Reciclagem do Oleo
Por: Carolina234 • 15/4/2018 • 2.283 Palavras (10 Páginas) • 271 Visualizações
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outro é um diferencial para quem quer gerir equipes de sucesso. O diálogo é fundamental, porém, sem ter dó de dizer a verdade. Todos precisam de clareza sobre o trabalho exercido para melhorarem o rendimento e, muitas vezes, de uma oportunidade através de uma percepção do gestor.
Os atletas, a partir de uma reunião convocada por um deles (Blue), puderam discutir como a comunidade, após o início dos jogos do campeonato, estava prejudicando as relações entre os integrantes da equipe em função do preconceito existente nas famílias dos jogadores. A partir desse encontro, foi de consenso geral que eles teriam de jogar com garra e informaram seus treinadores de um novo ritual de entrada nos jogos. Como uma forma de mostrar a identidade do grupo (não mais de forma padronizada em relação aos demais times, mas com uma coreografia própria), todos entram em campo dançando e cantando “Todo lugar que vamos, as pessoas querem saber quem somos e nós dizemos: Somos os Titãs, os poderosos Titãs”.
Gerry e Julius tem um papel muito importante na liderança e na formação da equipe, administrando vários conflitos intra grupais, tentando assim influenciar sua equipe a não só aceitar o novo técnico mais sim a criar uma nova equipe. Observa-se que nessa equipe, a ligação entre os membros foi mais importante para atingir o resultado esperado do que o desempenho individual de cada jogador. Além de enfrente a resistência da equipe também existia a resistência exteriores vividas como comunidade, amigos e familiares servindo como um reforço para que os integrantes demarcarem melhor as diferenças entre a sua equipe e as demais equipes, fortalecendo a identidade grupal.
O indivíduo pode possuir várias competências que o habilite a realizar determinada tarefa, porém o que determinar a motivação é o grau de envolvimento de cada um e, muitas vezes, a qualidade da tarefa a ser cumprida, tornando um passo decisivo no processo de liderança.
Boone utilizava uma estratégia de pressão externa com o grupo, pois, conforme a situação se houver interação os sentimentos seriam mais positivos tendo assim o comportamento-padrão desejado. Podemos citar como exemplo a sena em que um jogador pede água para ele, e ele diz que água é para os fracos. Levando para uma visão estratégica o que ele queria era fazer com que eles se tornassem fortes, não reclamassem de sede, mas que todos jogassem com toda força e motivação intrínseca.
Toda esta pressão imposta pelo treinador diante dos jogadores durante o filme inteiro, podemos considera que está relacionada ao comportamento de instrução e treino, onde o comportamento do treinador deve estar voltado para a melhoria do desempenho dos atletas com destaque no treinamento duro e exigente. Tendo que instruir os jogadores nas práticas, técnicas e estratégia da modalidade, explicando a importância do relacionamento entre os membros da equipe, estruturando e coordenando suas atividades. Fazendo com que, os jogadores percebessem que são capazes de ganhar.
Suas habilidades de promover um trabalho em equipe, de gerir conflitos, determinação, foco nos resultados, espírito de liderança, dedicação, respeito e perfeccionismo, foi com essas habilidades que Herman Boone conquistou a confiança de todos da equipe. E foi com essa forma de liderar que conseguiu fazer com que a equipe conquistar –se o torneio e vencer o preconceito.
Devido às exigências do técnico de que todos treinassem até realizar uma jogada com perfeição, o grupo, ainda sem uma maior integração e de um bom relacionamento, passou a realizar um movimento rumo à aproximação. Logo no início, o capitão Gerry que, cansado de repetir jogadas e ver o time pouco empenhado, começou a cobrar dos atletas mais dedicação. No entanto, diante dessa cobrança, é anunciada a cisão da equipe através de uma discussão entre Gerry e o líder da equipe negra, Julius, explicitando-se a falta de coesão e, ao mesmo tempo, a necessidade de se unirem caso queiram atingir o objetivo em comum.
A questão da marcação de uma identidade é fundamental ao passo que revela o estabelecimento da coesão. O time estando coeso favorece os processos de comunicação e de integração, permitindo que as funções e os papéis de cada membro estejam mais definidos, dando a possibilidade de emergir outras lideranças que podem favorecer a evolução da equipe bem como a manutenção de sua coesão.
Pichón (2005), afirma que a circulação de papéis é importante para o bom funcionamento do grupo, pois quando aqueles se cristalizam, este tende a estagnar enquanto que o objetivo principal é a mudança.
As lideranças informais aparecem no grupo quando se torna possível a participação ativa de todos, valorizando as características de cada membro. Apesar das lideranças oficiais que existem em um time de futebol americano, como é o caso dos técnicos e do capitão do time, mais essencial foi a coexistência desses perfis que, mesmo diante de tanta heterogeneidade, permitiu a emergência de lideranças informais. Este foi o caso de Gerry e Julius que, por terem sido líderes de diferentes grupos - o que dificultava a coesão do grupo, puderam romper esta rivalidade e se tornaram amigos; de Ray, que pediu ao técnico para colocar Petey em sua posição por saber que este poderia contribuir mais com uma jogada específica, no último jogo do campeonato; de Raio-de-sol, que ao entrar em campo após a saída de Ver, quando este fraturou o pulso, pôde motivar a equipe; e de Blue, quando chamou seus companheiros para uma reunião no ginásio após o retorno deles da concentração, com o intuito de discutir estratégias para resolver os conflitos gerados pelo preconceito das raças.
De maneira mais completa, vemos, a partir das considerações de Carron e Hausenblas (1998 citado por Giesenow, 2007) que há uma modificação enorme em toda a dinâmica da equipe quando está desenvolve a capacidade de se diferenciar das outras. Esses movimentos descritos acima falam de um sentimento grupal de pertencer à equipe dos Titãs, o qual supera inclusive os rechaços do mundo externo ao qual estavam inseridos enquanto indivíduos, valorizando mais os pontos compartilhados do que os individuais, fator este que fala essencialmente da aquisição da coesão grupal deste time. Nesta evolução do grupo, o próprio líder, aqui apontado como o técnico Boone, vê-se obrigado a modificar sua forma de atuação perante o mesmo. Para uma equipe coesa e com uma identidade formada ele não mais seria um líder autoritário, o único exemplo a ser seguido. Havia, sim, ensinado valores e estratégias de jogo, mas não tinha mais controle sobre o que seria feito disso por aqueles membros. Agora seus atletas haviam formado um grupo cooperativo e participativo,
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