A mulher no mercado de trabalho
Por: Jose.Nascimento • 3/4/2018 • 2.105 Palavras (9 Páginas) • 450 Visualizações
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A luta incessante das mulheres por igualdade entre os gêneros é um objetivo histórico, e que segue paralelo a formação da sociedade, já no período em que ocorreu a revolução francesa (1789-1799) houve as primeiras reivindicações femininas, a fim de obterem direitos políticos, melhoria nas condições de trabalho e de vida, além de terem o direito de assumir cargos públicos. A revolucionaria Olympe de Gouges (feminista, revolucionária, historiadora e jornalista) já proclamava que a mulher deveria possuir direitos iguais ao dos homens, esse movimento ficou conhecido como feminismo. O feminismo ressurgiu no século XlX na Europa, principalmente na Inglaterra, onde o movimento ganhou forças e foi até defendido em teses por grandes pensadores da época, que defendiam a emancipação das mulheres através da igualdade de direito entres os gêneros, sendo o principal o direito de ocupar qualquer posto de trabalho.
Na Inglaterra no ano de 1819, após manifestações onde houve enfrentamento em que a polícia atirou com canhões, o parlamento inglês aprovou uma lei reduzindo para 12horas a jornada de trabalho de mulheres e crianças entre 9 e 16 anos. Nos Estados Unidos, em 1857 na cidade de Nova York, 129 tecelãs cruzaram os braços reivindicando redução da jornada de trabalho para 10 horas. Acuadas, as operarias foram trancafiadas pela polícia e pelos patrões dentro da fábrica, os mesmo incendiaram o local levando todas a morte, e 50 anos mais tarde no dia 08 de março de 1908 no aniversário dessa manifestação de reivindicação daquelas mulheres foi declarado o dia internacional da mulher em homenagem à memória daquelas que morreram por reivindicar os seus direitos. (A nova Democracia)
NO BRASIL COMO E QUANDO OCORREU ESSA EVOLUÇÃO
A inserção da mulher no mercado de trabalho no Brasil foi no século XIX, com a consolidação do sistema capitalista, com isso ocorreram várias mudanças na dinâmica do trabalho feminino. Obteve-se um intenso crescimento da maquinaria, e um acelerado desenvolvimento tecnológico, sendo assim fizeram com que grande parte da mão de obra feminina a partir de então fosse transferida para as fábricas, cumprindo uma carga horária de até 18 horas por dia, e tendo um salário inferior ao do homem.
Após essas mudanças, a Constituição de 1932 estabeleceu valor igual para homens e mulheres, a todo trabalho com mesma função. Mesma com todas as leis beneficiando a mulher, ainda assim elas continuavam a ser exploradas, com afirmação de que o homem era o provedor do lar, ele que tinha que sustentar a família, e por esse motivo não era necessário a mulher ter um salário igual ao do homem.
No dia 1º de maio de 1943 foi promulgado a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) através do decreto-lei nº 5.452, entrando em vigor a partir de 10 de novembro de 1943, já em 1944 ocorreram às primeiras alterações na CLT, foi quando a mulher passou a ser admitida em jornadas noturnas desde que maior de 18 anos, hoje se tem na CLT um capitulo exclusivamente direcionado ao trabalho da mulher brasileira, (capitulo lll do artigo 372 ao 401 – B) outra conquista importante foi a Constituição Federal de 1988.
A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO ATUALMENTE
Atualmente vem crescendo o número de mulheres no mercado de trabalho, e principalmente em cargos de chefias em grandes empresas e multinacionais, a mulher tem buscado se qualificar e com isso tem sido mais valorizada no mercado de trabalho, entretanto ainda há uma desigualdade salarial entre gênero. Nos cargos ocupados por mulheres, segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) mostram que as mulheres ganham 72,9% do salário dos homens.
Nos últimos anos tem crescido o número de mulheres que passaram a exercer a função de chefe de famílias, esse aumento está relacionado ao maior acesso da mulher no mercado de trabalho segundo pesquisadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No âmbito familiar quem ocupar função de chefe de família é o responsável pela maior parte dos gastos familiares, alem disso a mulher ainda que tenha emprego tem seus afazeres domésticos, elas fazem mais tarefas domésticas que os homens, com uma dupla jornada de trabalho. Um dado muito importante é que grandes empresas tem buscado o desenvolvimento das mulheres em suas organizações e isso tem trazido grandes resultados.
PERSONALIDADES FEMININAS QUE MARCARAM A HISTORIA
As mulheres atualmente têm conseguido um avanço no mercado de trabalho, mas ainda não o suficiente. A luta pela igualdade de gêneros, salários, cargos ainda continua e terá um grande caminho pelo frente para que assim elas alcancem os seus objetivos. Segundo a lista de CEOs (Chief Executive Officer) da Fortune (Revista Americana de Negócios) entre os 1000 executivos apenas 27 são mulheres. No Brasil o índice dessa desigualdade de gêneros é um grande problema e que não afeta somente o mercado de trabalho, mas também outras áreas da sociedade.
Vejamos abaixo a história de algumas mulheres bem sucedidas no mercado de trabalho, e que serve de inspiração para qualquer profissional independente do sexo:
Luzia Trajano (Magazine Luiza)
Luzia Helena Trajano começou a trabalhar aos 12 anos como balconista no negócio de sua família uma pequena loja chamada Magazine Luiza e que hoje é uma das maiores redes de varejo de eletrodomésticos do Brasil. Ela está na Presidência da Empresa desde 2008, Luzia sempre está presente na lista de Executivos mais poderosos do brasil.
Claudia Sender (TAM Linhas Aéreas)
Claudia Sender foi à primeira mulher a controlar uma Empresa Aérea Brasileira. Onde ela ocupa o cargo de Presidente da TAM desde Maio de 2013.
Sonia Hess de Souza (Dudalina)
Sonia Hess assumiu o comando da empresa de seus pais, a camisaria masculina Dudalina em 2003. Já em 2009 Sonia apostou no lançamento de uma linha feminina e conseguiu aumentar o faturamento da Dudalina em 30%.
Michelle Bachelet
É a atual presidente da república do Chile foi a primeira Presidente pro tempore da união de nações sul-americanas, e primeira encarregada de ONU Mulher, agencia das nações unidas para a igualdade de gêneros.
Dilma Rousseff
Nascida em uma família de classe média alta, ela se interessou por socialismo durante sua juventude após o Golpe Militar e ingressou
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