PESQUISAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA: PERSPECTIVA BIOMÉDICA, CULTURAL, HISTÓRIA E ESCOLAR. BELO HORIZONTE
Por: eduardamaia17 • 29/3/2018 • 1.777 Palavras (8 Páginas) • 456 Visualizações
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A Síndrome aparece geralmente dias ou semanas após sintomas de uma infecção virótica, respiratória, superior ou gastrointestinal. Os primeiros sintomas neurológicos se devem a uma fraqueza distal simétrica dos membros, muitas vezes com parestesias. Contrariando outras variadas neuropatias, são comprometidos inicialmente os músculos proximais em maior frequência que os músculos distais. Por vezes os músculos faciais, oculares ou orofaríngeos podem ser atingidos primeiro.
Em alguns casos, o paciente pode necessitar de ventilação mecânica. Os reflexos tendinosos podem ficar normais nos primeiros dias, mas depois estão abolidos.
O grau do distúrbio sensitivo pode variar. As modalidades de sensibilidade se mantêm preservadas em alguns casos, e em outros apresentam uma diminuição acentuada da percepção da posição articular, vibração, dor e temperatura.
Ocasionalmente os pacientes podem apresentar papiledema, ataxia cordonal, respostas plantares extensoras transitórias ou evidências de disfunção autonômica. Muitos apresentam músculos doloridos e sensíveis. Os nervos também podem se mostrar sensíveis a pressão, mas não há sinais de irritação meníngea, como rigidez na nuca.
A Síndrome de Guillain - Barré é a neuropatia desmielinizante adquirida mais frequente com uma incidência de 0,6 a 1,9 casos por 100.000 habitantes. Essa doença pode ocorrer com qualquer faixa etária, mas com o avanço de idade há um aumento gradual de incidência dessa neuropatia. Homens e mulheres são igualmente atingidos. Há também um aumento de incidência em pacientes com doença de Hodgkin, grávidas ou cirurgias em geral.
Os sintomas são mais graves dentro de uma semana do início, mas podem evoluir por três semanas ou mais. A morte é rara, mas pode ocorrer após pneumonia por aspiração, embolia pulmonar, infecção intercorrente ou disfunção autonômica.
A recuperação pode ser rápida com restauração da função normal em algumas semanas, mas na maioria dos casos a recuperação é lenta e incompleta se estendendo muitos meses. Ela pode ser acelerada pela instituição imediata da plasmaférese ou da terapia imunoglubolínica endovenosa. Em pacientes que não recebem tratamento cerca de 35% apresentam uma permanente hiporreflexia residual, atrofia e fraqueza dos músculos distais ou paresia facial. Em menos de 10% dos pacientes há uma doença bifásica com recuperação parcial seguida de recidiva.
A recorrência após a recuperação total ocorre em cerca de 2% dos pacientes.
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença degenerativa que afeta os neurônios superiores e inferiores. Ela causa a perda de células do corno anterior da medula espinal e dos núcleos dos nervos motores cranianos no tronco cerebral causando a amiotrofia.
A desmielinização, ou seja, a degeneração das células do córtex motor leva a esclerose lateral.
Existe varias teorias para sua causa, as de toxidade, o aumento do chumbo e alumínio tem sido argumentado como as possíveis causas.
Para que essa doença seja realmente constatada o paciente deve apresentar sinais contaminantes do neurônio motor superior e inferior em três regiões raquidianas, teorias de possíveis deficiências sensoriais, anormalidades do SNA, tanto do simpático como do parassimpático tem sido identificadas.
A fadiga, câimbra, fasciculações na língua e perda de resistência em exercícios tem sido alguns dos sintomas diagnosticados. A ELA é uma doença grave que pode levar a morte por insuficiência respiratória, os pacientes podem ter uma sobrevida caso constatado a doença de em torno de 3 a 4 anos.
Pesquisas realizadas no Brasil em 1998 apontam que 58,5% dos casos são do sexo masculino, a idade media que os pacientes apresentam a doença é de 52 anos, sendo que 5,9% dos casos são de histórico familiar e com incidência de 1 a 2 casos em 100.000.
MIASTENIA GRAVE
A Miastenia grave tem como principal característica uma fraqueza fluente nos músculos esqueléticos voluntários do corpo. O tipo mais comum dessa patologia é o distúrbio autoimune, que é causado por um defeito na transmissão neuromuscular devido a um ataque mediado por anticorpos aos receptores nicotínicos para acetilcolina (RACh).
Para que um determinado músculo funcione, o cérebro emite um impulso elétrico que viaja por uma rede de neurônios até chegar à fibra muscular. O neurônio não chega a encostar-se ao músculo. Para transmitir o sinal, a célula nervosa libera uma substância à acetilcolina, que “viaja” pelo espaço entre o terminal do neurônio e a fibra muscular, chamado de junção neuromuscular e se liga os receptores no músculo. Esse processo chama-se sinapse. Para interromper o processo, o organismo sintetiza uma enzima, a acetilcolinesterase, que quebra a molécula de acetilcolina, fazendo com que as substâncias resultantes retornem ao neurônio para reiniciar o processo.
O nervo forma um complexo de terminais nervosos ramificados que se inserem no músculo para formar a placa motora. É nesta placa que ocorre a comunicação entre o nervo motor e o músculo. Quando o impulso nervoso chega ao terminal nervoso são liberadas inúmeras vesículas sinápticas contendo neurotransmissores. Então, no caso da junção neuromuscular, este neurotransmissor atuará sobre a membrana do músculo possibilitando a contração muscular.
A origem desta doença ainda é desconhecida, mas acredita-se que a predisposição genética desempenha um papel essencial.
O início da doença pode ser súbito, com fraqueza muscular grave e generalizada, porém mais frequentemente os primeiros sintomas são variáveis e sutis, o que torna difícil o diagnóstico da doença.
Os sintomas variam de acordo com cada paciente. O grupo muscular dos olhos é o mais frequentemente afetado e tipicamente, pode ter como resultado a queda de uma ou ambas as pálpebras (ptose palpebral). Há também a fraqueza dos músculos respiratórios, com a dificuldade consequente de respirar, que é uma complicação potencialmente grave. Além destes sintomas ainda podemos citar visão dupla, estrabismo, dificuldade de engolir e de falar, fraqueza dos músculos da mastigação, decaimento do maxilar inferior ou do pescoço, queda da cabeça para diante e fraqueza dos membros (dificuldade ou até mesmo incapacidade de subir degraus, andar, elevar os braços, pentear, se
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