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Sistema de Custeio

Por:   •  22/10/2018  •  3.068 Palavras (13 Páginas)  •  256 Visualizações

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No atual contexto empresarial, são necessárias informações de custos cada vez mais detalhadas e aprimoradas. Assim as organizações estão se dedicando a melhoria de alguns aspectos críticos, tais como: melhor desempenho de produtos e processos, maior atenção as exigências do mercado, melhor gestão estratégica e operacional de suas áreas de responsabilidade, entre outros.

Em organizações onde as informações de custos são usadas para desenvolver estratégias que visam à obtenção de vantagem competitiva, gerenciar custos com eficácia exige um enfoque acerca de estrutura física e operacional. Portanto talvez uma exigência maior por parte da contabilidade de Custos, com ênfase no campo estratégico, tenha se iniciado com a crescente complexidade das indústrias e seu ambiente organizacional.

A análise das informações de custos é relevante para o processo decisório nas organizações, tanto no momento da definição do preço de venda, como na gestão dos custos em decisões que tem como resultado o incentivo aos produtos mais rentáveis.

Percebe-se que as organizações que estão preocupadas com a competitividade global já não dispensam mais a contabilidade de custos em seu processo decisório.

Dado a importância das informações de custo no meio empresarial, deve-se buscar o aprimoramento da contabilidade que analisa e gerencia este tipo de informação. A relevância destas informações pode ser percebida em diferentes momentos, seja através da redução do enxugamento da estrutura de custos, expansão da capacidade fabril, lançamento de novos produtos ou formação do preço de venda.

Para realização dessas análises, requer a utilização de sistemas de custeio. Esses se referem à forma de apropriação dos custos de uma determinada empresa aos seus produtos. Perez Jr., Oliveira e Costa (1999, p.30) mencionam que “o objetivo principal de qualquer sistema de custeio é determinar o custo incorrido no processo de produção de bens ou de prestação de serviços”.

Os gestores deverão analisar as características especificas de cada sistema de custeio a fim de verificar aquele que mais seja adequado com a estrutura física e operacional da empresa. Além disso, devem considerar aquele que mais pode contribuir na análise dos custos e dar suporte na busca de vantagens competitivas para a empresa. Diversos são os sistemas que podem ser utilizados pelas empresas.

SISTEMAS DE CUSTEIO

Custeio significa apropriação de custos. Os métodos de custeio são utilizados para, entre muitas outras informações, determinar o valor dos objetos de custeio: reduzir custos, melhorar os processos; desperdícios; decidir entre produzir ou terceirizar; e eliminar; criar e aumentar, ou diminuir, a linha de produção de certos produtos. Dentre esses métodos estão o custeio por absorção, custeio direto ou variável, custeio pleno ou integral ou seções homogêneas(RKW), custeio padrão, custeio baseado em atividades ABC, unidade de esforço de produção(UEP).

Megliorini (2012) menciona que o custeio por absorção, o método das seções homogêneas e o custeio variável são considerados métodos tradicionais, visto que neles os produtos sejam geradores de custos e mais ade quados a ambientes nos quais há a predominância dos custos com materiais diretos e mão de obra direta. Ainda evidencia que esses métodos tradicionais “ tem relação com o conceito de que o comportamento dos custos varia de acordo com a quantidade fabricada”. Além disso, o autor destaca que o custeio baseado em atividades é considerado um método contemporâneo em resposta a um ambiente competitivo mais intenso, em que há a preocupação com gestão de custos.

Kaplan e Cooper (1998) também incorrem nesta divisão dos métodos de custeio em tradicionais e avançados e consideram o custeio baseado em atividades como um método avançado. Para os autores, o custeio por absorção e método das seções homogêneas se enquadra na categoria de métodos tradicionais, sendo que enquanto o primeiro é obrigatório pela legislação do imposto de renda, o segundo é utilizado para fins gerenciais, sendo mais apropriado à tomada de decisões.

CUSTEIO POR ABSORÇÃO

O sistema de custeio por absorção, além de ser um dos mais antigos sistemas, é o único aceito para fins fiscais. Segundo Martins(2001, p.41-42), este sistema “consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção ; todos os Gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos”.

O objetivo fundamental é separar custos e despesas. Sendo que os custos são apropriados aos produtos, para, no momento da venda, serem confrontados com as receitas geradas, e as despesas são lançadas diretamente no resultado do período.

Barbosa et al. (2011) citam as seguintes vantagens da utilização desse método :

- segue os princípios contábeis, sendo o método formalmente aceito, pela legislação do imposto de renda para propósitos de lucro ;

- agrega todos os custos, tanto os diretos quanto os indiretos;

- pode ser menos custoso de implementar, desde que não requeira a separação dos custos em fixos e variáveis.

Os autores citam também as seguintes desvantagens:

- os custos, por não se relacionarem com este ou aquele bem ou serviço, são quase sempre distribuídos com base em critérios de rateio com grande grau de arbitrariedade;

- o custo fixo por unidade depende ainda do volume de produção, e o custo de um produto, pode variar em função da alteração de volume de outro produto;

- os custos fixos existem, independentemente, da fabricação ou não desta ou daquela unidade e acabam presentes no mesmo montante, mesmo que ocorram oscilações(dentro de certos limites), portanto não devem ser alocados aos bens e serviços.

CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL

Martins (2001, p. 216) define o custeio direto ou variável como aquele em que “só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o resultado, para os estoques só vão, como consequência, custos variáveis”.

O custeio variável parte do pressuposto de que os custos fixos são difíceis de serem alocados aos produtos e , portanto, devem ir diretamente para o resultado.

Horrgren,

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