PESQUISA DE BIOQUÍMICA VITAMINA E
Por: Kleber.Oliveira • 20/5/2018 • 2.030 Palavras (9 Páginas) • 436 Visualizações
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Em praticamente todos os óleos vegetais o isômero α-tocoferol é o encontrado em maior quantidade, embora não seja o isômero com maior atividade biológica. Segundo algumas referências bibliográficas, os isômeros com maior atividade biológica são
γ-tocoferol e δ-tocoferol. É possível observar também, que em outra fonte de pesquisa é possível notar: Os tocoferóis e tocotrienóis possuem papéis biológicos similares, sendo que o α-tocoferol é a forma biológica ativa mais importante (Tabela03) (Abidi, 2000; Wang & Quinn, 2000; Pyka & Sliwiok, 2001).
Apesar dessa controvérsia, normalmente, a vitamina E apresenta-se como sendo α -tocoferol, pois é o isômero que tem maior expressão econômica e, assim sendo, logicamente, é sobre esta molécula que recai o maior número de estudos e bibliografia existentes.Todos os tocoferóis ocorrem à temperatura ambiente, sob a forma de um óleo viscoso amarelo-pálido. São insolúveis em água (lipossolúveis),muito solúveis em gorduras, óleos e solventes orgânicos (éter, acetona, clorofórmio, metanol, álcool etílico e metílico). São pouco sensíveis ao calor, luz e ácido, e muito sensíveis à oxidação e bases. Os ésteres, incluindo o acetato de dl-α-tocoferol, são relativamente estáveis. A vitamina E está presente na dieta como ésteres de tocoferóis
2.ABSORÇÃO
A absorção da vitamina E é realizada na porção média do intestino delgado, dependendo ativamente da difusão com auxílio de sais biliares e formação de micelas mistas. Após esse processo são incorporados aos quilomícrons nos enterócitos para condução ao transporte pelo sistema linfático.
NA ação da lipase lipoproteica (LPL), uma parcela dos tocoferóis transportados nos quilomícrons é absorvida pelos tecidos extra-hepáticos, e os quilomícrons transportam o restante dos tocoferóis ao fígado, que pela ação da proteína transportadora de α-tocoferol (α-TTP), a maior parte deste é incorporada nas lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL-c)
Alguns estudos reportaram que a vitamina E teria uma absorção incompleta em humanos saudáveis e evidências indicam que não há biodiscriminação durante a absorção intestinal entre a-tocoferol e g-tocoferol ou entre os estereoisômeros de a-tocoferol, mas isso pode ocorrer durante a recirculação da vitamina E hepática, por causa das diferentes afinidades dos vários homólogos de tocoferol e estereoisômeros com a proteína ligante a-tocoferol (a-TBP).
O tocoferol é oxidada a tocoferil quinona biologicamente inativa, que pode ser reduzida em tocoferil hidroquinona. Os conjugados do ácido glicurônico são secretados na bile, tornando a excreção nas fezes a principal via de eliminação da vitamina E, cerca de 1% é excretada na urina como metabólitos hidrossolúveis como ácido tocoferônico e tocoferonolactona.
3. FUNÇÃO DA VITAMINA E
No processo celular de obtenção de energia (cadeia respiratória) ocorre uma sequência de reações geradoras de eletronegatividade, sendo o oxigênio o aceptor final de elétrons. Dessa sequência oxidativa resultam compostos como o ânion superóxido, o radical hidroperoxila, o peróxido de hidrogênio e o radical hidroxila que, de forma conjunta, são denominados espécies reativas de oxigênio (ERO). O termo radical livre é empregado quando um átomo ou uma molécula apresentam um ou mais elétrons não pareados, constituindo-se espécies instáveis, com meia-vida muito curta e que reagem rapidamente com diversos alvos celulares. Entre os (ERO), somente o ânion superóxido e os radicais hidroperoxila e hidroxila podem ser realmente considerados radicais livres. Reações oxidativas ocorrem, portanto, fisiologicamente no organismo humano, porém, são contrabalançadas pela ação de antioxidantes tanto endógenos como provenientes da dieta.
O desequilíbrio no estado de óxido-redução, em favor das reações pró-oxidativas, causando dano celular é chamado de estresse oxidativo. O organismo é dotado de mecanismos para manter o equilíbrio entre compostos pró- e antioxidantes. Quando há insuficiência do potencial antioxidante em contrabalançar aumentos na formação de (ERO), há danos oxidativos celulares. Dos mecanismos de defesa antioxidante para prevenir ou reduzir os efeitos do estresse oxidativo, participam enzimas endógenas e outras substâncias disponíveis na dieta, como os carotenoides, o alfa-tocoferol, o ácido ascórbico e compostos fenólicos, entre outras. O sistema enzimático representa a primeira defesa antioxidante endógena contra as (ERO). No entanto, para impedir os danos celulares decorrentes de estresse oxidativo persistente, o aporte exógeno de substâncias com potencial antioxidante é de fundamental interesse.
A Vitamina E é um antioxidante biológico que impede a oxidação espontânea dos compostos poliinsaturados, responsáveis pela formação de radicais livres nocivos, impedindo assim a formação de nitrosaminas cancerígenas. Devido às suas propriedades lipofílicas a Vitamina E acumula-se nas membranas celulares protegendo-as sob o aspecto funcional, principalmente quanto à inibição que exerce na peroxidação dos lipídios. A Vitamina E contribui, de forma especial, para a estabilização das membranas lisossomiais, mitocondriais e dos capilares e, consequentemente, para a manutenção da resistência normal dos eritrócitos. Ainda baseada nessa ação, a Vitamina E promove um aumento da atividade fagocitária.
Embora a deficiência não represente um problema de significância nutricional, a ingestão de vitamina E tem despertado interesse e preocupação principalmente nesta última década, uma vez que compõe juntamente com a vitamina C,β-caroteno, selênio e flavonoides, o grupo denominado antioxidantes alimentares. Este grupo tem sido frequentemente associado à prevenção de doenças neurodegenerativas, aterosclerose, inflamação crônica, câncer e envelhecimento precoce.
Entre os compostos da vitamina E, o α -tocoferol é apontado como sendo o mais potente em sua ação antioxidante. No entanto, alguns trabalhos indicam que outros isômeros como γ - e δ-tocoferol são melhores antioxidantes. Essas controvérsias podem ocorrer devido a diferenças entre os métodos testados, os substratos utilizados, o nível de oxidação empregado e as metodologias empregadas
para monitoramento da oxidação. Além disso, um número cada vez maior de estudos tem apontado os tocotrienois como sendo os compostos mais potentes na atividade antioxidante in vitro.
Os óleos vegetais comestíveis,
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