Gestao de riscos

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Para atingir esse fundamento foi realizado, mapeamentos, pesquisas de opinião, fotografias e descrição do cenário, além de diversas entrevistas com pessoas que participaram do evento (inclusive com membros das torcidas organizadas dos times envolvidos na partida). Tudo isso, para poder identificar, analisar e avaliar as vulnerabilidades e os riscos, bem como os objetivos que se pretendem alcançar para que o evento ocorra da melhor maneira possível.

Vencida a apreciação de risco, que contou com a comunicação e consulta de todos os envolvidos, iniciamos a fase de arranjos organizacionais, onde a atribuição de cada instituição é reforçada. Destacamos, ainda nesta fase, a instalação de uma sala de situação, destinada a convergência de dados, imagens e informações com a reunião no mesmo espaço físico das instituições envolvidas no evento.

Nesse local o monitoramento do evento é constante e qualquer alteração de risco observada será imediatamente, e de forma integrada e conjunta, será reprimida, visando a manutenção da ordem pública e a paz social.

Questão 3: (4,0 pontos)

A perspectiva de atuação dos órgãos de segurança pública tem sido efetuada segundo uma concepção voltada para a repressão, em que a prevenção tem sido relegada a um segundo plano. Disso tem decorrido o excesso de judicialização de conflitos e de criminalização de pessoas.

Nesse sentido tem se percebido que existem outros campos de intervenção que podem ser mais efetivos a médio e longo prazo no campo da segurança pública e a Análise e Gestão dos Riscos pode contribuir para isso.

Com base na afirmação acima identifique e explique 03 contribuições que a gestão dos riscos podem propiciar à segurança pública, exemplificando.

Resposta:

Conforme estudado, durante o curso, a gestão de riscos tem como premissa que nem todo risco pode ser eliminado, mas todo risco pode ser prevenido e dessa forma minimizado.

Assim, é inegável que a análise e gestão de riscos com seu método de prevenção (concepção, implementação, monitoramento, análise crítica e melhoria continua da gestão de riscos) em muito pode contribuir para o aprimoramento da segurança pública. Podemos citar como exemplos:

- PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO CONFIÁVEL PARA A TOMADA DE DECISÕES E ESTRATÉGIAS DE ATUAÇÃO.

As análises de determinadas informações podem ser realizadas por uma unidade de inteligência policial. Essa identifica, analisa e avalias as ocorrências policiais e determinada área, dentro de parâmetros previamente estabelecidos, por exemplo: horário do evento, locais, características do autor (inclusive: modo de agir). Conhecimento que possibilitará o comandante da área disponibilizar maiores recursos humanos e materiais para atender o local deficitário.

- APROXIMAÇÃO COM A COMUNIDADE E ESTABELIMENTO DE UMA RELAÇÃO DE CONFIANÇA

Como sabemos a sociedade atualmente, em muitas localidades, tem medo da Polícia. Moradores são muitas vezes abordados de forma aleatória e constrangedora, enquanto os reais marginais apenas observam. Um estudo mais amplo e dentro das diretrizes da Análise e Gestão dos Riscos com certeza proporcionaria um conhecimento muito mais verdadeiro daquela localidade. E, dificilmente cometeria o erro descrito acima que tanto desgasta a relação entre a polícia e a sociedade.

- MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCO DE DESASTRES E INUNDAÇÕES

Observamos em quase todas as cidades brasileiras a existência habitações em áreas de risco de desabamento ou de inundações. Assim, um estudo detalhado dos índices pluviométricos e o constante monitoramento do nível dos rios que banham essas regiões possibilitaria o aviso (sonoro, rádio local ou por outros meios de difusão) antecipado aos moradores a existência de um perigo eminente e da necessidade de sair do local. Mesmo a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, também seriam beneficiados, pois teriam mais tempo para pôr em prática o seu Plano de Emergência.