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Políticas em infraestrutura: Uma análise Keynesiana e abordagem do caso brasileiro

Por:   •  12/6/2018  •  5.736 Palavras (23 Páginas)  •  407 Visualizações

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através de uma revisão de literatura, quinto tópico refere-se ao papel do investimento público e a noção de crescimento econômico neste processo, discutindo também a importância do investimento em infraestrutura nas políticas econômicas, o sexto e último tópico, inclui nas discursões e resultados do trabalho, foi abordado a relação entre crescimento e investimento público na economia brasileira ao longo dos anos, por fim as considerações finais.

2. METODOLOGIA

Realizada a revisão literária desta investigação, assim como a dissecação do estudo de alguns autores que se dedicaram a esta área, torna-se imperativo expor os procedimentos utilizados no presente documento.

A pesquisa a ser realizada neste trabalho pode ser classificada como bibliográfica, isto porque foi necessária a busca sobre o tema baseados em livros, revistas especializadas, trabalhos acadêmicos, informações de órgãos governamentais etc, com o intuito de aprofundar o conhecimento necessário para o desenvolvimento do trabalho que relatam os conceitos de políticas públicas, a importância da infraestrutura no país, abordagem Keynesiana e os impactos da requalificação dos investimentos no Brasil.

Quanto à metodologia o trabalho em mãos faz a opção pelo método qualitativa, esta opção se justifica porque o método escolhido permite qualificar dados coletados durante análise do problema. Enquanto ao procedimento, este trabalho realizar-se-á por meio de observação indireta, porque consistiu em levantamentos de dados possíveis sobre o assunto pesquisado, recolhendo informações preliminares sobre a área.

A pesquisa utilizar-se-á de ferramenta de documentação de dados sobre o investimento em infraestrutura frente a sua participação no PIB, como também dados que mostram a relação infraestrutura e PIB por cada setor e ainda dados relacionados ao montante em porcentagem investido em infraestrutura por setor pelo sistema privado e público. Tais dados foram extraídos de empresas, instituições e bancos através de sites disponibilizados pelos mesmos.

Estas ferramentas permitiram a análise sobre a requalificação em investimento no PIB e o impacto que esses investimentos refletem no PIB do país.

O material documentado, bem como, as respectivas análises foram organizadas em relatório de pesquisa componente do estudo que se pretende construir.

3 INVESTIMENTO E CRESCIMENTO EM KEYNES

A procura de uma resposta para os problemas da grande depressão dos anos 30, Keynes desde então viu o investimento como sendo uma variável econômica de bastante relevância para a retomada do crescimento econômico, sendo a ação governamental o meio mais eficiente, no período da depressão, para criação de emprego e aumento da renda.

No livro, A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda de Keynes, especificamente no capitulo 24, Keynes expõe a regulamentação pública da economia e dos seus instrumentos, então para o autor o Estado tem o compromisso de operar com principal influência sobre a propensão a consumir, diante disso tais influências se deve através da tributação, fixação da taxa de juros, dentre outras medidas.

De acordo com Keynes (1982, p.287-288):

Eu entendo, portanto, que uma socialização algo ampla dos investimentos será o único meio de assegurar uma situação aproximada de pleno emprego, embora isso não implique a necessidade de excluir ajustes e formulas de toda espécie que permitiam ao Estado cooperar com a iniciativa privada. (...) Se o Estado for capaz de determinar o montante agregado dos recursos destinados a aumentar esses meios e a taxa básica de remuneração aos seus detentores, terá realizado o que lhe compete. Ademais, as medidas necessárias de socialização podem ser introduzidas gradualmente, sem afetar as tradições generalizadas da sociedade.

Desta forma, fica claro que é importante a intervenção do Estado em uma política econômica para que então seja compensada a insuficiência da demanda efetiva privada, assim, para Keynes os gastos públicos, referente aos termos de desemprego, podem ser de grande reparo e qualquer despesa por parte do Estado proporciona crescimento da renda. Conforme o autor tem grande positivismo quando se refere à política de emprego visto que o Estado tem chances de amenizar as incertezas dos empresários.

Segundo Oreiro (2012), as flutuações econômicas resultam tais incertezas dos empresários, e isso resulta diretamente no volume de investimento, então a prevenção das crises econômicas seria uma forma eficaz para estabilidade do volume agregado do investimento, para isso é crucial o participação do investimento publico na formação bruta de capital da sociedade, pois uma política cíclica não será apenas uma forma de minorar a crise, mas sim uma variável de prevenção da mesma. Desta forma, tal investimento público seria preferível baseada em gastos de consumo, pois são rentáveis tanto para investimentos privados como para social.

Um desafio colocado na Teoria Geral é que, se existe renda crescente implicando propensão a consumir mais baixa, necessariamente é preciso aumentar a participação do investimento, mas como o consumo para Keynes é uma função que depende da renda, então o investimento é uma função que vai determinar a renda, e consequentemente depende do estado de espíritos dos agentes econômicos, na medida em que vai aumentando o nível de atividade econômica, aumenta a oferta e a eficiência marginal do capital tende a decrescer, assim se as forças do mercado agirem de forma livre, provavelmente gerariam a instabilidade e as consequências da intervenção do Estado estavam dispostos a compensar esses momentos de queda nos investimentos privados para manter a economia mais próximo possível do pleno emprego.

Assim sendo, Keynes considerava o capitalismo brilhante, mas que deixado à própria sorte, poderia dar errado, logo dependia do governo para a economia voltar a estabilidade, pois era possível o Estado contribuir para fazer os mercados funcionarem melhor e compensar a lacuna com mais gastos públicos.

Essa revolução de pensamento econômico a partir da década de 30, baseada na forte intervenção do Estado como uma opção até para recuperação dos países em crise construiu um movimento chamado de “Estado do Bem Estar” ou “keynesianismo”, a partir de então boa parte dos governos denominados capitalistas adotaram suas recomendações, no qual teve bastante influência principalmente na década de 1950 e 1960, onde as ideias keynesianas eram bem fortes. E foi no fim da década de 1970 e inicio

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