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SERVIÇOS TURÍSTICOS: ESTUDO DAS COMPETÊNCIAS E DA REALIDADE DO LAZER

Por:   •  7/10/2017  •  2.225 Palavras (9 Páginas)  •  509 Visualizações

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As principais características do Turismo Rural referem-se a elementos, condições e aspectos que compõem a paisagem rural e configuram a ruralidade, seus principais atrativos e podem ser abordadas quanto a escala, localização, atividades agropecuárias, qualidade da paisagem oferecida, aspectos culturais, diversificação dos serviços oferecidos, benefícios, empoderamento das comunidades e quanto à sustentabilidade.

O consumidor de Turismo Rural busca a possibilidade de reaproximação com a natureza em relação às “coisas da terra”, mesmo que por um curto espaço de tempo. Está interessado em vivenciar e experimentar os valores da natureza e do modo de vida local caracterizado por elementos singulares da cultura, pela gastronomia típica, pela tradição e pelo modo como se dá a relação homem e natureza. Ou seja, do ponto de vista operacional, esses hóspedes não compram simplesmente uma hospedagem, ou Day-use, mas uma experiência diferente e autêntica.

De modo geral, os turistas desse segmento são moradores de grandes centros urbanos, possuem entre 25 e 50 anos e são casais com filhos. Além disso, a maioria tem formação superior e são de classe média para classe média alta. Usam automóvel próprio ou vans e deslocam-se, geralmente, em um raio de até 150km do núcleo emissor. São apreciadores da gastronomia típica regional, possuem elevado nível de respeito das questões ambientais e valorizam produtos autênticos e artesanais.

Essas características estão inter-relacionadas. Assim, o fato de serem moradores de grandes centros urbanos, casados e com filhos determina a distância de deslocamento e o tempo de permanência. Em geral, acostumados com o ritmo da cidade, logo se cansam da rotina do campo e, por permanecerem poucos dias, não estão dispostos a percorrer longas distâncias. Além disso, considera-se que o elevado nível de consciência ambiental desse público está intimamente ligado à escolaridade, que, por sua vez, relaciona-se à renda, que é reflexo da idade, pois a partir dessa faixa etária a chance de ter uma situação financeira estabilizada é maior.

METODOLOGIA

Para obtenção de tais informações contidas neste projeto, fizemos o uso da pesquisa qualitativa descritiva que, como o próprio nome sugere, tem a função de “descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade” (TRIVIÑOS, 1987, p. 100, grifo do autor).

Utilizamos de fontes primárias e secundárias para conclusão desta pesquisa. Primeiramente foi escolhido o estabelecimento, sem a existência de pré-requisitos muito restritos: escolhemos a fazenda Pontal das Águas como objeto de estudo, pois é destaque (um dos poucos) em Campo Grande, MS por ser legitimamente um turismo rural. Outra premissa norteadora foi a facilidade de acesso à proprietária da empresa, levando em consideração os vários prêmios e méritos a ela concedidos.

Antes mesmo de entrar em contato com a empresa, realizamos a pesquisa em fontes secundárias procurando por dados de funcionamento e satisfação do cliente em relação ao local determinado. Foram acessados sites medidores de opinião especializados no lazer de turismo rural, a fim de sermos eficientes na construção das questões a serem realizadas posteriormente.

As questões foram formuladas, porém, na entrevista, as deixamos apenas como direcionadoras. A senhora Margareth, proprietária entrevistada, foi bastante esclarecedora sobre as histórias de seu estabelecimento, trazendo a tona coisas mais importantes do que as que nós mesmas poderíamos conseguir com o nosso questionário, sendo esse trabalho resultante de entrevista e observação do funcionamento local.

PESQUISA

Falar sobre a fazenda Pontal das Águas é explorar o que há de autenticidade. História, que muitas vezes se confunde com o lado pessoal da dona, cria identidade e autenticidade no lugar.

A fazenda tem como personagem principal a dona Margareth: proprietária do empreendimento que insiste que as crianças a chamem de avó. Há 13 anos é reconhecida como o autentico turismo rural de Campo Grande, pelos seus atrativos naturais e por proporcionar uma vivência do campo.

A pedagoga, artesã e artista mora há 48 anos nesse lugar paradisíaco, herança de seu ex-marido e diz que tudo começou com a profissionalização. Dona Margareth conta que na época em que precisava levar e buscar os filhos da escola para a longínqua fazenda, resolveu fazer cursos de artesanato na cidade para passar o tempo e não ter que fazer várias viagens para tal atividade.

Conheceu várias pessoas e então surgiu a oportunidade de expor seus artesanatos à venda na feira da sociedade “Mulheres de negócios” – e foi sucesso. Como era de se esperar, sua falta de experiência com vendas a fez com que produzisse muitos produtos, o que gerou um pouco de “sobras” desse evento. Disposta a não perder o que já havia feito, resolveu fazer uma feira com suas amigas em sua própria residência, na fazenda – mais um sucesso, esgotando o estoque.

Já sido despertado o espírito empreendedor da nova mulher de negócios, decidiu que não iria parar e foi buscar conhecimento no SEBRAE. Em uma das palestras que participou, a ex apresentadora Marisa (do programa Atualidades) viu seu trabalho, se interessou e sugeriu que um dia o programa fosse feito na fazenda, mostrando seu trabalho e o ambiente: desafio muito bem aceito, sendo o estopim para o crescimento e divulgação do espaço e dos produtos. O sucesso foi tanto que dona Margareth participou até de uma feira nacional em Brasília.

Vendo o conhecimento sobre o local sendo tão difundido, a empresária resolveu fazer faculdade de turismo em uma universidade conhecida da cidade: “Foi então que nasceu a fazenda Pontal das Águas como ponto de lazer turístico”. Festas mais familiares, confraternizações e até mesmo feiras da universidade fizeram o local ser ainda mais conhecido por todos, dando início as atividades profissionalmente.

O empreendimento tem caráter familiar e pratica genuinamente o turismo rural, onde a dona e todos os funcionários fixos moram no local.

A dona garante que a fazenda é autossustentável e que tudo o que é consumido é produzido por eles mesmos. Para gerenciar o negócio, Margareth conta com dois consultores (um administrador e um economista) e, principalmente, com ajuda do SEBRAE.

A estratégia adotada é o encantamento. O atendimento ao cliente é feito sempre buscando a perfeição, para o mesmo se sentir na “casa da avó”, como a proprietária diz. Ela conta

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