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Filosofia pré-socrática, Socrática, Platônica e Aristotélica

Por:   •  9/4/2018  •  1.827 Palavras (8 Páginas)  •  246 Visualizações

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- Qual a representação da ideia de Bem na filosofia de Platão?

O termo Bem, utilizado na República por Platão, seriam fontes de toda luz, fazendo com que os objetos possam ser conhecidos e que nós possamos conhecê-los. Sendo conquistado através de uma articulação entre essências, através do uso do conhecimento dialético. O qual parte do princípio do diálogo não permanecer no nível psicológico do embate de consciências, mas torna-se um embate entre teses. Subindo progressivamente do plano relativo e instável das opiniões até a construção de formas mais seguras de conhecimento, rumo a conquista da verdade. Para Platão, só assim seria possível ir além de Sócrates, despertando consciências, mas também resolvendo questões teóricas. Além de poder superar o relativismo dos sofistas.

- Qual a crítica a Platão feita por Aristóteles?

O ponto central da crítica de Aristóteles a Platão consiste na rejeição do dualismo, representado pela teoria das ideias, por aquele. A questão inicial dessa crítica refere-se a dificuldade de se explicar a relação entre o mundo inteligível, ou da ideias, e o mundo sensível, ou material. Considerada por Aristóteles um paradoxo da relação. Para ele a relação é classificada em dois tipos: externa ou interna. Onde nesta existem elementos comuns entre as partes e naquelas não ocorre o mesmo, como é o caso do mundo sensível e inteligível, assim a relação deve ser feita através de infinitos intermediários. Portanto, se tem o seguinte paradoxo: ou a relação é interna, e então não há problema de explica-la, mas não se trata mais de um dualismo, ou a relação é externa, e nesse caso é problema porque necessitamos de um número infinito de pontos externos para efetuá-la. E assim, com o intuito de evitar esse tipo de problema, Aristóteles considera necessário um novo ponto de partida para a sua metafísica, isto é, sua concepção de real, evitando assim o dualismo de dois mundos.

- Discorra sobre as causas do Ser, na concepção Aristotélica.

Aristóteles nega a ideia do dualismo platônico e parte do pressuposto de que em uma concepção de realidade o que existe é a substância individual, um indivíduo concreto composto de matéria (hile) e forma (eidos). E diante disso lança algumas teorias, a exemplo da Teoria das Quatro Coisas, a qual se divide em:

- Causa formal: Trata da forma ou modelo, fazendo com que a coisa seja o que é;

- Causa material: É o elemento constituinte da coisa, de qual matéria é feita;

- Causa eficiente: Consiste na fonte primária da mudança, o agente de transformação da coisa;

- Causa final: Trata da finalidade da coisa. Percebendo aqui uma visão aristotélica fortemente teleológica, onde tudo na realidade possui uma finalidade.

- Fale sobre a elaboração da Teoria Aristotélica do Ser, apresentando suas distinções.

Aristóteles parte de teorias para resolver o impasse entre o monismo de Parmênides e as teorias pré-socráticas do fluxo e do movimento, o atomismo. Contra o primeiro defende a concepção de uma natureza plural, na medida em que composta por indivíduos; não devendo ser vista como um problema, desde que algumas distinções básicas sejam feitas a cerca da noção do ser. Dentre essas distinções existem três na Metafísica que resultaram na elaboração da Teoria Aristotélica do Ser, sendo elas:

- Essência e acidente: A essência é o que faz a coisa ser o que é e o acidente são as características mutáveis e variáveis das coisas;

- Necessidade e contingência: As características essenciais são necessárias, não podendo a coisa deixar de tê-la, pois assim deixaria de ser o que é, por outro lado os contingentes são variáveis e mutáveis;

- Ato e potência: também permite explicar a mudança e a transformação. Podendo ser uma coisa una e múltipla. A exemplo da semente que é, em ato, semente, mas contém em potência a árvore.

- Como se dá a escalada do conhecimento na concepção de Aristóteles?

Na concepção de Aristóteles a escalada do conhecimento se dá por meio de um processo acumulativo, em que passo a passo progredimos da etapa anterior para a seguinte com base no conhecimento já obtido, cada estágio de certa forma pressupondo o anterior. O processo se inicia com a sensação, o que mostra que Aristóteles, ao contrário de Platão, valoriza os sentidos e suas contribuições para o desenvolvimento do conhecimento. Contudo, eles são insuficientes, uma vez que seu contato com o real é instantâneo e direto, esgotando nesse próprio contato. Devido a isso se faz preciso a memória, a qual apresenta a função de reter os dados sensoriais para que o processo de conhecimento vá adiante. E a partir desses dados construímos a experiência, podendo ser considerada a primeira etapa propriamente dita nada mais é do que a capacidade que se tem de estabelecer relações entre os dados sensoriais retidos pela memória. A etapa seguinte é a téchne, a qual consiste em muito mais do que um conhecimento prático, mas um conhecimento das regras que permite reproduzir um determinado resultado. A última etapa é a episteme, a qual trata do conhecimento real em seu sentido mais abstrato e genérico, o conhecimento de seus conceitos e princípios (as leis da natureza e do cosmo). Caracterizado como um saber contemplativo que satisfaz no homem o desejo de conhecer. Já a filosofia seria uma ciência mais elevada, mais afastada dos sentidos. Tratando do conhecimento das causas primeiras e universais.

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