Política Cambial – análise do balanço de pagamentos, do regime cambial e do movimento da taxa de câmbio
Por: Salezio.Francisco • 17/10/2018 • 1.405 Palavras (6 Páginas) • 342 Visualizações
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Awazu voltou a repetir o mantra atual do BC de que o objetivo é fazer com que a inflação volte para o centro da meta, de 4,5 por cento pelo IPCA, no final de 2016 e que, para isso, é necessária a manutenção do atual patamar da taxa básica de juros --de 14,25 por cento ao ano-- por período suficientemente prolongado. Mas que o BC permanecerá vigilante.
O diretor também sinalizou que, caso ocorra algo fora dessa programação, o BC vai agir. "Alterações significativas no processo de convergência da inflação serão endereçadas com determinação pela política monetária", afirmou ele, ao apresentar o Boletim Regional do BC.Awazu disse ainda que o cenário de convergência da inflação para 4,5 por cento no final de 2016 tem se fortalecido, e que a estratégia está na direção correta. "A estratégia de política monetária exige muita calma e sangue frio dado o cenário externo e doméstico", acrescentou.
No final de julho, o BC elevou a Selic em 0,5 ponto percentual --a 14,25 por cento ao ano, maior nível em nove anos-- e sinalizou que estaria interrompendo esse ciclo monetário, que começou em outubro passado e gerou alta acumulada de 3,25 pontos percentuais no juro básico.
Isso mesmo com a inflação ainda em níveis elevados, mas em meio ao cenário de recessão econômica. O IPCA-15, prévia da inflação oficial brasileira, desacelerou em agosto, mas em 12 meses ampliou a força e foi acima de 9,5 por cento, maior patamar em quase 12 anos.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse há uma semana que a inflação acumulada em 12 meses atingirá o pico neste trimestre e permanecerá elevada até o fim do ano, "para depois iniciar trajetória de queda".
O diretor do BC avaliou que as expectativas de inflação no médio e longo prazos estão bem ancoradas, mas que as de 2016 tiveram uma ligeira alta. "Temos de ver se isso é temporário", afirmou ele.
As apostas no mercado de juros futuros são de que a Selic será mantida em setembro,
Sobre o cenário externo, o diretor afirmou que o Brasil deve se preparar para novo ambiente de moderação ou estabilização dos preços das commodities, e que os novos eventos na China --com queda nos preços das ações e desvalorização do iuan-- adicionaram volatilidade aos mercados financeiros internacionais. Para ele, a esperada alta nas taxas de juros nos Estados Unidos também pode geram alguma volatilidade nos mercados.
Política cambial
A disparada do dólar observada desde que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sinalizou a possibilidade de encerrar o programa de swaps no fim deste ano se sustentou nesta semana, ainda que a cotação tenha sido influenciada também por outras variáveis internas e externas. O programa, que funciona como operações similares à venda de dólares diária, serve para dar proteção aos agentes econômicos e teve início em agosto do ano passado.
Mesmo que algum novo repique possa ser verificado com uma oficialização do fim da "ração diária", o fato é que a moeda saiu da casa dos R$ 2,50 e agora gravita próxima de R$ 2,60. Ao mesmo tempo, o anúncio dos principais nomes da equipe econômica de Dilma Rousseff no fim de novembro acalmou o mercado em um primeiro momento, mas está longe de ter eliminado a pressão.
Passada uma semana da indicação de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda e da permanência de Tombini no BC, as dúvidas dos investidores sobre a política cambial para 2015 mantêm a oscilação - leia-se "nervosismo" - em alta nos negócios com dólar.
"O mercado de dólar está muito volátil. Você olha o gráfico todo dia e o porcentual entre a mínima e a máxima da moeda é sempre maior do que 1%", destacou o gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de Gracia Corrêa. "Há muitas dúvidas sobre o que será feito na área fiscal, sobre a questão da Lei de Diretrizes Orçamentárias e sobre o futuro do programa de swaps."
No caso do câmbio, uma parte da tensão está ligada ao programa de swaps. Quando Tombini afirmou, ao lado da nova equipe econômica, que o "estoque de derivativos cambiais ofertados pelo BC até o presente momento já atende de forma significativa à demanda por proteção cambial na economia", a moeda disparou. A fala foi a senha para que investidores comprassem dólares no mercado futuro, em meio à leitura de que em 2015 o BC pode não continuar com os leilões diários.
Considerações finais e recomendações
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Anexos
[Insira os anexos referenciados no relatório.]
Referências bibliográficas
http://epocanegocios.globo.com/Economia/noticia/2015/12/pastore-diz-que-brasil-vive-crise-politica-e-economica.html
http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2015/08/importancia-de-uma-politica-monetaria.html
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