Resenha - Capítulo 10, 11, 12 - Livro: Microeconomia - Pyndick e Rubinfield
Por: Ednelso245 • 20/10/2018 • 2.049 Palavras (9 Páginas) • 517 Visualizações
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A discriminação de preços é dividida em três graus; o primeiro grau é definido pela prática de cobrar de cada cliente o seu preço de reserva, ou seja, o preço máximo que ele está disposto a pagar. Na prática, a discriminação de primeiro grau é quase impossível, primeiramente porque é improvável que a empresa consiga cobrar preços diferentes de cada cliente, e em segundo lugar, uma empresa não tem meios de saber o preço de reserva de cada cliente, além de, é claro, pergunta-lo, o que não seria confiável, já que o cliente pode não ser honesto para conseguir pagar menos. No caso de trabalhadores autônomos, é mais alcançável a discriminação de primeiro grau, como no caso de um médico que pode cobrar menos de um paciente de baixa renda e mais de um com renda mais alta.
O segundo grau é determinado pela discriminação do preço de acordo com a quantidade consumida, onde se cobra preços diferentes para quantidades diferentes da mesma mercadoria ou do mesmo serviço. O principal exemplo dessa discriminação é o desconto por quantidade, quando um consumidor, por exemplo, pode escolher entre pagar cinco centavos em uma unidade de chiclete ou um real em uma caixa com vinte, que custaria dois reais se fosse computado o preço da unidade.
O terceiro e mais comum grau é praticado dividindo os consumidores em dois ou mais grupos, com curvas de demanda separadas para cada grupo — a diferença entre as tarifas aéreas de primeira e segunda classe é o exemplo mais usual do terceiro grau.
Outra estratégia de preço é a chamada discriminação de preço intertemporal, no qual a empresa divide os consumidores em grupos de alta e baixa demanda por meio da cobrança de preços altos no início e mais baixos depois. Há também o preço de pico, que também é relacionado a preços diferentes em momentos diferentes. Nele, é cobrado um preço próximo do custo marginal, com o objetivo de aumentar a eficiência econômica.
Para capturar o excedente do consumidor, as empresas também utilizam a tarifa em duas partes. Isto é, a empresa exige que o consumidor pague uma taxa inicial para ter o direito de adquirir um determinado produto. Um exemplo é o parque de diversões, onde é pago pelo direito de adentrar à área do parque e para a utilização do brinquedo.
Quando a empresa não pode usar a discriminação de preço, a estratégia majoritariamente utilizada é a de vendas por pacote, onde um produto ou serviço é vendido juntamente com outro. Um exemplo claro é o da TV por assinatura, onde canais que não interessam o assinante são assinados por ele para que possam desfrutar de um canal que gosta.
A venda casada, diferentemente da venda por pacote, é a estratégia utilizada de modo a fazer com que o cliente compre um produto para poder adquirir outro, como por exemplo o cartucho de uma impressora, pois ele é necessário para que ela funcione.
Outra estratégia utilizada pela empresa para aumentar os lucros é o uso da propaganda. Ao apresentar os produtos para o consumidor de maneira atrativa, a empresa consegue fisga-los para uma eventual compra. Entretanto, ela também gera gastos. Assim, para que seja gerado lucro, a razão entre os gastos em propaganda e as receitas das vendas capaz de maximizar os lucros deve ser igual em magnitude à razão entre a elasticidade da demanda à propaganda e a elasticidade de preço da demanda.
Capítulo 12
A diferenciação de produtos — ou seja, não homogeneidade — é uma marca da competição monopólica, e pela qual esse mercado é diferenciado da competição total. Em outros aspectos, a competição monopólica é semelhante à competição total, tendo livre entrada e saída de firmas e muitas empresas dentro do mercado. Os diferentes produtos oferecidos pelas diferentes empresas, apesar de altamente substituíveis, não são substitutos perfeitos, isto é, a elasticidade cruzada de suas demandas são grandes, mas não infinitas. Apesar de haver competição, as firmas do mercado de competição monopólica possuem poder de monopólio, pois se defrontam com curvas de demanda com inclinação descendente. Mas diferentemente dos monopólios puros, mesmo com o poder de monopólio as empresas não têm grande capacidade de obter altos lucros, já que se aumentarem o preço demais, como há livre entrada e saída de firmas, outras empresas entrarão no mercado com preços menores. Como todo o monopólio, a concorrência monopólica gera perda de eficiência econômica, o que é prejudicial ao consumidor. No entanto, ela não deve ser regulada, pois a perda de eficiência é compensada pela alta variabilidade de produtos. Além do mais, nenhuma das empresas tem um poder de monopólio satisfatório o suficiente para controlar o mercado, devido à alta capacidade de substituição dos produtos.
Os oligopólios acontecem quando em um mercado apenas uma pequena quantidade de empresas detêm o poderio produtivo. Nesse mercado, os produtos podem ou não ser diferenciados, e há barreiras de entrada de firmas, o que faz com que as empresas que constituem mercados oligopolistas consigam lucros substanciais a longo prazo. Exemplos clássicos desses mercados são o de automóveis, aço e computadores. Um conceito que é importante para entender as estratégias das empresas oligopolistas é o de Equilíbrio de Nash. Primeiramente descrito pelo matemático britânico, John Forbes Nash, em 1951, esse equilíbrio pode ser traduzido para o oligopólio como a decisão que a empresa toma em função do que as empresas concorrentes estão fazendo. Em outras palavras, um administrador de uma empresa toma por pressuposto que os concorrentes estão fazendo o melhor que podem em relação às ações de sua empresa, assim esse administrador estabelece as estratégias empresariais em função das ações concorrentes.
Dentro da classe de oligopólios, há também a existência dos duopólios, onde apenas duas empresas competem entre si. Para entender esse tipo de mercado, é necessário analisar o Modelo de Cournot, proposto pelo economista francês Augustin Cournot em 1838. Sua essência é que cada empresa considera fixo o nível de produção de sua concorrente e então toma sua própria decisão a respeito da quantidade que produzirá, isto é, a empresa, ao tomar sua decisão de produção, estará levando em consideração a decisão concorrente. Dito isso, quando cada uma das empresas estima corretamente a quantidade que sua concorrente produzirá, determinará seu próprio nível de produção que maximiza o lucro, caracterizando um Equilíbrio de Cournot. E o que
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