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Relatório de Marketing Guaraná Antarctica

Por:   •  7/6/2018  •  3.466 Palavras (14 Páginas)  •  1.431 Visualizações

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Ele foi criado pelo químico industrial e professor de farmácia Pedro Baptista de Andrade no ano de 1921 e carregava o nome de Guaraná Champagne Antárctica. Essa jogada teve como objetivo criar uma associação com champagne, tirando proveito de suas características visuais parecidas por conta do prestígio associado à bebida pelos consumidores da época.

Desde então, foram criadas diversas versões da marca trazendo outros sabores e benefícios adicionais ao refrigerante. Como exemplo, temos o Guaraná Black, Guaraná Zero e Guaraná Ice.

A marca é característica pela sua inovação no setor de bebidas, sendo atualmente a segunda maior em refrigerantes no país e investe milhões de reais em suas ações de marketing. É patrocinadora oficial da Confederação Brasileira de Futebol, além de várias de suas propagandas serem consideradas “históricas” devido ao grande apelo conquistado pelo público. Hoje em dia, o Guaraná Antarctica é presença declarada nos meios digitais e possui grande proximidade e interatividade com seus consumidores.

Desde a sua criação, o segredo da fórmula do Guaraná é guardado às sete chaves e compõe o mistério e sucesso do produto: apenas duas pessoas podem manusear a fórmula.

A marca já passou por diversas mudanças em relação ao marketing e às tendências do mercado de bebidas. Sempre manteve uma caracterização profundamente brasileira, ao mesmo tempo mantendo a tradição e inovando, atentando-se ao estilo de vida do seu público-alvo. Assim, explora os impactos que isso tem na formação cultural do país, e como isso se traduz na sua forma de gestão e marketing.

3 – Análise do Microambiente

Neste capítulo do trabalho serão analisadas as forças do microambiente do Guaraná Antarctica, ou seja, as forças atuantes diariamente na empresa. Essas forças afetam a capacidade que a empresa possui de servir os seus clientes, e parte dos fornecedores, concorrentes, substitutos, clientes e entrantes potenciais.

3.1 – Fornecedores

O Guaraná Antarctica necessita de uma íntima relação com os seus fornecedores, visto que o xarope usado para a manufatura do produto é extraído naturalmente do fruto guaraná e seu cultivo pode ser bastante dificultado.

De acordo com uma pesquisa da SEBRAE, a produtividade média da cultura no Brasil é de 298kg por hectares. A baixa produtividade é explicada principalmente pelo plantio de variedades tradicionais não melhoradas e o pequeno uso de mudas obtidas através de clonagem; tais práticas são diferenciais para que o cultivo tenha alta eficiência. Outros fatores são idade avançada dos guaranazais, alta incidência de pragas e doenças e falta de tratos adequados à cultura.

Antigamente comprava-se o fruto diretamente de cultivadores da região amazônica, que era transportado para São Paulo para a confecção do extrato do guaraná e em seguida ser distribuído às engarrafadoras.

Em 1962, porém, a Companhia Antarctica Paulista decidiu construir uma fábrica e uma fazenda na região de Maués, no Amazonas. A região é historicamente pioneira no cultivo do fruto. A fazenda, chamada Santa Helena, é destinada ao cultivo e pesquisa do guaraná. Segundo o site do Guaraná Antarctica, é considerada um dos maiores laboratórios da Ambev e é o maior banco genético do fruto no mundo, com algumas variedades só existindo no local.

Atualmente, a maior parte do fruto utilizado parte da fazenda Santa Helena, e também de produtores menores do município. Dessa forma, a própria empresa detém maior parte da produção da matéria-prima utilizada, podendo garantir seus padrões de qualidade através da melhor produtividade da cultura e uso de tecnologia agrícola de ponta.

3.2 – Concorrentes

3.2.1 – Concorrente direto

O principal concorrente direto a ser citado do Antarctica pode ser o Kuat. A marca foi criada em 1997 pela The Coca-Cola Company e foi feita especialmente para os jovens, que buscam autenticidade e ousadia no dia a dia. Ele pode ser considerado concorrente direto por oferecer a mesma linha de produtos (o refrigerante também é a base de guaraná), possui o mesmo tipo de preço e pontos de venda e ambos disputam o mesmo público-alvo da mesma classe social.O produto se diferencia pelo seu design sofisticado, com embalagens douradas e de cores escuras.

No ano passado, a marca criou o Zuei Vlw Flw Awards, que premiou os destaques humorísticos do Youtube. Essa foi uma clara estratégia de marketing da marca para atingir o público-alvo. Segundo o diretor de Real Time Marketing da Coca-Cola Brasil disse: “A proposta de Kuat é se conectar com seu público através do humor, e as ações deste concurso encaixam-se com perfeição com o que queremos. ” Assim, o Kuat busca conquistar espaço na internet como o Antarctica possui.

3.2.1 – Concorrentes indiretos

Pode-se citar como concorrentes indiretos os produtos que oferecem produtos semelhantes, fazendo parte do mesmo segmento de mercado que o Guaraná e que têm como objetivo conquistar o mesmo perfil de consumidor. Esses produtos se diferenciam no sabor. Por isso, usamos como exemplo outras marcas de refrigerantes premium, como Coca-Cola, Fanta, Pepsi e Sprite.

Por outro lado, há também os refrigerantes de guaraná Schin, o Dolly e o Convenção. Esses refrigerantes não concorrem diretamente com o Antarctica por que não visam atingir as mesmas classes sociais, possuem outra faixa de preço e a distribuição dos pontos de venda não é tão expressiva quanto a do Guaraná Antarctica.

3.3 - Substitutos

Os substitutos do Guaraná Antarctica são aqueles que estão no setor de bebidas, mas não se classificam como refrigerantes. Entre esses, se encontram os sucos prontos, os chás enlatados, mates, água de coco, água, bebidas alcoólicas, entre outros.

Bebidas não gaseificadas vêm ganhando espaço no Brasil porque cada vez mais a população se preocupa com a saúde, optando por alternativas que considera mais saudáveis. Segundo pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas do Ministério da Saúde, os brasileiros consumiram 20% menos refrigerante nos últimos seis anos. A diretora de Vigilância e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde Deborah Malta diz: “Em geral, os refrigerantes têm grande adição de açúcar e isso pode levar riscos inerentes à saúde, tanto em relação à obesidade, ao diabetes, como também

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