TEORIAS DE SEGURANÇA INTERNACIONAL UMA ANÁLISE DA GUERRA DO VIETNÃ (1955 - 1975)

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O fenômeno Guerra, em especial na Guerra do Vietnã, inicia-se com um conflito interno, a guerra civil, onde dois grupos de um mesmo Estado, com ideologias diferentes, parte Comunista no Norte e parte pré-capitalismo no Sul, se enfrentando então essas forças políticas opostas que eram civis, mas também tinham apoio de grupos militares guerrilheiros, como os vietcongues (ÁVILA, 2009). Após os ataques em bases norte-americanas, o conflito passa para outro patamar, de maior grandiosidade, com conflitos terrestres, aéreos; a real importância da guerra não é o palco, mas sim a utilização da força física que obriga o inimigo a fazer a sua vontade (CLAUZEWITZ, 1996).

Combatente pró-Vietnã do Norte, sendo retratado na ilustração, versus o soldado norte-americano:

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Fonte: http://guerradevietnam.foros.ws/t481/mapas-de-batallas-y-operaciones/

A força moral desta guerra, a defesa pela ideologia e seus valores, são importantes, em especial para o povo vietnamita, que defendia fortemente a ideologia comunista e o não colonialismo norte-americano que se apresentava diante deles, e, com isso, a adesão de diversos civis vietnamitas entravam no combate contra os Estados Unidos. No entanto, no momento do confronto em si, nota-se que a força física prevalece, em face do objetivo e propósito político que são maiores, no caso dos Estados Unidos, de impedir que a força vietcongue aumente, além de não deixar que a Rússia ganhe mais aliados. Então, com base nisto, e conforme Clauzewitz diz: “é impossível separar a política da guerra, uma vez que ela é uma extensão da política, é a política por outros meios” (CLAUZEWITZ, 1996, p. 82). Nota-se o objetivo político é intrínseco à guerra do Vietnã, quando, após diversos ataques sofridos no ano de 1964, por vietnamitas do Norte, o Congresso Norte americano autoriza o atual Presidente Johnson, através da resolução do Golfo de Tonkin, a usar todos os meios disponíveis no sudeste asiático (VISACRO, 2009).

Armadilhas dos vietcongues em demonstração de conhecimento do ambiente de luta:

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Fonte: http://www.taringa.net/posts/info/15729150/Gran-Aporte---La-Guerra-de-Vietnam-unidades-de-combate.html

Começando então a guerra, para se conseguir o objetivo político, os Estados Unidos, mais organizados militarmente, utilizam de diversas estratégias[2] iniciais, como, o envio em 08 de março de 1965 de 3500 fuzileiros para ajudar os vietnamitas do Sul, e, também, levam um esquadrão aéreo para intimidar o Vietnã do Norte, através da Operação Trovão Retumbante. Esta estratégia militar norte-americana, achava que, após a apresentação de sua força bélica, que tinha como intuito intimidar e amedrontar o inimigo, faria o inimigo desistir em poucas semanas diante de tamanho poderio (VISACRO, 2009). Esta ação, logo demonstrou-se fracassada, pois o governo americano subestimou os vietnamitas e a sua resistência. Então, a estratégia modifica-se, com a autorização do Presidente Jonhson, que busca os recursos humanos do país, através de um amplo recrutamento de soldados, em todo o território americano. Nota-se mais uma vez, os esforços bélicos, subordinados ao campo e objetivos políticos.

Ao enviar força móvel e mais homens para o Vietnã, verifica-se no contexto da guerra, a utilização das táticas[3], que decidem como utilizar o meio da força; neste caso em específico, as táticas escolhidas no primeiro momento é o uso de força de fuzileiros terrestres como um ataque ofensivo, e o bombardeamento do Vietnã do Norte, com uma tática experimental, a mobilidade aérea, em que se enviava homens para o combate através dos aviões. No entanto, esta tática para ser bem-sucedida, fez-se necessário bombardear antecipadamente a área que os aviões iriam aterrissar, matando muitos vietnamitas inimigos, que poderiam atacar quando os fuzileiros pousassem (Góes, 2013).

Imagens do armamento militar norte-americano em ataque:

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Fonte: https://cianciojuanignacio.wordpress.com/

A Guerra acontece através de diversas táticas, engajamentos simultâneos e próximos uns aos outros, com marchas, com alojamentos nos campos de batalha, e não com um único ato, como a guerra absoluta; que é um conflito levado a seu extremo, apenas com um ato isolado, e não por uma série de fatores que são analisados minimamente (LIMA; MEDEIROS; VILLA; 2011). Caso houvesse a guerra absoluta, a guerra teria somente duas dimensões: a política e a tática, eliminando a estratégia (ÁVILA, 2009). Esta guerra absoluta, até mesmo pelas suas diversas táticas e estratégias, que foram sendo alteradas, ao longo dos 10 anos de combate, não se faz presente na Guerra do Vietnã.

De acordo com Clausewitz existem dois tipos de guerra, sendo elas: A guerra limitada e a guerra ilimitada. A diferenciação se dá devido a um lado do conflito que tende a priorizar o fim político da guerra, desta forma, um dos lados desta batalha armada abriria mão da guerra caso a mesma não tivesse mais apta a lutar, ou seja, esteja totalmente aniquilada. Exemplificando, se o Vietnã tiver que defender seu território de invasores externos buscando a sobrevivência do seu Estado, se torna pouco provável que eles desistam de lutar enquanto tiverem força para assim o fazer, mesmo levando em consideração as possibilidades de uma derrota pelo inimigo. Desta forma, o conflito seria a guerra ilimitada (ÁVILA,2009).

Local inóspito de travessia dos soldados norte-americanos, que enfrentavam além do inimigo, a vegetação selvagem:

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Fonte:

Já a guerra limitada é conduzida mais “racionalmente”, pois analisa minimamente os detalhes do conflito, independentemente se é dada grande importância ao objetivo político ou não, é feito uma análise causa x consequência da guerra para decidirem se optarão continuarem lutando, e se os prejuízos da guerra forem maiores que os ganhos da vitória. A guerra só dará continuidade caso realmente, após análise, o custo versus o benefício, levar a obter maiores ganhos que perdas, para só assim, continuar lutando para alcançar o objetivo de suas aspirações. (ÁVILA,2009)

Em um conflito bélico, existem duas partes, os que atacam e os que defendem. Com base na teoria de Clausewitz o ataque ofensivo é