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Implicaçoes da mais-valia relativa

Por:   •  19/4/2018  •  2.007 Palavras (9 Páginas)  •  305 Visualizações

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Outro ponto importante é salientarmos que, quando um trabalhador opera isolado, conta apenas com suas técnicas naturais, e na cooperação ocorre um trabalho social médio necessário. Com isso a produtividade tende a crescer, com a cooperação começa a surgir no capitalismo uma nova forma de força produtiva, o que seria uma potencialização das forças produtivas no qual os capitalistas usavam para seu enriquecimento.

Segundo Marx no período da cooperação simples, é considerado como um período de produção em maior escala, mas não caracteriza a alteração nos modos de produção quanto avanços.

A cooperação permanece a forma básica do modo de produção capitalista, embora sua figura simples mesma apareça como forma particular ao lado de suas formas mais desenvolvidas. (MARX. p. 451).

Como apontamos anteriormente, a busca pela extração da mais-valia sé dá pela potencialização das forças produtivas. A partir da cooperação simples a busca capitalista pela extração da mais-valia, então a cooperação simples dá lugar á manufatura, neste sistema a produção é dividida em etapas para os empregados.

Na cooperação simples não se modifica os modos de produção enquanto no período manufatureiro ocorre há alteração destes, pois a manufatura preconiza a concentração dos meios de produção pelo capitalista, para Marx na manufatura ocorre o aperfeiçoamento das forças produtivas, onde o capitalista atribui funções específicas aos trabalhadores criando assim condições para a existência da maquinaria. (MARX, 1968 p.392).

Conforme observado acima, podemos notar que a divisão do trabalho torna mais simples a produção, mas em consequência implica no tempo de produção, no qual forçava os operários a repetição. Conforme Marx esta repetição submetia a classe trabalhadora há novas condições de exploração perante o capitalista.

A produção manufatureira chegou a um ponto no qual não conseguia atender a procura de mercadorias, ocasionada pela expansão do mercado consumidor. Este fator aliado à necessidade de extração de mais-valia relativa levou a transformação da produção de artesanal para mecanizada.

A utilização de máquinas-ferramentas permitiu ao capital aumentar a exploração da mais-valia relativa, ora esta reduzia o tempo de trabalho necessário. O progresso tecnológico no capitalismo tende a maximizar o processo produtivo diminuindo assim o tempo de produção das mercadorias, a introdução da maquinaria na produção revolucionou a produção capitalista, antes a produção que dependia apenas das habilidades físicas dos operários, agora o desqualifica.

Como afirma a Antune (2000):

Novos processos de trabalho emergem, onde o cronômetro e a produção em série e de massa são "substituídos" pela flexibilização da produção, pela "especialização flexível", por novos padrões de busca de produtividade, por novas formas de adequação da produção à lógica do mercado (ver Murray, 1983; Sabel e Piore, 1984; Annunziato, 1989; Clarke, 1991; Gounet, 1991 e 1992; Harvey, 1992 e Coriat, 1992a e 1992b).

- Taylorismo-Fordismo-Ohnoísmo

Ao estudarmos o Fordismo e Taylorismo e Ohnoismo, observamos que as formas de acumulação capitalista se tornam flexíveis, a busca pelo gerenciamento para controlar os trabalhadores a fim de fazê-los produzir cada vez mais, conforme Antunes (1998) a acumulação flexível precisa da integração dos trabalhadores, estes modelos procuram um envolvimento manipulatório.

Como afirma Harvey o modo flexível de desenvolvimento se desenvolveu por meio das tecnologias, tendo como pano de fundo a organização, trazendo como ponto fundamental o domínio de espaço e tempo de produção.

O sistema fordista por sua fez exige pouca qualificação do trabalho, tal que não exige destes o envolvimento com os sucessos da produção. Com isso no fordismo percebe-se a dependência para com o trabalhador. Como afirma Moraes Neto é importante destacarmos esta característica presente no fordismo, fato que prejudica o modelo de produção fordista.

Este fato aplica-se exclusivamente nas linhas de montagem, pois paradoxalmente já havia desenvolvimento do progresso de automação, como por exemplo a maquina transfer.

Taylor propôs a gerência cientifica, esta que impunha maneiras e padrões para potencializar o trabalho, esta que serão possíveis através da otimização do tempo e movimento, conforme Braverman explicita existiam métodos experimentais aplicados ao trabalho, que permitiam a melhor equação de tempo/produção, elemento fundamental na percepção de Taylor.

O conhecimento do trabalhador no âmbito da produção é superior o da gerencia, o que cria restrições por parte da classe trabalhadora, uma delas é não produzir da forma que é capaz, Taylor aponta que existe a necessidade de controlar esta ação dos trabalhadores. Com isso observamos que o caráter da contribuição Taylorista esta na observação e gestão dos trabalhadores em suas atividades.

A contribuição fordista vem em termos de organização em loco, leia-se no chão das fabricas, a introdução de métodos como esteira rolante ajudou na potencialização da produção, o ponto comum entre fordismo e taylorismo está na organização do processo produtivo. Mesmo partindo dos mesmos princípios estes dois modos de produção diferem-se, pois para Ford era necessário a interação do trabalhador com a produção.

O Fordismo equivaleu ao maior esforço coletivo para criar, com velocidade sem precedentes, e com uma consciência de propósito sem igual na história, um novo tipo de trabalhador e um novo tipo de homem. Os novos métodos de trabalho são inseparáveis de um modo específico de viver e de pensar a vida. (Harvey, 1992: 121)

Observamos no fordismo, avanços consideráveis quanto ao taylorismo, pois a esteira proporciona ao capitalista o tão sonhado controle do ritmo de produção, na indústria fordista o trabalhador desenvolve especificidades qualitativas, este desenvolvimento das qualidades dos trabalhadores implica em uma mão de obra mais cara.

A mão de obra mais cara ocasiona uma maior mudança nos quadros de funcionários devido à restrição dos operários, este avanço do preço dos salários influencia o fator de consumo segundo Gramsci.

Observamos que o fordismo contribuiu para um padrão de produção mais avançado que o taylorismo e ainda implicou em mudanças na vida do homem. Como afirma Harvey o fordismo caracteriza um novo tipo de homem.

Outro

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