Capitulo 10 Formação Brasileira do Brasil
Por: Hugo.bassi • 9/2/2018 • 1.497 Palavras (6 Páginas) • 347 Visualizações
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Possibilidades de crescimento da atividade criatória: a condição fundamental da sua existência e expansão era a disponibilidade de terras (natureza dos pastos do sertão nordestino); disponibilidade de capacidade empresarial (esta atividade era muito mais atrativa para o colono sem recursos do que aquela disponível na economia açucareira, aquele que não tinha condição para iniciar por conta própria a criação, tinha possibilidade de efetuar a acumulação inicial trabalhando numa fazenda de gado – nesta economia a mobilidade social é maior - Durante certo número de anos de trabalho, tinha direito a uma participação no rebanho em formação, 1 cria, podendo assim iniciar criação por conta própria); a demanda constituía fator limitativo a expansão da economia criatória (a expansão do açúcar comandava a expansão desta atividade); produtividade média da atividade criatória muito baixa, com menor grau de especialização e comercialização1 que a cultura açucareira (como as distâncias vão aumentando, em relação ao litoral, os custos com o gado se tornam maiores, e a renda das pessoas envolvidas nessa atividade diminui).
1a atividade criatória possui um mercado de pequenas dimensões, ao contrário da economia açucareira
*a expansão pecuária simplesmente ocorre devido ao aumento dos rebanhos;
A economia criatória tinha como principal atividade àquela ligada a subsistência da sua população, fonte quase única de alimentos e de uma matéria – prima (couro).
Cap 11: Formação do complexo econômico nordestino
Segunda metade do século 17: início do lento processo de decadência, tanto da economia açucareira como da criatória
As unidades produtivas, tanto na economia açucareira como na criatória, tendiam a preservar a sua forma original nas etapas de expansão e contração. O crescimento era de caráter extensivo, mediante a incorporação de terras e mão-de-obra, o que não trazia mudanças estruturais nos custos e na produtividade. A reduzida expressão dos custos monetários tornava a economia bastante resistente aos efeitos de curto prazo de uma baixa de preços (oferta inelástica)
Disparidade entre os dois sistemas econômicos no período de declínio dos preços do açúcar: a economia criatória não dependia de gastos com reposição de capital e expansão da capacidade produtiva, enquanto na região açucareira dependia-se da importação de mão-de-obra e equipamentos para manter a produção, na pecuária o capital se repunha automaticamente sem muitos gastos; as condições de trabalho e alimentação na pecuária propiciavam um forte crescimento na sua própria força de trabalho.
Final do século 17 - Ao reduzir o efeito dinâmico do estímulo externo, a economia açucareira entra em debilidade, sua rentabilidade se reduz, mas não de forma expressiva, de forma que ainda é atraente nas Antilhas; suspeita-se que a desvalorização da moeda portuguesa contribuiu para a manutenção da capacidade produtiva. A situação se agrava no século 18, em razão do aumento do preço dos escravos e da emigração da mão-de-obra especializada, determinadas pela expansão da produção de ouro.
O que acontece na economia criatória (em recessão), diante do efeito dinâmico externo, é distinto. A expansão deste sistema era um processo endógeno, resultante do aumento da população animal, assim, sempre havia oportunidade de emprego para a força de trabalho que crescia e também para aqueles que perdiam sua ocupação no sistema açucareiro em decadência. Se a procura de gado não estava aumentando num ritmo adequado, o crescimento se dava através do aumento relativo do setor de subsistência, em que a renda (apresentou como consequência a especialização e divisão do trabalho; estímulo a produção interna de artigos [que se encarecem] que antes eram importados) estava diminuindo e por assim dizer, a produtividade econômica do sistema pecuário.
*A decadência da economia açucareira atrae a população para o para o interior criatório.Como a rentabilidade da pecuária dependia da rentabilidade do açúcar, diante da estagnação da economia açucareira, a atividade criatória passou a ser uma economia voltada para a subsistência.
A expansão da economia nordestina consistiu um processo de involução econômica: o setor (economia açucareira) de alta produtividade ia perdendo importância e a produtividade do setor pecuário declinava à medida que este crescia. Na verdade, a expansão refletia apenas o crescimento do setor de subsistência, onde se acumulava a população. Dessa forma o Nordeste foi se transformando numa economia em que grande parte da população produzia apenas o necessário para sobreviver.
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