AS CAUSAS DO CRIME
Por: Evandro.2016 • 19/12/2018 • 1.727 Palavras (7 Páginas) • 353 Visualizações
...
A teoria do autocontrole fala que cada um de nós está sujeito a cometer um crime, ou seja, qualquer um de nós está sujeito a adotar um comportamento criminoso, dessa forma todos os indivíduos recebem motivações sociais e antissociais. Sendo assim o crime resultaria do baixo autocontrole, pois ele facilitaria a gratificação imediata e a necessidade de suprir os desejos do indivíduo. Dessa forma essa teoria diz que a família tem papel fundamental para a formação do autocontrole do indivíduo, pois ao se observar um comportamento desviante da criança cabe à família corrigir para que na fase adulta ela possa ter autocontrole.
Outra teoria é a das gangues e subcultura delinquente, onde é observado que jovens socialmente excluídos com formas restritas de possuir sucesso na vida, tenderiam a se associar em grupos cujos integrantes compartilham das mesmas dificuldades e problemas sociais. Dessa forma as gangues seriam a maior influência social para esses jovens que adquirem valores e subcultura delinquente, onde as influências dessas gangues seriam maiores do que a da família, sendo assim o crime é um comportamento valorizado pela gangue e desejado por todos os integrantes dela.
Edwin Sutherland fala que o crime não tem ligações com a realidade socioeconômica do indivíduo, assim, ele observou que tanto pobres como ricos cometem crimes. A partir dessa observação ele criou a teoria de crime como aprendizado, na qual ele diz que a prática criminosa resultaria do aprendizado do indivíduo e não do atendimento das suas necessidades básicas, dessa forma ele ressaltou que o crime é aprendido mediante a interação com outras pessoas, principalmente aquelas que fazem parte do convívio mais próximo do indivíduo.
Outra teoria bastante observada é a teoria do crime como anomia, essa teoria observa que há uma desarticulação entre os valores culturais dominantes e as restrições para alcançar tais valores, onde cada dia mais a sociedade mostra ao indivíduo uma grande quantidade de metas sociais a serem alcançadas e restringe o acesso a elas, onde na prática levaria alguns indivíduos a cometer crimes para alcançarem os bens socialmente valorizados. Sendo assim o que ele observou foi que o que existe na realidade é uma anomia moral, onde a prática de crimes não é uma questão de sobrevivência e sim o desejo de obter os bens almejados socialmente.
A teoria da impunidade fala que quanto maior a impunidade, maior a incidência de crimes, segundo essa teoria o crime existe mediante um cálculo de custo-benefício, ou seja, o crime é utilitário e racional, dessa forma a ineficiência do estado minimiza os custos advindos da atividade criminosa.
A teoria da escolha racional diz que o criminoso é um indivíduo dotado de capacidades racionais e faz suas escolhas morais ao longo da vida de acordo com os cálculos de custo benefício. Assim o criminoso deseja alcançar satisfação e prazer e evitar sofrimentos e frustrações, assim o criminoso estabelece um cálculo de custo benefício para avaliar se a atividade criminosa valerá a pena, de acordo com essa teoria a combinação desses fatores varia ao longo do tempo, o que explicaria as oscilações na incidência da criminalidade.
Outra teoria bastante difundida foi a teoria da desordem social e crime, essa teoria dizia que a desordem social favorece a proliferação de pequenos delitos que por serem pequenos não são qualificados como crimes e a partir dessas desordens sociais que os indivíduos acham espaço para o cometimento de crimes de maiores proporções, dessa forma o Estado precisa ser atuante com vistas a reprimir esses pequenos delitos para que crimes violentos ou não possam ser evitados.
Outra teoria que vem ganhando espaço na atualidade é a teoria das drogas e da criminalidade, essa teoria observa que com o aumento do comércio e consumo das drogas ilícitas o que se tem observado é um aumento considerável da criminalidade, dessa forma alguns contextos são levados em conta para explicar o impacto das drogas ilegais na violência urbana. Os efeitos psicofarmacológicos das drogas, formação da compulsão econômica, violência sistêmica, relacionada à dinâmica do comércio de drogas, especialmente drogas ilícitas, Outro fator determinante para o argumento de que o tráfico de drogas é um difusor da violência é que as normas e padrões de conduta característicos do tráfico influenciam atitudes e comportamentos de indivíduos sem o envolvimento direto com venda ou consumo de drogas, assim a solução de conflitos nesses ambientes passa a ser armada.
Existe outra teoria que é a teoria das oportunidades, essa teoria observa que o criminoso comete atos delituosos a partir de ser constatada a oportunidade para tal, é aquela velha história “a ocasião faz o ladrão”, assim, para que um crime seja cometido é importante que existam três elementos cruciais ao seu cometimento.
*Delinquente motivado
*Alvo disponível
*Ausência de guardiões
Dessa forma o estilo de vida irá determinar se o indivíduo poderá ou não ser exposto a situações de risco, ou seja, para essa teoria o indivíduo que se expõe em lugares potencialmente perigosos são mais propícios a serem vitimados por criminosos. Assim existiriam alguns fatores que mais influenciam o risco de vitimização do indivíduo como: Exposição, proximidade da vítima ao agressor, a capacidade de proteção, atrativos das vítimas, natureza dos delitos.
A teoria das coortes afirma através de estudos principalmente estatísticos
...