PROPOSTA DE INDICADORES DE DESEMPENHO PARA O SETOR DE MANUTENÇÃO EM INDÚSTRIA METALÚRGICA

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Grandes mercados antes fechados para a organização privada se abriram com a privatização de setores como energia, telecomunicações, siderurgia, mineração e serviços públicos. A abertura de novos mercados para a ação da organização associada ao desenvolvimento tecnológico desencadeou um acirramento da competição, foi evidenciada uma crescente necessidade de disposição operacional dos elementos responsáveis pela produção em escala de bens de consumo, como máquinas e equipamentos diversos. Em contra partida, se iniciou um ciclo de fortes reduções nos custos indiretos da indústria de um modo geral, como melhoria na gestão de mão-de-obra, redução no consumo de energia e principalmente paradas imprevistas ou não programadas que pudessem afetar o desempenho produtivo dentro de um determinado período esperado pelo proprietário do negócio.

Diante deste cenário o departamento de manutenção deixou de ser, nas últimas décadas, uma simples atividade de reparo em máquinas e equipamentos, para se tornar um meio essencial ao alcance dos objetivos e metas da organização. Coloca-se, estrategicamente, como parte fundamental do processo produtivo em um ambiente onde, cada vez mais, se utilizam equipamentos de última geração, com os mais modernos sistemas mecânicos e eletro-eletrônicos, de maior grau de complexidade, alto custo e exigências elevadas quanto ao nível do profissional de manutenção.

A eficácia nas ações do departamento de manutenção nas empresas para acompanhar a acentuada mutação que ocorre constantemente nos mercados em escala sem precedente se baseia em medições dos indicadores de desempenho, que despontam como um dos instrumentos capazes de auxiliar na definição do planejamento estratégico da empresa e na conseqüente determinação das estratégias de investimentos em máquinas e equipamentos, novos ou usados.

Os indicadores permitem verificar a propriedade com que as decisões foram tomadas e, eventualmente, corrigir e readequar o processo vigente de gestão orientando o empresário à obtenção de resultados satisfatório de produtividade.

- A Gestão Organizacional na Manutenção

- Planejamento e Organização

A estrutura da organização do departamento de manutenção deve obedecer ao mesmo critério estabelecido para a organização como um todo, adaptada à personalidade da indústria para que não resulte em uma função burocrática e artificial, assim como suas linhas de responsabilidade e autoridade devem estar bem definidas.

Ao ser implantada uma organização e administração de um departamento de manutenção, esta deve ser estruturada de forma a preencher os requisitos de cada indústria individualmente com relação à técnica, tipos de fabricação, posição geográfica da fábrica e pessoal envolvido.

É necessário executar a elaboração de estratégias pré-determinadas seguindo políticas internas e orientativas dentro de um processo decisório da empresa e planejamentos realizados através de documentos escritos de maneira formal e homogênea, sendo identificados máquinas ou equipamentos que necessitem de disposição produtiva (paradas programadas).

O planejamento da manutenção poderá ser anual ou bienal, e sempre que possível, programar detalhamentos semanais, mensais, bimestrais, trimestrais e/ou semestrais para cada setor ou célula de produção, onde, este deverá estar em sincronismo com o planejamento estratégico da organização para garantir a sinergia entre as áreas e o mínimo de indisponibilidade de máquina possível, com o intuito de garantir melhores resultados e o máximo de satisfação dos clientes internos, com reduções nos custos, sem perda da qualidade.

- Direção e Controle

A Missão da Manutenção dentro de uma organização é a de “fornecer técnicas de conservar equipamentos e componentes em serviço durante o maior prazo possível e com o máximo rendimento”. Seu direcionamento dentro de um perfil corporativo está em gerar condições operacionais para que equipamentos, instalações e serviços funcionem adequadamente, visando atingir objetivos e metas da empresa.

Para que a Manutenção possa atingir a Produtividade Total de maneira eficaz e reduzir o número de intervenções, as ações devem ser direcionadas de forma à atuarem preventivamente, de modo a atender a disponibilidade e confiabilidade operacional dos equipamentos.

Neste processo será de extrema importância que o Gestor deste departamento considere os itens abaixo:

- Controle de custo por manutenção em equipamento;

- Estrutura de análise de ocorrências e anormalidades nos equipamentos;

- Indicadores de desempenho;

- Padronização nos processos da execução de atividades;

- Análise no índice de obsolescência de equipamentos;

- Históricos atualizados dos equipamentos;

- Treinamento específico para o pessoal;

- Planejamento estratégico e Fatores Críticos de Sucesso

- Planejamento Estratégico da Manutenção

O responsável direto pela gestão do planejamento estratégico, tático e operacional da manutenção é o Gerente de Manutenção, no qual, determina o execução das atividades de maneira sistêmica à longo prazo avaliando as ferramentas e recursos disponíveis para conseguir atingir suas metas.

É essencial que toda programação de manutenção contenha ao menos algumas informações básicas, como: a periodicidade, a época de realização (em dias, semanas, horas de funcionamento, quilômetros rodados etc.), os centro de custos, a instrução de manutenção, as recomendações de segurança, o registro de medições e os recursos de mão-de-obra (associados às respectivas quantidades), máquinas e ferramentas especiais, e material previsto para o serviço

O Gestor responsável por este departamento deve estabelecer sistemáticas de atividades planejadas, onde inicialmente é necessário ser feito o desenvolvimento de Instruções de Manutenção, visando orientar os técnicos executantes nessas atividades, bem como evitar que alguma tarefa seja omitida por desconhecimento ou esquecimento.

- Fatores Críticos de Sucesso e Indicadores de Desempenhos

Uma vez estabelecido