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SISTEMA DE CUSTEIO ABC

Por:   •  4/2/2018  •  2.324 Palavras (10 Páginas)  •  433 Visualizações

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- Custeio por absorção: é um processo de apuração de custos, cujo objetivo é ratear todos os seus elementos (fixos e variáveis) em cada fase de produção. Ou seja, o custo é absorvido quando for atribuído a um produto ou unidade de produção, assim, cada unidade ou produto receberá sua parcela no custo até que o valor aplicado seja totalmente absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos ou pelos Estoques Finais.

Principais características do custeio por absorção:

- Engloba os custos totais: fixos, variáveis, diretos e/ou indiretos;

- Necessita de critério de rateios, no caso de apropriação dos custos indiretos (gastos gerais de produção) quando houver dois ou mais produtos ou serviços;

- É o critério legal exigido no Brasil. Entretanto, nem sempre é útil como ferramenta de gestão (análise) de custos, por possibilitar distorções ao distribuir custos diversos produtos e serviços, possibilitando mascarar desperdícios e outras ineficiências produtivas;

- Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção.

- Custeio variável: é um tipo de custeamento que consiste em considerar como custo de produção do período apenas os Custos Variáveis incorridos, os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custos de produção, e sim como despesas, sendo encerradas diretamente contra o resultado do período.

Principais características do método de custeio variável:

- É basicamente orientado para o aspecto gerencial por permitir a apuração da margem de contribuição de cada produto, não se adequando às exigências legais;

- Permite um maior controle sobre os gastos fixos ao mantê-los isolados do custo das vendas;

- Permite prever com maior grau de precisão os resultados de decisões de se descontinuar a comercialização dos produtos por facilitar o cálculo da margem de contribuição e do ponto de equilíbrio.

4 ORIGEM E DEFINIÇÕES DO SISTEMA ABC

Segundo a literatura encontrada sobre os sistemas de custos, são considerados como idealizadores do Sistema ABC dois professores da Universidade de Harvard, Robin Cooper e Robert Kaplan, os quais asseveram que os sistemas de custeio baseados em atividades surgiram na década de oitenta. Entretanto, tal assertiva é contestada por alguns autores, apontando registros literários que noticiam a utilização do ABC por contadores entre 1800 e início de 1900.

Embora existam divergências a respeito de seu surgimento, cabe ressaltar com maior relevância os benefícios propiciados pela utilização deste método na gestão dos custos das empresas. Para melhor entendimento da importância do sistema ABC, inicialmente serão transcritos alguns conceitos, segundo autores importantes da literatura de custos.

Nakagawa (2001, p. 40) conceitua o ABC como “uma metodologia desenvolvida para facilitar a análise estratégica de custos relacionados com as atividades que mais impactam o consumo de recursos de uma empresa.”

Segundo Martins, (2003, p. 87) “O Custeio Baseado em Atividades, conhecido como ABC (Actívity-Based Costing) é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos.”

De acordo com Rodney Wernke (2004, p. 23):

“Esse método analisa o comportamento dos custos por atividade, e estabelece relações entre atividades e o consumo de recursos independentemente de fronteiras departamentais, permitindo a identificação de fatores que levam a instituição ou empresa a incorrer em custos em seus processos de oferta de produtos e serviços e de atendimento a mercados e clientes.”

4.1 APLICAÇÃO E IMPORTÂNCIA

Segundo as definições observadas, a idéia básica do custeio ABC é atribuir primeiramente os custos às atividades e posteriormente atribuir custos das atividades aos produtos. Para que seja possível essa definição do custo unitário de cada atividade é utilizado o chamado “cost drivers” ou direcionadores de custos, que é o evento ligado a uma ou mais atividades e que provocam sua ocorrência.

Deste modo, o ABC, como ferramenta de custeio voltada à gestão, proporciona uma visão de consumo de recursos da empresa por atividade, eliminando as distorções dos sistemas tradicionais de custos, nos quais os custos são imputados aos departamentos e destes aos produtos.

Um dos principais aspectos do estudo ABC é o inventário do processo e sua decomposição em atividades, que podem ser classificadas em quatro grupos distintos: unidade, lote, produto e empresa. As três primeiras são relacionadas à produção e, portanto, passíveis de se encontrar um indutor de custo aceitável, já a atividade da empresa não deve ser atribuída diretamente ao produto.

Os direcionadores de custos são as bases utilizadas para apropriar os custos dos recursos consumidos na empresa (salário, telefone, etc.) às atividades desempenhadas e das atividades aos produtos ou outros objetos que se pretende custear. O custo baseado em atividades é operacionalizado em duas etapas:

- Primeira Etapa: os recursos gastos na empresa são alocados às atividades que os consumiram. Os direcionadores de custos nesta fase são chamados de “Direcionadores de Recursos”;

- Segunda Etapa: os custos das atividades são alocados aos objetos que consumiram essas atividades. Os direcionadores de custos utilizados neste estágio são denominados “Direcionadores de Atividades”.

O quadro abaixo demonstra alguns exemplos de direcionadores de custos da primeira e segunda etapa:

QUADRO 1 – EXEMPLOS DE DIRECIONADORES DE CUSTOS

CATEGORIA DE CUSTO

DIRECIONADOR DE CUSTO

1. Aluguel

Área (metros quadrados)

2. Depreciação

Valor dos equipamentos e construções

3.Folha de pagamento

Número de empregados

4. Encargos sociais

% do custo de mão de obra

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