Natura - Análise Avançada de Demonstrativos Financeiros
Por: Sara • 11/10/2018 • 1.925 Palavras (8 Páginas) • 412 Visualizações
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A liquidez comum ou corrente serve para avaliar a capacidade de pagamento, o quanto a empresa pode dispor das obrigações de curto prazo, isso quer dizer que quanto a empresa possui de ativos circulantes para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo. Pela análise feita na empresa observou-se que tanto no ano de 2014 como nos anos de 2015 a 2016 a empresa poderá cumprir com suas obrigações de curto prazo, pois seu índice em 2014 foi de R$ 1,36, em 2015 foi de 1,32 e em 2016 foi de R$ 1,15.
A liquidez seca ou acid test é utilizado para avaliar a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo sem considerar os estoques, isso quer dizer que quanto a empresa possui de ativos de curto prazo sem comprometer os estoques. Em relação a empresa Natura, ela só poderá cumprir com todas as suas obrigações em 2014 e 2015, onde seu índice é respectivamente de R$ 1,07 e R$ 1,11. Em 2016 poderá cumprir com 95% das suas obrigações pois seu índice é de R$ 0,95 o que indica que a empresa depende do seu estoque para o equilíbrio da sua liquidez.
A liquidez imediata ou instantânea é o quanto a empresa pode liquidar imediatamente seus compromissos, raramente esse índice chega a R$ 1,00, pois a empresa ainda tem os seus direitos a receber que não entram nos valores a serem pagos imediatamente. Com isto os incides em 2014 foi de R$ 0,54, 2015 foi de R$ 0,61 e em 2016 R$ 0,55, onde se observa que ela não poderá cumprir com todas as suas obrigações de imediato.
A liquidez geral é utilizada para avaliar a capacidade de pagamento de todas as obrigações, quanto de curto prazo quanto de longo prazo através do ativo circulante e do não circulante, isso significa o quanto a empresa possui de ativo circulante mais o não circulante para cada R$ 1,00 da divida total. Pela análise feita pelos índices observa-se que a empresa Natura não será capaz de cumprir com todos os seus compromissos, pois seu índice em 2014 foi de R$ 0,81, em 2015 foi de R$ 0,82 e em 2016 foi de R$ 0,79.
Estudos dos Indicadores de Endividamento
O endividamento de uma empresa tem relação geralmente com os recursos de terceiros, e os quocientes de endividamento servem para evidenciar o grau de endividamento da empresa em decorrência das origens dos capitais investidos no patrimônio. Eles mostram a proporção existente entre os capitais próprios e os capitais de terceiros, sendo calculados com base em valores tirados do balanço patrimonial.
Os quocientes de endividamento são o quociente de participação dos capitais de terceiros sobre os recursos totais onde ele mede a porcentagem que o capital de terceiros influenciará no capital total da empresa, isso quer dizer o quanto o capital de terceiros tem no total do capital da empresa. No ano de 2014 percebe-se que o capital de terceiros em relação ao capital total da empresa é de 84%, o de 2015 é de 89% e o de 2016 é de 88%, percebendo que ocorreu um aumento do ano de 2014 para 2015 e uma pequena redução em 2016, esse quociente tem que ser pequeno pois quanto menor é o grau de participação de terceiros na empresa mais a empresa terá sua liberdade financeira para tomar decisões e nesse caso percebe-se uma participação considerável no capital.
O quociente de participação das dívidas de capital próprio sobre o endividamento total revela a proporção existente entre as obrigações de curto prazo e as obrigações totais, o grau também revela o quanto de capital próprio a empresa tem para saldar suas dividas de curto prazo. Nesse quociente quanto menor for o valor a pagar em curto prazo em relação às obrigações totais, maior tempo a empresa terá para obter recursos financeiros, visando saldar todos os seus comprometimentos. No ano de 2014 observa-se um grau de endividamento de 51%, em 2015 de 55% e no ano de 2016 de 56%. Observa-se que as suas dividas a curto prazo aumentaram em relação ao ano anterior.
A garantia de capitais de terceiros, esse índice indica o quanto a empresa pode dar garantias ao capital de terceiros em relação ao capital próprio, o ideal é que o quociente seja maior que 100% pois indicará que ela poderá garantir com seu capital o capital de terceiros. No ano de 2014 o quociente foi de 18%, em 2015 foi de 17% e em 2016 foi de 13%, isso indica que em relação a esse quociente a empresa não poderá dar 100% de garantia ao capital de terceiros.
Estudo do Termômetro de Insolvência
De acordo com Kanitz se, após a aplicação da fórmula, o resultado (Y) se situar abaixo de – 3, indica que a empresa se encontra numa situação que poderá levá-la a falência. Evidentemente, quanto menor este valor, mais próximo da falência estará a empresa. Do mesmo modo, se a empresa se encontrar em relação ao termômetro com um valor acima de zero, não haverá razão para a administração se preocupar, principalmente à medida que melhora a posição da empresa no termômetro. Se ela se situar entre zero e – 3, temos o que o Kanitz chama de penumbra, ou seja, uma posição que demanda certa cautela. A penumbra funciona, por conseguinte, como um alerta. Se o fator resultar num valor entre 0 e +7, considera-se que a empresa se situa na faixa de solvência. As empresas inseridas dentro desses limites são as que apresentam as menores probabilidades de falência, e elas se reduzem quanto mais elevado se apresentar o fator calculado.
Com a utilização do termômetro de Kanitz na empresa analisada, observa-se que a Natura encontra-se solvente e em boas condições financeiras, pois no ano de 2014 o seu grau foi de 3,43 obtendo uma melhora em 2015, passando para 3,63 e uma queda em 2016 para 3,20.
EBITIDA
O EBITIDA leva em conta o desempenho operacional da empresa, ela utilizar para avaliar o lucro da empresa além da DRE outras contas como os juros, depreciação, amortização, exaustão entre outros. Para a análise feita na empresa Natura S/A não é possível calcular
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