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Pesquisar sobre a estrutura do hinduísmo, destacando suas crenças, ritos, divisões, abrangência e, e se for o caso a influência exercida por ela na ordem social na qual está associada.

Por:   •  27/11/2017  •  2.053 Palavras (9 Páginas)  •  523 Visualizações

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- Devas e avatares

As escrituras hindus se referem a entidades celestiais chamadas devas "deuses" ou "seres celestiais". Os devas foram retratados na arte, arquitetura, e através de ícones, e histórias mitológicas sobre eles foram relatadas nas escrituras da religião, particularmente na poesia épica indiana e nos Puranas. Frequentemente são, no entanto, dissociados de Ishvara, um deus pessoal supremo que muitos hindus veneram de uma forma particular, como seu iṣṭa devatā, ou "ideal escolhido". A escolha é uma questão de preferência individual e tradições regionais e familiares. Os épicos hindus e os Puranas relatam diversos episódios da descida de Deus à Terra em sua forma corpórea, esta encarnação é chamada de avatar. Os avatares mais venerados são os de Vishnu, e incluem Rama e Krishna .

- Karma e samsara

Karma pode ser traduzido literalmente como "ação", "obra" ou "feito" e pode ser descrito como a "lei moral de causa e efeito”. O linga sharira, um corpo mais sutil que o físico, porém menos sutil que a alma, armazena as impressões, e lhes carrega à vida seguinte, estabelecendo uma trajetória única para o indivíduo. O conceito de um carma infalível, neutro e universal, relaciona-se intrinsecamente à reencarnação, assim como à personalidade, característica e família de cada um. O carma une os conceitos de livre-arbítrio e destino.O ciclo de ação, reação, nascimento, morte e renascimento é um contínuo, chamado de samsara. Acredita-se que depois de diversas reencarnações um atman eventualmente procura a união com o espírito cósmico (Brâman/Paramatman), como o alcance de uma paz mental perfeita; e como o desprendimento dos desejos mundanos. Tal realização libera o indivíduo da samsara e termina com o ciclo de renascimentos.

- Objetivos da vida humana

O pensamento hindu clássico aceita quatro objetivos da vida: dharma "retidão", "ethikos", artha "sustento", "riqueza", kāma "prazer sensual", mokṣa "liberação", "liberdade" do samsara". No hinduísmo, acredita-se que todos os homens seguem o kama e o artha, mas brevemente, com maturidade, eles aprendem a controlar estes desejos com o dharma, ou a harmonia moral presente em toda a natureza. O objetivo maior seria o infinito, cujo resultado é a absoluta felicidade, moksha, ou liberação (também conhecida como mukti, samadhi, nirvana, etc.) do samsara, o ciclo da vida, morte, e da existência dual.

- Ioga

Qualquer que seja a maneira na qual o hindu defina a meta de sua vida, existem diversos métodos (yôgas) que os sábios ensinaram para se atingir aquela meta. Textos dedicados ao ioga incluem o Bagavadgitá (Bhagavad Gita), os Yôga Sutras, o Hatha Yoga Pradipika, a Gheranda Samhita, entre outros, e, como sua base filosófico-histórica, os Upanixades. Os caminhos que um indivíduo pode seguir para atingir a meta espiritual da vida (moksha ou samadhi) incluem: Bhakti Yoga (o caminho do amor e da devoção); Karma Yoga (o caminho da ação correta); Raja Yoga (o caminho da meditação); Jnana Yoga (o caminho da sabedoria); Raja Yoga (o caminho da união real).

Um indivíduo pode preferir um ou alguns iogas sobre os outros, de acordo com a sua inclinação e entendimento. Algumas escolas devocionais ensinam que o bhakti é, para a maior parte das pessoas, a único caminho prático para se alcançar a perfeição espiritual, com base em sua crença de que o mundo atualmente estaria no Kali Yuga (uma das quatro épocas que formam o ciclo Yuga). A prática de um yoga não exclui as outras, e muitos estudiosos acreditam que os diferentes yogas se misturam naturalmente e auxiliam na prática das outros yogas. Por exemplo, acredita-se que a prática da Jñana Yoga inevitavelmente leve ao amor puro (a meta do bacti-ioga), e vice-versa. Alguém que pratica a meditação profunda (como no raja-ioga) deve incorporar os princípios centrais do karma-ioga, do jnana-ioga e do bacti-ioga, seja direta ou indiretamente.

- Ritos

Os ritos domésticos são geralmente para os chefes de família da casta brâmane, que usam também outras prescrições a respeito das roupas, da alimentação, da profissão, etc.

Samdhya: Se cumpre no momento da conjunção entre luz e trevas. É feita uma série de operações e de invocações, com muitas abluções, imposição das mãos sobre várias partes do corpo, ofertas, veneração ao sol, exercícios respiratórios, recitação de fórmulas. Mahayajna: (grandes sacrifícios) são diários, mas celebrados, quase sempre, de maneira reduzida. Consiste na oferta a todos os deuses e almas dos defuntos, na recitação de estrofes dos Vedas e na hospitalidade aos andarilhos, especialmente os ascetas.

A oferta de alimento aos cinco dos protetores é feita todos os dias. Esses são representados por cinco pedras coloridas:A cor preta para Vishnu, branca para Shiva, vermelha para Ganesh, o filho de Shiva com a cabeça de elefante, o cristal para Surya, a pirita para a deusa Parvate.

Há também doze sacramentos principais, chamados de samskara mesmo que esse número não deva ser considerado fixo. Um desses, feito quatro dias depois do casamento que é a consagração da concepção. Três meses após, existe um procedimento caso se queira que o filho seja do sexo masculino. Sefor a primeira concepção, uma linha entre os cabelos da mulher grávida. Existe também o rito do nascimento, quando se faz o recém-nascido engolir uma bolinha de mel e manteiga. Dez dias depois que se impõe o nome. Aos quatro meses, há o rito da "primeira saída" e aos sete, do primeiro alimento sólido deglutido. Na infância, há ainda "o corte dos cabelos” aos três anos, a "tonsura" aos quatro anos e a perfuração da orelha. Chega-se assim ao importante rito da "iniciação" com a imposição do cordão sagrado.

A iniciação deveria ocorrer aos oito anos para os brâmanes, aos onze para os kshatriya e aos doze para os vaishya. O matrimônio é composto de um conjunto de cerimônias muito complexas que mudam segundo as tradições locais e os grupos de casta. Naturalmente, tudo obedece a precisas prescrições religiosas e astrológicas. Aos mortos, há um rito suplementar na cerimônia fúnebre que é o shraddha (nascido pela fé), transforma-se o defunto em um "espírito protetor". Para tanto, oferem-se, por exemplo, O shraddha acontece entre dez a trinta e um dias após a morte.

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