DISCIPLINAS DO SEMESTRE RELACIONADAS AO TEMA: Ginástica Artística; Handebol; Basquetebol.
Por: Rodrigo.Claudino • 1/9/2018 • 1.708 Palavras (7 Páginas) • 393 Visualizações
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Portanto, para esculpir esse modelo corporal definido pela mídia, não basta apenas o exercício físicos e a dieta. Exige também a intervenção cirúrgica, como lipoaspiração, cirurgia plástica, silicone, redução de estômago. Tudo isso com o suporte do chamado "mercado do corpo e do fitness", que oferecem massagens, cosméticos, equipamentos de ginástica domésticos, alimentos, etc. Contraditoriamente, esse mercado convive, em nossa realidade, com bolsões sociais de pobreza e miséria, nos quais há ainda muitos brasileiros que passam fome.
Sobre isso, Le Breton diz:
Ao mudar seu corpo, o indivíduo entende mudar a sua vida, modificar seu sentimento de identidade. A cirurgia estética não é a metamorfose banal de uma característica física sobre o rosto ou o corpo, ela opera no imaginário e exerce uma incidência na relação com o indivíduo com o mundo.
Ao propor os meios para alcançar um modelo de beleza com facilidade ilusória, não é dito "Você pode...", mas sim "Você deve...", tornando-se uma pressão, e com isso, as práticas alimentares e exercícios físicos, acaba comprometendo a saúde, como também há um constrangimento social decorrente da sensação de não atingir o padrão idealizado.
Em todos os canais de comunicação, e também nos espaços públicos, ditam-se as regras de cultivo do corpo. Dentre os exercícios físicos, difundiram-se a musculação, o fisiculturismo, etc. O corpo belo é aquele sempre "super definido", "durinho", sem celulite ou estrias.
Modificações drásticas na dieta, que resultam em perdas acentuadas de peso em curto espaço de tempo são difíceis de serem mantidas. Além disso, a perda de peso observada decorre principalmente da redução hídrica, ou seja, da perda de água, e da perda de tecido magro, permanecendo as reservas de gordura quase inalteradas, especialmente em virtude da diminuição na taxa metabólica de repouso (energia gasta para manter o funcionamento orgânico durante o estado de repouso).
Programas saudáveis de emagrecimento preconizam que a perda ponderal não deva exceder 1% do peso corporal total por semana, evitando-se assim prejuízos na regulação metabólica, função imunológica, integridade óssea e manutenção da capacidade funcional ao longo do envelhecimento.
Diante do forte apelo social em favor dos padrões de beleza, há doenças sérias que afetam os jovens, como a anorexia e a bulimia.
A anorexia, caracteriza-se pelo desejo obsessivo de manter o peso corporal abaixo dos níveis normais para faixa etária e estatura em virtude da preocupação excessiva com a imagem corporal que se encontra distorcida, pois pessoas anoréxicas se percebem gordas, apesar de sua magreza. Pela magreza, essas pessoas se mantêm em jejum por longos períodos e ingerem menos alimento que o necessário para manter o balanço energético, além de estimularem compulsivamente o maior gasto energético possível em sessões de exercícios.
A bulimia caracteriza-se por episódios frequentes de ingestão alimentar em excesso num curto período de tempo, quase sempre seguidos por jejum, uso abusivo de laxantes ou diuréticos, vômitos auto-induzido, ou prática compulsiva de exercícios, numa tentativa de evitar o aumento de peso após o exagero alimentar.
Quando estas doenças não são tratadas, cerca de 6% a 20% das pessoas diagnosticadas, tem morte prematura por suicídio, cardiopatia ou por infecções.
A manutenção do nosso peso corporal obedece a um mecanismo regulador encarregado de equilibrar a ingestão alimentar (influxo e consumo calórico) com o custo energético (gasto calórico ou produção de energia). Quando há um desequilíbrio, ocorre uma modificação no peso corporal. Se a quantidade de calorias adquiridas pela alimentação ultrapassar aquela utilizada para atender as necessidades diárias de funcionamento do organismo, ocorrerá um armazenamento sob forma de gordura no tecido adiposo, ocasionando ganho de peso corporal. Uma ingestão reduzida associada a um maior gasto energético, promove a perda de peso corporal.
A obesidade (acúmulo de gordura corporal acima dos limites da normalidade esperados), é um fenômeno multifatorial complexo, mas se sabe que a alimentação e falta de atividade física são fatores importantes, especialmente por sua relação com condições ambientais e aspectos comportamentais diversos.
A redução dos níveis de atividade física, chama de hipocinesia, é um dos principais responsáveis pelo aumento excessivo de peso a partir do acúmulo de gordura nas reservas corporais. Muitos estudos sustentam que o aumento da adiposidade, normalmente associado ao processo de envelhecimento, decorre principalmente do nível de atividade física, uma vez que as pessoas entram em sedentarismo progressivo com o passar dos anos.
A condição mais adequada para que se possa estabelecer um controle efetivo sobre o fenômeno da obesidade requer a associação entre exercícios e dieta. Em crianças e adultos moderadamente obesos, essa combinação oferece maior possibilidade de atingir balanço calórico negativo, e consequentemente, redução da gordura e do peso corporal, comparada ao exercício ou à dieta isoladamente.
O IMC é apenas um indicador e não determina de forma inequívoca se uma pessoa está acima do peso ou obesa.
Por relacionar apenas peso a estatura, pessoas musculosas podem ter um índice de massa corporal elevado e não serem gordas. O mesmo pode acontecer com aquelas que visualmente são magras e apresentam um alto percentual de gordura. É recomendável, então, comparar o IMC com a porcentagem de gordura das pessoas, que pode ser estimada por medidas da circunferência corporal.
Outro problema é a influência das diferenças raciais e étnicas sobre o IMC. Por exemplo, especialistas têm apontado o entendimento de que pessoas de origem asiática poderiam ser consideradas acima do peso com um IMC de apenas 23, sendo que na tabela, esta numeração quer dizer que o indivíduo está no peso normal.
Para crianças
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