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A POLÍTICAS ECONÔMICAS ERA COLLOR (1990 A 1992)

Por:   •  4/12/2018  •  2.285 Palavras (10 Páginas)  •  294 Visualizações

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O governo Collor também deu início às privatizações das estatais e à redução das tarifas alfandegárias. Com produtos importados a preços menores, a indústria nacional percebeu a necessidade de se modernizar e correr atrás do prejuízo.

Seis meses após o primeiro pacote econômico, Collor lançou um segundo plano, o Collor II, que também previa a diminuição da inflação e outros cortes orçamentários. Mas, novamente, não obteve êxito e só fez aumentar o descontentamento da população.

ANOS

%

INFLAÇÃO

DÍVIDA EXTERNA

US$ BILHÕES

%

PIB

1989

1.782,9

99,3

1,9

1990

2.596,0

96,5

-5,1

1991

421,0

93,0

1,0

1992

988,0

110,8

-0,3

1993

2.087,0

114,3

4,4

1994

2.312,0

119,7

5,9

1995

75,0

129,3

4,2

1996

9,0

142,1

2,7

Fonte: Secretaria do Tesouro NacionaL

O objetivo do plano econômico: conter a inflação e cortar gastos desnecessários do governo. As medidas não tiveram sucesso, causando profunda recessão, desemprego e insatisfação popular. Trabalhadores, empresários, foram surpreendidos com o confisco em suas contas bancárias. O governo chegou a bloquear em moeda nacional o equivalente a 80 bilhões de dólares. Também deu início às privatizações das estatais e à redução das tarifas alfandegárias.

Com produtos importados a preços menores, a indústria nacional percebeu a necessidade de se modernizar e correr atrás do prejuízo. Seis meses após o primeiro pacote econômico, foi lançado o Collor II, que também previa a diminuição da inflação e outros cortes orçamentários.

2.2. PLANO COLLOR II JANEIRO DE 1991

Zélia foi a mentora intelectual do Plano Collor foi a primeira — e até agora a única — mulher a ocupar o cargo de Ministra da Fazenda, empossada em 15/03/1990 na posse de seu primo Fernando Collor, o segundo plano foi marcado por:

- Confisco: Em março de 1990, determinou que saldos em contas acima de 50 mil cruzados novos fossem bloqueados por 18 meses.

- Abertura: Reduziu alíquotas de importação, atraindo produtos estrangeiros para o mercado nacional, o que acirrou a competição.

- Inflação: Acabou com a hiperinflação de cerca de 80% ao mês, mas houve recessão, aumento do desemprego e redução da renda per capita.

Novamente, não obteve êxito e só fez aumentar o descontentamento da população.

A Ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, não suportou a pressão e em maio de 1991 pediu demissão do cargo assumindo Marcílio Marques Moreira, até então embaixador do Brasil, em Washington. Marcílio não lançou nenhuma medida de impacto.

Sua proposta era liberar os preços e salários gradualmente, porém não teve bons resultados.

No final de 1991, além de grave recessão, com diminuição da atividade econômica e com desemprego generalizado, a inflação voltava a elevar-se para níveis de 20% a.m. e continuou a subir durante o ano de 1992. De maneira geral, Collor não cumpriu suas promessas de campanha, pois a inflação, que ele prometera abater com um tiro só, depois de alguns meses voltou com bastante força.

2.3. O INICIO DO FIM

Collor havia prometido governar para os “descamisados” e “pés descalços”, mas não houve redistribuição de renda. Jurou acabar com os “marajás” (funcionários públicos com altos salários e que pouco trabalhavam) e colocar os corruptos na cadeia, mas ele mesmo passou a usufruir de vantagens de uma rede de corrupção. Comprometeu-se a pagar dignamente os aposentados, mas negou-lhes os reajustes devidos, levando-os às ruas, em passeatas e outras manifestações públicas, para exigir o respeito aos seus direitos.

Surgiram várias denúncias de corrupção na administração Collor, envolvendo ministros, amigos pessoais e até mesmo a primeira dama, Rosane Collor. Paulo César Farias, ex-tesoureiro da campanha e amigo do presidente, foi acusado de tráfico de influência, lavagem e desvio de dinheiro.

Em entrevista à revista Veja, Pedro Collor, irmão do presidente, revelou os esquemas, que envolviam também Fernando Collor. A notícia caiu como uma bomba. A população, já insatisfeita com a crise econômica e social, revoltou-se contra o governo. Foram aparecendo na imprensa informações sobre casos de corrupção que se multiplicavam em quase todos os setores do governo:

- No Ministério da Saúde, foram compradas bicicletas, mochilas e guarda-chuvas em quantidades desnecessárias e a preços acima dos de mercado;

- Em outros ministérios, eram contratadas para fazer obras públicas, sem licitação, empreiteiras que haviam contribuído com dinheiro para a campanha do presidente;

- A publicidade oficial era encaminhada às agências que haviam feito a propaganda eleitoral de Collor;

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