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Análise da Politica Economica da Venezuela 2014

Por:   •  12/3/2018  •  2.267 Palavras (10 Páginas)  •  349 Visualizações

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Já segundo Troster (2002, p. 178-179), política macroeconômica é mais uma ferramenta do governo utilizada para analisar o funcionamento da economia, e segundo ele, ela pode ser entendida como um “conjunto de medidas governamentais destinadas a influir sobre a marcha da economia no seu conjunto”. Para tal, a macroeconomia – quando analisada sob a ótica da política econômica – é utilizada de modo a atingir e controlar três objetivos principais: a inflação, o desemprego e o crescimento.

A inflação pode ser entendida como o crescimento do nível geral de preços das mercadorias em circulação em um país, e a macroeconomia investiga as “causas e os custos para a sociedade” desse crescimento. Assim, procura encontrar soluções políticas que vão de encontro com os desdobramentos negativos que a inflação pode gerar no âmbito econômico-social.

Quando trata o desemprego, a macroeconomia procura encontrar os motivos que levam à falta de vagas no mercado de trabalho, buscando sempre medidas que possam reduzir esses índices. É importante ressaltar que, como Troster enfatiza, o desemprego, além de revelar custos pessoais aos indivíduos afetados, ele “supõem um desperdício de recursos”.

Ao estudar as causas do crescimento na produção de determinado local, a macroeconomia nos mostra que à medida que ocorre esse crescimento, aumenta também a satisfação geral da população, tendo em vista que aumentam o número de vagas de emprego e consequentemente o número de pessoas com maior poder de compra.

Para atingir tais objetivos, no entanto, as políticas macroeconômicas devem ser tomadas com base em dois fatores condicionantes para o sucesso da implantação das políticas em questão, que são a análise dos déficits públicos e o saldo da balança comercial, e então traçar possíveis estratégias a se seguir.

2.2. Política Econômica e seus instrumentos de ação

Vasconcelos (2008, p. 193-195), divide e explica os instrumentos de ação da política econômica da seguinte forma:

- Política fiscal;

- Política monetária;

- Política cambial e comercial;

- Política de rendas (controle de preços e salários).

Política Fiscal: refere-se a todos os instrumentos de que o governo dispõe para a arrecadação de tributos (política tributária) e controle de suas despesas (política de gastos). Além da questão do nível de tributação, a política tributária, por meio de manipulação da estrutura e alíquotas de impostos, é utilizada para estimular (ou inibir) os gastos do setor privado em consumo e em investimento.

Política Monetária: Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda de crédito e das taxas de juros. Os instrumentos disponíveis para tal são:

- Emissões;

- Reservas compulsórias;

- Open market;

- Redescontos;

- Regulamentação sobre crédito e taxa de juros.

Política Cambial e Comercial: São políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia. Política cambial refere-se ao controle do Governo sobre a taxa de câmbio. Política comercial diz respeito aos instrumentos de incentivo às exportações e/ou estímulo/desestímulo às importações, sejam fiscais, creditícios, seja estabelecimento de cotas etc.

Política de Rendas (controle de preços e salários): Normalmente são utilizados como política de combate a inflação. Esses controles também são denominados “políticas de renda” no sentido de que influenciam diretamente sobre as rendas.

Já para Dornbusch e Helmers (1991, p. 46-50), podemos afirmar que os principais instrumentos de ação à disposição do Estado são a política orçamental, política monetária, política comercial e a política cambial.

A política orçamental em sua obra pode ser entendida como uma política que “abrange todas as decisões do Estado relativas à despesa, às transferências e aos impostos, assim como às políticas aplicadas as empresas do setor público.” Durnbush e Helmers destacam também que “muitas questões respeitantes à política orçamental situam-se na área das finanças públicas.” Destas, três dessas questões assumem importância relevante. São elas o impacto da política orçamental sobre a produção e o consumo, a procura agregada e o financiamento dos desequilíbrios orçamentais.

Para os autores, a política cambial não pode ser planejada e executada longe da política orçamental. Para justificar sua afirmação, os autores supõem uma situação onde o “déficit orçamental é financiado por uma criação inflacionista de moeda”, dessa forma afirmam que o “único regime de câmbios sustentável é o da desvalorização deslizante”. Dessa forma “a taxa de cambio deprecia-se a uma taxa sensivelmente igual à diferença entre a inflação interna e externa”. Então, o déficit sendo financiado por recurso ao endividamento acaba tornando a política cambial mais difícil. No entanto, quando se inicia o serviço da dívida, torna-se necessária “uma depreciação real para melhorar o equilíbrio externo”. Tentar manter a taxa de cambio sem alterações implica em uma “sobre avaliação e a contração de mais empréstimos para financiar o desalinhamento da taxa de cambio e isso significa desperdício de recursos”.

Quando tratamos de medidas relacionadas com o setor financeiro, as políticas governamentais exercem uma considerável influência no que diz respeito ao equilíbrio externo, pois os “detentores de ativos podem movimentar-se no mercado financeiro mundial em busca da taxa de rentabilidade mais favorável”. Os acionistas não irão querer possuir ativos nacionais, a não ser que sua rentabilidade líquida seja “suficientemente atrativa quando comparada com a conseguida no exterior”. Para ser atrativo, o rendimento obtido com ativos nacionais terá de ser não só igual ao rendimento obtido no exterior, “mas também tomar em consideração a depreciação esperada da moeda e um prêmio de risco”. O prêmio de risco pode ser explicado pelo fato de os detentores de ativos preferirem não correr riscos, precisando assim de uma compensação por “arriscarem uma aplicação de fundos em ativos nacionais”. Esses riscos podem estar associados à política ou simplesmente a incertezas no que diz respeito a taxas

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