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OS EFEITOS DA TAXA DE CÂMBIO NA ECONOMIA

Por:   •  26/11/2018  •  1.460 Palavras (6 Páginas)  •  356 Visualizações

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Como é determinada a taxa de câmbio (R$-US$) no Brasil?

O Brasil adotou o regime de câmbio flutuante sujo desde janeiro de 1999 com intervenções do Banco Central na compra e venda de dólares. Isto significa dizer que a cotação desta moeda é dada pela lei da oferta e demanda. Assim, a cotação do câmbio depende basicamente da entrada ou saída de dólares do país. Existem três principais canais de entrada: a balança comercial (saldo das exportações menos importações), a balança de serviços (composta por gastos de turistas, pagamento de juros, royalties, remessas de lucros, etc) e a conta capital (principalmente entrada ou saída de capital estrangeiro para o mercado financeiro). Estas classificações servem para identificar e classificar “como” a moeda estrangeira entra e sai do País e são registradas no balanço de pagamentos.

Deste modo, sempre que o saldo do balanço de pagamentos é positivo significa que entrou mais dólares do que saiu. Logo, há um excesso ou sobra de moeda americana em nossa economia e, portanto, o dólar fica “barato” diante do real (moeda local valorizada). Neste cenário é possível comprar mais dólares com a mesma quantidade de reais. Entretanto, se o saldo do balanço de pagamentos for negativo, temos o cenário oposto: dólar “caro” (moeda local desvalorizada).

Exemplo de como a oscilação da taxa de câmbio poderá impactar nas exportações, na balança comercial e no PIB de um país.

No Brasil a taxa de câmbio representa o preço, em moeda nacional, de uma unidade de moeda estrangeira, normalmente o dólar. Uma elevação da taxa de câmbio representa uma desvalorização do real com relação ao dólar. Ao contrário, uma diminuição da taxa de câmbio representa uma valorização do real com relação ao dólar.

Uma desvalorização cambial tende a desestimular as importações e estimular as exportações, pois no mercado interno encarece os bens importados e aumenta a renda dos exportadores. No mercado externo barateia os bens que o país exporta.

As importações são função direta da renda interna (ou PIB). Já as exportações são função direta da renda externa (ou renda do resto do mundo). Assim, quanto maior o PIB ou renda interna, maior será o nível de importações. O aumento do nível de importações faz aumentar a demanda por moeda estrangeira, pois é necessário moeda estrangeira para comprar os produtos importados. O aumento da demanda por moeda estrangeira faz aumentar o seu valor, o que significa que a moeda nacional tem seu valor diminuído. Ou seja: aumento do PIB --> aumento de importações --> valorização moeda estrangeira --> desvalorização moeda nacional.

Valorização da taxa de câmbio no Brasil

Com a desvalorização do câmbio a partir de 2015, por conta tanto de fatores externos quanto internos, o resultado da balança comercial reverteu-se rapidamente, alcançando nesse ano um saldo positivo de quase 20 bilhões de dólares. Esse é praticamente o único resultado econômico positivo que pode ser identificado no início do segundo mandato de Dilma Rousseff.

Todavia, nos últimos meses, estamos assistindo a uma reversão dessa tendência de desvalorização cambial, com o real voltando a se valorizar perante o dólar, o que, de um lado, contribui para a redução dos índices inflacionários, por outro, pode abortar a recuperação de diversos setores vinculados às exportações ou que sofrem a concorrência dos importados. O real é a moeda que teve maior valorização no acumulado dos sete primeiros meses do ano, de acordo com informações do Banco Internacional de Compensações (BIS). Além disso, a moeda brasileira também registrou a segunda maior alta do mundo no mês de julho.

Os dados do banco apontam que, ao fazer o cálculo da taxa de câmbio real efetiva, a moeda brasileira teve valorização de 6,2% em julho. No período de 90 dias, a alta foi de 10,7%. acumula. Em comparação com o piso de setembro de 2015, houve crescimento de 30%.

Se for levado em consideração o acumulado do ano, a moeda brasileira teve valorização de 23,3%, ficando à frente do iene, do Japão, que valorizou em 15,3%.

Referências Bibliográficas

BANCO CENTRAL DO BRASIL – BCB. Taxa de câmbio. Disponível em: http://www.bcb.gov.br/pre/bc_atende/port/taxCam.asp>. Acesso em: 15.09.2016.

CARDOSO, Wilson L. Texto Obrigatório da Disciplina Finanças Internacionais, Aula 3 do 8º semestre do curso de Administração de Empresas. São Paulo: SENAC, 2015.

ESTADÃO. Regimes cambiais e escolhas monetárias. Disponível em: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,regimes-cambiais-e-escolhas-monetarias-imp-,612059. Acesso em: 25.09.2016.

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