REDES SOCIAIS VIRTUAIS APLICADAS NA SEGURANÇA
Por: Victor Gallo • 4/9/2018 • Artigo • 5.508 Palavras (23 Páginas) • 305 Visualizações
INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
FACULDADE CRISTO REI DE CORNÉLIO PROCÓPIO - FACCREI
VICTOR MARTINS ALVES GALLO
REDES SOCIAIS VIRTUAIS APLICADAS NA SEGURANÇA: cobertura estratégica em escolas particulares
BELO HORIZONTE
2017
INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
FACULDADE CRISTO REI DE CORNÉLIO PROCÓPIO - FACCREI
VICTOR MARTINS ALVES GALLO
REDES SOCIAIS VIRTUAIS APLICADAS NA SEGURANÇA: cobertura estratégica em escolas particulares
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Instituto IBE e Faculdade Cristo Rei de Cornélio Procópio – FACCREI. como requisito parcial para obtenção de grau no curso de especialização lato sensu em Inteligência e Segurança Estratégica.
BELO HORIZONTE
20117
REDES SOCIAIS VIRTUAIS APLICADAS NA SEGURANÇA: cobertura estratégica em escolas particulares
Victor Martins Alves Gallo[1]
RESUMO
Trata da utilização das redes sociais virtuais como ferramenta complementar na segurança em instituições de ensino particular. Faz breve revisão de conceitos contemporâneos relativos ao tema. Procura estabelecer de forma ampla o estado da arte atual no âmbito da segurança de bens e pessoas apresentado por escolas particulares renomadas no Estado do Rio de Janeiro. Propõe um projeto pratico à ser aplicado como amostragem micro em futuras pesquisas utilizando rede social voltada para dispositivos móveis, estabelecendo critérios para um uso sinérgico e relativamente sem custos da ferramenta proposta. Busca de forma clara analisar o que há divulgado de mais recente acerca do tema. Conclui alertando para uma maior atenção e estudo das novas tecnologias frente ao uso estratégico em segurança por parte gestores e acadêmicos.
Palavras-chave: Redes Social Virtual. Segurança Estratégica. Escola Particular.
Introdução
O surgimento das Redes Sociais Virtuais (RSV) na década de 1990[?] e sua popularização nos anos 2000 tornou as pessoas mais conectadas informacionalmente trazendo com isso uma série possibilidades no âmbito da Inteligência. Uma dessas novas possibilidades é melhorar esquemas de segurança com o uso de ferramentas comuns a população geral e quase sempre gratuitas. Programas de troca de mensagens já hoje de uso comum por muitos podem ser usados por determinado grupo para gerar alertas risco em uma área específica por exemplo.
As grandes escolas particulares possuem diversas características em comum, desde os horários de funcionamento, passando por sistema de ensino até a faixa econômico social de seus clientes entre outras. Entre as questões de segurança envolvidas neste setor está a relativa à entrada e saída dos alunos. No Rio de Janeiro são recorrentes os crimes cometidos contra alunos de escolas nesses horário, a maior parte são assaltos mas também há casos de furto, estrupo e até mesmo violência gratuita por parte de alunos da rede pública etc.
O presente trabalho visa avaliar o ambiente em que se encontram certas vulnerabilidades frente ao que se tem publicado sobre o tema, analisar as ferramentas de comunicação em RSVs móveis mais utilizadas no Brasil e propor como pode ser aplicada dinâmica e especificamente pelas escolas particulares no cenário estudado.
“Os softwares sociais são programas que funcionam como mediadores sociais e que favorecem a criação de redes de relacionamentos através de espaços onde o usuário pode juntar pessoas do seu círculo de relacionamentos.” (MACHADO e TIJIBOY, 2005, p. [3]). Nesse sentido o uso de uma ferramenta de RSV móvel objetivando a segurança em ambiente específico é algo pertinente e cabível, realizar isto em um primeiro momento sem custos extras para instituições talvez represente algum desafio.
Ambiente e problemática
Em matéria publicada pelo jornal O Dia temos o relato “[...]quatro alunos tiveram os aparelhos celulares roubados por uma dupla de bandidos armados que circulavam pelo local. Eram 7h20 desta segunda-feira” (O Dia, 2016), sendo a manchete “Estudantes são assaltados na porta de escola em São João de Meriti” (O Dia 2016).
Problema não é novo e tem aumentado significativamente nos últimos anos em todo estado. Mas por que não há índice estatístico específico para isso? Talvez o principal motivo seja o acobertamento por parte das escolas. A divulgação de qualquer número relativo à violência no entorno de escolas particulares inevitavelmente leva a baixa nas matriculas e rematrículas. "Eu tenho medo, eu já vi várias pessoas sendo assaltadas, indo para o curso de inglês, indo para casa, toda hora eu vejo", disse um estudante de 14 anos.” (G1, 2015)
Além de assaltos há episódios de violência gratuita por parte de alunos de escolas públicas. O abismo social existente entre alunos de escolas particulares e alunos da rede pública leva a esses casos comuns principalmente na zona norte do munícipio do Rio de janeiro. Estudantes das escolas públicas andando em grupos mais numerosos que os de instituições particulares frequentemente fazem provocações em pontos de ônibus, praças e ruas o que leva aos conflitos. Também é comum que essas cenas evoluam para roubo. Como podemos perceber na matéria:
O adolescente, de 17 anos, foi espancado, no último dia 25, quando voltava para casa, e afirmou à polícia que o agressor vestia uniforme da rede municipal de ensino. Outros quatro jovens, que ajudaram a cercar a vítima, estariam também com camisetas de escolas públicas. Após o caso, registrado na 19ª DP, vir à tona, outros estudantes do colégio particular passaram a relatar provocações e até tentativas de assalto diárias, feitas por jovens da rede pública da área. (O Globo, 2016)
Em matéria publicada pelo G1(2015) não apenas estudantes mais também o entorno, no caso um condomínio residencial, sofre com a violência nos horários de saída das escolas. Sendo no bairro da Barra da Tijuca, os moradores relatam que sofrem com a série de assaltos que ocorrem no horário de saída das escolas.
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