PORTIFÓLIO INTERDISCIPLINAR
Por: Hugo.bassi • 25/4/2018 • 2.493 Palavras (10 Páginas) • 249 Visualizações
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Henry Ford, nascido na cidade Americana de Springwells em 30 de Julho de 1863, fundador da Ford Motor Company em 1903, inovou e popularizou o automóvel que era um artigo extremamente raro e luxuoso e que somente a população rica podia ter, desenvolvendo um sistema de produção, onde pagava a seus empregados duas vezes o que a concorrência pagava, reduzia a jornada de trabalho que variava entre dez e doze horas, para oito horas por dia e ainda vendia seus produtos mais barato.
O sistema desenvolvido por Ford revolucionou a indústria, sendo conhecido como: linha de montagem em serie ou produção em massa, que o permitiu colocar no mercado carros de qualidade com custos reduzidos. Embora já existisse a ideia de fabricação em serie com linha de produção, foi Henry Ford que o desenvolveu com grande êxito e o aplicou pela primeira vez. A grande quantidade de peças padronizadas e trabalhadores especializados foi o diferencial desse sistema desenvolvido por Ford.
Na fabrica fordista, não são os operários que tem que ir atrás do trabalho, é o trabalho que vem até eles.
Os funcionários praticamente não precisavam se mexer, as peças e componentes iam andando sobre esteiras e os funcionários ficavam parados trabalhando em pequenas funções bem especificas.
Segundo a teoria do Fordismo, fazendo trabalhos pequenos e bem específicos os funcionários produziriam mais já que ficariam extremamente treinados em sua função e não precisariam se preocupar com mais nada. (Mirian Mota).
- FUNDAMENTOS E TEORIA ORGANIZACIONAL
- Os três princípios de Ford; sua aplicação na modernidade
O modelo administrativo desenvolvido por Ford foi embasado em três princípios:
- Principio de economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria – prima em transformação;
- Principio de intensificação: consiste em diminuir o tempo desde a fabricação a colocação do produto no mercado;
- Principio da produtividade: consiste em aumentar a capacidade de produção (produtividade) de um homem no mesmo período por meio da especialização e da linha de montagem.
Esses princípios de administração foram empregados por Henry Ford em sua fabrica com grande êxito, proporcionando a ele, o feito de produzir mais de 20 milhões de carros até 1930, acumular umas das maiores fortunas do inicio do século XX e contribuir para que o automóvel se tornasse um dos maiores símbolos do mundo Ocidental.
O sistema administrativo criado por Ford, rapidamente se espalhou por outras organizações e outros países, onde a própria General Motors e a Volkswagen, empresas concorrentes de Ford, utilizaram os conceitos Fordista para obterem melhores resultados. Embora o Fordismo em sua forma original não seja empregado nas organizações atuais, ele ainda é base de grande parte de teorias de administração das empresas modernas.
O sistema de organização criado por Henry Ford tornou-se universal. Não há empresa industrial que, em algum ponto do processo produtivo, não utilize alguma variante do sistema de montagem móvel por ele criado. Muitos conceitos novos surgiram depois dele. No entanto, os princípios que Ford utilizou e aperfeiçoou são perenes. (MAXIMIANO, 2000, p. 59).
- O fordismo no trabalho informal
As características do Fordismo tornaram-se muito importante em processos de produção em todos os seguimentos industriais como nos mostrou Maximiano. Também é possível observar essas características fora da indústria, mais especificamente em atividades de serviço informal, que é constituído de trabalhadores que: na maioria das vezes, por falta de oportunidade, ou em muitos casos, por opção, não tem suas carteiras de trabalho assinadas por uma empresa.
Observei uma atividade informal onde características do fordismo foram detectadas, pois a busca por agilidade na forma de desenvolver o trabalho, a especialização da mão de obra, através de movimentos precisos realizados pelo trabalhador, como no fordismo, é algo almejado todo momento para se obter a eficiência.
Esta atividade que observei trata-se do trabalho desenvolvido por pedreiro, ainda que seja uma profissão regularizada na construção civil, em sua grande maioria, em Araguaína / TO onde foi essa pesquisa, é desenvolvida informalmente por pessoas que não tiveram uma capacitação técnica (curso técnico), aprenderam na prática a profissão, e também por aqueles que optaram por atuar na informalidade, por acreditarem que formalmente são menos reconhecidos financeiramente.
Na construção de uma parede, uma das muitas funções que o pedreiro desenvolve, foi o ponto de observação desta pesquisa. Os pedreiros que foram observados, em sua maioria, combinam o valor a receber pelo serviço antes que o mesmo seja executado, de maneira que a busca pela conclusão do serviço, no menor tempo possível, seja algo muito desejado.
No fordismo as peças eram padronizadas, no “levante”, nome dado pelos pedreiros para a tarefa de construir uma parede, os tijolos também são padronizados. A atividade é desenvolvida da seguinte forma, os tijolos são dispostos ao longo da parede, uma certa distancia da mesma, de maneira que possibilite a passagem de uma pessoa com um carinho de mão entre os dois, o pedreiro com sua colher em mãos, em uma seqüência de movimentos ágeis, baixa-se para pegar o tijolo e a argamassa para colar o mesmo na parede.
A parede é levantada por fileiras horizontais de tijolos colados um a um. A medida que os tijolos vão sendo colados, é necessário que o pedreiro ande da extremidade que iniciou a fileira a outra extremidade da parede, assim como no fordismo que os operários não precisavam buscar os componentes utilizados na função que desenvolvia, e assim produziam mais por ficarem extremamente treinados em sua função, no levante os tijolos que foram dispostos ao longo da parede vão sendo utilizados pelo pedreiro e o carrinho de mão com a argamassa é conduzido pelo auxiliar do pedreiro, de maneira que a sequência de movimentos realizados pelo pedreiro, não diminua pela falta de tijolos ao seu alcance, nem pelo distanciamento do carrinho com a argamassa.
Assim como no fordismo que os movimentos eram precisos, onde uma execução errada causaria uma diminuição na produção e até mesmo uma punição para o operário, no levante a aplicação de um tijolo desalinhado, leva o pedreiro deferir alguns golpes no
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