987Recorde olímpico 22,41 m Alemanha 1980
TÉCNICA ROTACIONAL (BANYSCHINO KOV)
Segundo Labat e Pardo (2003), no ano de 1972, durante um encontro entre as selecções da Alemanha Ocidental e da URSS, na cidade de Angsburgo, o representante da equipa da URSS, Alexander Banyschino Kov ganhou a prova de lançamento do peso com um registo de 20,50 metros. Segundo o mesmo autor (op.cit.), as marcas foram brilhantes, conseguidas com uma forma de execução semelhante ao lançamento do disco. Na altura, estava-se perante uma nova técnica de impulsão do peso.
No ano de 1974, Alexander Baryschino Kov, voltou ao primeiro plano da actualidade desportiva ao bater o recorde da Europa com a marca de 21,70 metros, no dia 24 de Agosto.
Este recorde não durou muito tempo e, no dia 6 de Julho de 1976, o mesmo atleta soviético, durante um encontro entre a França e a URSS, no estádio de Colombes, em Paris, fixou o novo recorde mundial em 22,00 metros.
Labat e Pardo (2003) acrescentam ainda que desde os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, até aos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, ou seja, durante 20 anos, só três atletas masculinos, entre os doze primeiros da competição, impulsionaram o peso através da técnica rotacional. No caso das atletas femininas, nenhuma utilizou esta técnica. Este facto reflecte com clareza, a pouca introdução desta técnica até nos dias de hoje, face à técnica tradicional / linear.
Segundo o mesmo autor (op.cit.), “(…) entre os atletas que participaram no evento final de impulsão do peso com técnica rotacional na Olimpíada de Sydney 2000, temos: Aosi Harju da Finlândia, com medalha (de ouro) alcançando um registo de 22,16 metros; Jahn Godina, medalha de bronze, com um registo de 21,20 metros; Adams Nelson, com um registo de 20,88 metros; Andreu Blomm com um registo de 20,87 metros (…) os restantes atletas participaram com a técnica tradicional, incluindo o medalha de prata”.
DESCRIÇÃO DA TECNICA
Segundo Fernandes (FERNANDES, José Luís - Atletismo: arremessos. São Paulo: EPU: Ed. Da Universidade de São Paulo, 1978), na técnica de deslocamento em rotação o atleta deverá, partindo da posição inicial, executar uma pequena rotação a fim de somar esta energia produzida pelo movimento circular à energia final do implemento. Esta rotação é realizada de acordo com as condicionantes técnicas do lançamento do disco.
No final do movimento (lançamento e recuperação), o atleta encontra-se em posição semelhante à técnica de deslocamento de costas. Ao final do deslizamento, o atleta precisa virar o tronco e o quadril de forma enérgica, para que transmita a energia do movimento para o implemento.
Segundo Labat e Pardo
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