Trabalho Decente e Gestão de Pessoas
Por: Lidieisa • 15/4/2018 • 1.666 Palavras (7 Páginas) • 326 Visualizações
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Entretanto, para que haja o desenvolvimento estético, é necessário todo envolvimento do professor e também da escola no processo de ensino a arte. O fato de muitos professores conhecerem superficialmente as linguagens das artes e a ausência de formação continuada, fazem com que eles sintam-se despreparados, inseguros e sem capacidade para explicitar, discutir e praticar um planejamento mais consistente de educação e arte, por isso é muito importante que o professor de arte seja um pesquisador constante, tendo bases teóricas e que também possa apreciar obras. O apoio da escola é muito importante na disponibilização de matérias necessário ao desenvolvimento da criatividade dos envolvidos, e também, nos mais diversos tipos de apoio que o professor precisará para que o mesmo não se sinta fora do patamar da instituição.
Dentre expressões artísticas difundidas, as artes visuais, considerada uma importante forma de expressão e comunicação humana, ganha destaque no espaço escolar. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte, o encaminhamento-pedagógico tem por premissa básica a integração do fazer artístico, a apreciação da obra de arte e sua contextualização histórica.
As artes visuais diz respeito a tudo o que provoca uma experiência estética visual, é uma área bastante ampla e envolve desenhos, pinturas, colagem, modelagem, escultura, fotografia, etc. O objeto de estudo das artes visuais é a imagem propriamente dita. Sendo assim, a criança tem o mundo a sua volta para apreciar, refletir e produzir as artes.
Considerando a importância das artes visuais no contexto escolar vamos apreciar uma obra de uma das maiores artista do Brasil: Anita Malfatti. E conhecer sua história de vida.
VIDA E OBRAS DE ANITA MALFATTI
"Procurei todas as técnicas, mas voltei à simplicidade diretamente;
não sou mais moderna nem antiga, mas escrevo e pinto o que me encanta."
Anita Malfatti
Anita Malfatti (1889-1964) é considerada a primeira representante do modernismo no Brasil. Sua polêmica exposição em 1917 foi um marco para renovação das artes plásticas no Brasil. O escritor Monteiro Lobato, crítico de arte do jornal O Estado de São Paulo, publicou um artigo intitulado "Paranóia ou mistificação?", era uma crítica à mostra expressionista de Anita Malfatti, que serviu de estopim para o movimento modernista no Brasil. Algumas de suas obras tornaram-se clássicos da pintura moderna.
Anita Malfatti (1889-1964) nasceu em São Paulo, no dia 2 de dezembro. Filha de Samuel Malfatti, engenheiro italiano e de Betty Krug, de nacionalidade norte-americana. Anita nasceu com uma atrofia no braço direito e teve que aprender a usar a mão esquerda e para isso recebia os cuidados de uma governanta.
Aprendeu as primeiras letras no colégio São José. Em 1897 estudou no Colégio Mackenzie, onde formou-se professora. Aprendeu a pintar com a mãe, que dava aulas de pintura e línguas, para sustentar a família, depois da morte do pai. Com a ajuda do tio e do padrinho, foi estudar na Europa. Teve aula no ateliê de Fritz Burger e em seguida matriculou-se na Academia Real de Belas Artes em Berlim estudando pintura expressionista.
Em 1914, voltou ao Brasil e realizou uma exposição na Casa Mappim, sem grande destaque. Em 1915 a pintora partiu para Nova York, onde estudou na Art Students League e sob a orientação de Homer Boss, teve a liberdade de pintar livremente, sem limitações estéticas. Foi a fase em que pintou seus quadros mais brilhantes.
Anita Malfatti volta para São Paulo em 1917, e no dia 20 de dezembro realiza a polêmica exposição, com 53 obras, entre elas algumas que se tornaram clássicos da pintura moderna, como "A Estudante Russa", "O Homem Amarelo" e "A Mulher de Cabelo Verde". A arte de Anita foi criticada por Monteiro Lobato, que na época era crítico de arte, do jornal O Estado de São Paulo, com o artigo "Paranóia ou mistificação?". Enquanto Oswaldo de Andrade defendeu a pintora no Jornal do Comércio.
Depois de um ano longe da pintura, voltou a ter aulas de natureza-morta, época em que conhece Tarsila do Amaral e que foi só o começo de uma grande amizade. Em 1922, junto com seu amigo Mario de Andrade, participou da Semana de Arte Moderna. Ela fazia parte do Grupo dos Cinco, integrado por Malfatti, Mario de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia. Considerada como uma das maiores pintoras brasileiras, Anita não se recuperou das críticas.
Fora do Brasil, expôs individualmente em Berlim, Paris e Nova York. Há quadros de sua autoria nos principais museus brasileiros. O quadro "A Estudante" está no Museu de Arte de São Paulo; "A Boba" está no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e "Uma Rua" no Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro.[pic 13]
Anita Malfatti morreu em São Paulo, no dia 6 de novembro de 1964.
- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em suma, a arte é de extrema importância ao desenvolvimento humano. Apesar de por muito tempo ser visita como forma de descontração nas escolas, a arte retoma seu valor com LDB (lei nº 9.394/96), onde passar a ser oficialmente área de conhecimento como qualquer outra disciplina. Dentre as formas de fazer arte, a mais presente na escola é as artes visuais. As artes visuais são uma forma que a criança tem de expressar-se com sua visão de mundo e com isso desenvolver-se nas dimensões afetiva, motora e cognitiva, utilizando as diferentes linguagens artísticas que compõem as artes visuais, tendo a oportunidade de construir, criar, recriar e inventar, tornando-se um sujeito ativo e crítico na sociedade. Cada movimento, expressão ou recorte de papel constitui-se num direito que a criança tem de conhecer o mundo, expressar seus sentimentos sem a fala.
As obras da artista Anita Malfatti são obras bastante expressionistas, e ficaram conhecidas
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