Prestadores de serviço - o mercado e conceitos morais
Por: YdecRupolo • 20/3/2018 • 882 Palavras (4 Páginas) • 349 Visualizações
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Tal caso foi parar no Tribunal de Justiça de Nova Jersey, onde o juiz declarou que a guarda da criança deveria ficar com o casal Stern, uma vez que foi assinado um contrato com o total consentimento da mãe de aluguel Mary. Porém o juiz não levou em conta o fato de Mary tomar uma decisão sem antes conhecer as forças dos laços entre mãe e filho. Nesse caso, o que seria mais justo? Quem deveria ficar com a guarda do bebê?
No caso apresentado uma das perspectivas de analise consideram que houve uma venda de bebês, pois a baby M é fruto do sêmen do Sr. Stern com o óvulo + útero de Mary. Então se Mary aceitasse entregar a criança, que em suma, é geneticamente sua filha ela estaria vendendo o seu bebê.
Hoje, a questão sobre terceirização da gravidez se torna ainda mais complexa, uma vez que existem as fertilizações in vitro, onde um óvulo já fecundado é inseminado na mulher disposta a ser barriga de aluguel. Dessa forma, geneticamente, o bebê não pertenceria à barriga de aluguel.
Retomando a ideia de livre mercado, hoje é comum em países emergentes mulheres que escolhem como fonte de renda serem barrigas de aluguel para casais ricos de países europeus e dos Estados Unidos, pois o que elas ganham para carregar um bebê em seu ventre por nove meses é muito mais do que ganhariam em qualquer outro trabalho por um ano.
Novamente a ideia de que os pobres servem os ricos se faz presente e se assemelha a uma escravidão, pois a falta de oportunidades que é concedida aos pobres, os impede de adquirirem um trabalho digno, com bons salários e que permitam, por conseguinte, uma vida confortável. Por tudo isso vê-se que não existem opções muito agradáveis às classes menos abastadas e é assim que alternativas que põem em risco à vida como o alistamento militar e pôr à venda a capacidade reprodutiva passam a ser escolhas aceitáveis. Lamentável, mas verídico!
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