O PROFISSIONAL CONTÁBIL FRENTE A SEU CÓDIGO DE ÉTICA
Por: Hugo.bassi • 11/3/2018 • 9.350 Palavras (38 Páginas) • 312 Visualizações
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Os costumes, para partimos do real e não do ideal propriamente dito, é preciso reconhecer desde logo uma séria restrição: a humanidade só reteve por escrito depoimento sobre as normas de comportamentos dos últimos milênios, embora os homens já existam há muito mais tempo.
As grandes teorizações há documentos importantíssimos pelo menos desde os gregos antigos, há uns dois mil e quinhentos anos. Mas é importante então lembrar que as grandes teorias éticas gregas também traziam a marca do tipo de organização social daquela sociedade. Tais reflexões não deixavam de brotar de uma certa experiência de um povo, e num certo sentido, até de uma classe social.
Segundo Valls (1994, p.22),
neste grande rio se movimentam grandes pensadores do porte de Platão e Aristóteles, Santo Agostinho e Santo Tomaz de Aquino, Maquiavel e Spinoza, Hegel e Kierkegaard, Marx e Sartre, enfim, quase todos os grandes pensadores que nós, ocidentais, conhecemos, assim como, nos meio deles, todos nós, que a cada dia enfrentamos problemas teóricos e práticos, éticos ou morais. e que temos de resolve-los com ou sem ajuda, mas de preferência com algumas ajuda daqueles que mais pensaram sobre tais questões. há muitos pensadores importantes, principalmente hoje em dia, que considera que o estudo da ética é a região mais difícil, e aquela para a qual o pensamento, reflexivo e discursivo, está atualmente menos preparado.
Quem sabe seria melhor simplesmente ignorar as questões éticas, cuidando apenas dos assuntos técnicos, tais como: arranjar dinheiro, arranjar-se na vida, progredir força suficiente para dominar e não ser dominando. Ou quem sabe não seria melhor ainda simplesmente deixar-se levar pelo sistema e pelos acontecimentos. Mas, neste caso, o homem estaria, renunciando a anseio de liberdade que lhe é passado.
2.2 Ética e Historia
As doutrinas éticas fundamentais nascem e se desenvolvem em diferentes épocas e sociedade como respostas após problemas básicos apresentados pelas relações entre os homens e em particular, pelo seu comportamento moral efetivo. Por isto, existe uma estreita vinculação entre os conceitos morais e a realidade humana, social, sujeita historicamente a mudanças.
Em toda moral efetiva se elaboram certos princípios, valores ou normas. Mudando radicalmente a vida social, muda também a vida moral. Os princípios, valores ou normas encarnados nela entram em crise e exigem a sua justificação ou a sua substituição por outros. Surge então a necessidade de novas reflexões ou de uma nova teoria moral, pois os conceitos, valores e normas vigentes se tornaram problemáticas. Assim se explica a aparição e sucessão de doutrinas éticas fundamentais em conexão com a mudança e a sucessão de estruturas sociais, e dentro delas, da vida moral.
2.2.1 Conceito Histórico de Ética
A ética como a filosófica em seus esquemas gerais, foi por uma temática não histórica. Ou antes, dentro da cultura antiga somente nos tempos finais alguns pensadores atinaram com o caráter histórico dos problemas éticos, e na cultura ocidental somente percebido. Uma visão das relações ética e historia envolve uma série de supostos conceituais, que poderão levar a intermináveis labirintos epistemológicos, mas pode ser questionado com menos formalismo se nos mantivermos em uma atitude adequada.
2.3 Ética versus Moral
O conceito de ética e moral se assemelham, quando se referem ao costume, ou se diferenciam, quando a Ètica e vista como ciência e a Moral é considerada regra de conduta.
Segundo Aranha e Martins (1998, p.117 apud Alves 2005, p.17),
ética e Moral têm significados diferentes. A ética pode ser considerada parte da filosofia que se ocupa com as reflexões sobre as noções e princípios que fundamentam a vida moral enquanto a moral corrompe a um conjunto de regras de conduta assumidas pelos indivíduos de um grupo social com a finalidade de organizar as relações interpessoais segundo os valores do bem e do mal.
Assim como os problemas teóricos morais não se identificam com os problemas práticos, embora estejam estritamente relacionados também não se podem confundir a ética e a moral. A ética não cria a moral. Com quanto seja certo que toda amoral supõe determinados princípios, normas ou regras de comportamentos, não é a ética que os estabelece numa determinados princípios, normas ou regras de comportamento, não é a ética que os estabelece numa determinada comunidade. A ética depara com uma experiência histórica-social no terreno da moral, ou seja, com uma série de práticas morais já em vigor e, partindo delas, procura determinar a essência da moral, sua origem, as condições objetivas e subjetivas do ato moral, as fontes da avaliação moral, a natureza e a função dos juízos morais, os critérios de justificação destes juízos e o princípio que rege a mudança e a sucessão de diferentes sistemas morais.
2.4 Ética e Seus Ideais
Os grandes teóricos, os ideais éticos estava na busca dá prática do bem, da qual as realidades mundanas participariam de alguma maneira. Ou estava na felicidade, entendida como uma vida bem ordenada, uma vida virtuosa, onde as capacidades superiores do homem tivessem a preferência, e as demais capacidades não fossem, afinal, desprezadas, na medida em que o homem, ser sintético e composto, necessitava de muitas coisas.Para outros teóricos o ideais éticos estava no viver de acordo com a natureza, em harmonia cósmica.
No Cristianismo, os ideais éticos se identificaram com os religiosos. O homem viveria para conhecer, amar e servir a Deus, diretamente e em seus irmãos.
O lema socrático do “conhece-te a ti mesmo” volta à tona, em Santo Agostinho , que agora ensina que “Deus nos é mais íntimo que nosso próprio íntimo”. O ideal ético é o de uma vida de amor e fraternidade. Historicamente, porém muitas formas dualistas, que separavam radicalmente, por exemplo, o céu e a terra, estão vida e a outra, o amor a Deus e o amor aos homens, acabaram dificultando a realização dos ideais éticos cristãos.
2.5 Ética e liberdade
Falar sobre ética significa, falar de liberdade. Num primeiro momento, a ética nos lembra as normas e a responsabilidade. Mas tem sentido falar de normas ou responsabilidade se a gente não parte da suposição de que o homem é realmente livre, ou pode sê-lo.
Segundo
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