Mulheres no Mercado de Trabalho
Por: Hugo.bassi • 8/4/2018 • 1.568 Palavras (7 Páginas) • 242 Visualizações
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Além das mulheres, as crianças também trabalhavam. Muitas mulheres tinham que levar os filhos para as fábricas, pois não tinham onde deixar.
Desde o final do século 19, organizações femininas oriundas de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos.
As mulheres começaram a fazer greves devido aos poucos salários e uma jornada de mais de 15 horas diárias, incluindo os sábados e os domingos na parte da manhã. Reivindicavam melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil.
O primeiro dia da mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, onde 1500 mulheres fizeram uma manifestação pela igualdade econômica e política.
Mesmo com as greves, pouca coisa havia sido alterado, assim as mulheres voltaram a reivindicar os seus diretos com portas fechadas durante o expediente e relógios cobertos.
Em um sábado, no dia 25 de março de 1911, onde as mulheres que trabalhavam no Triangle Schirtuaist Company, aconteceu um grande incêndio, era o local onde se tinha eletricidade precária, muitos tecidos no chão e piso de madeira, onde facilitou a propagação do fogo.
Nessa fábrica trabalhavam cerca de 600 trabalhadores de 13 a 23 anos. Algumas conseguiram rapidamente fugir do fogo, subindo em telhados ou pegando a escada e descendo para a rua, mas muitas ficaram e não conseguiram escapar dessa grande tragédia. Foram mortas em média 125 mulheres.
Essa tragédia teve o reconhecimento dos sindicatos, onde perceberam que deveriam ter uma condição de segurança melhor no trabalho.
Já no século XX, as mulheres do mundo todo continuavam a se manifestar.
Por fim, na década de 60, o oito de março foi assim escolhido para a comemoração do dia da mulher, mas não foi por consequência do grande incêndio, mas sim por todo o movimento que elas vinham fazendo para conquistar os seus direitos e conseguiram, mas não por completo, pois hoje, mesmo com todos os direitos, as mulheres sofrem descriminação, abuso dentro das empresas, desigualdade salarial.
Muitas ainda se submetem a empregos menos reconhecidos, com baixos salários por serem intitulados como empregos feitos para mulheres.
ASSÉDIO AS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO.
O assédio pode ser físico, sexual, psicológico ou até mesmo simbólico.
A violência ou assédio psicológico é a tentativa de degradar ou controlar a pessoa através de ameaças, humilhação, manipulação ou atitudes que prejudiquem a autoestima das pessoas.
Já o assédio simbólico está baseado na fabricação de crenças, onde este passa a avaliar o mundo através de critérios, valores e padrões, definidos por uma pessoa ou um grupo, exemplo, Eva foi a culpada por comer o fruto proibido, vendo assim a mulher já era culpada pelo grande pecado.
Outro exemplo foi o caso do Juiz que foi contra a Lei Maria da Penha, dizendo assim:
“Ora, a desgraça humana começou no Éden: por causa da mulher, todos nós sabemos, mas também em virtude da ingenuidade, da tolice e da fragilidade emocional do homem (...) O mundo é masculino! A ideia que temos de Deus é masculina! Jesus foi homem!”
Com a iniciação da mulher no mercado de trabalho se iniciou na Revolução Industrial, como citado anteriormente, e junto com ela veio a exploração barata e o assédio sexual no trabalho.
Infelizmente, a mulher ainda sofre assédios no ambiente de trabalho, se não é moral, por ofensas perto de outras pessoas, é sexual através de trocas de saídas com o chefe para ganhar uma promoção, ou até mesmo ameaçadas a serem mandadas embora se não fizer o que o chefe quer que elas façam para eles.
A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO – EVOLUÇÃO
As mulheres foram cada vez mais ocupando o espaço no mercado de trabalho.
Em 1920 e 1940, houve uma diminuição das mulheres nas fábricas, mas mesmo assim 31% das mulheres acima de 21 anos tinham empregos com remuneração, sendo que elas ocupavam empregos menos visíveis e estáveis, nos serviços domésticos e trabalho a domicilio; também nos setores bancários, postos de telegrafia, telefonia, contabilidade, secretárias etc.
Em serviços que exigiam nível superior, como medicina e engenharia, não era exercido por mulheres, pois as faculdades eram lugar para homens.
Mas isso foi mudando, até que as áreas mais consideradas adequadas para mulheres era a Farmácia, Odontologia, Enfermagem e o Magistério.
Em 1960, os empregos para a classe feminina começou a crescer. Já em 1970, a industrialização modernizou as linhas de produção, sendo assim a mão de obra feminina foi incorporada nas tradicionais linhas de alimento e têxtil, como também na parte de eletrônicos, cosméticos, etc.
Depois disso, nas universidades houve um grande aumento de mulheres frequentando, algumas fora já do padrão da área da Educação e Humanas, já ocupava áreas de Engenharia, Veterinária, Direito, Arquitetura, etc.
Assim ao longo do tempo, a mulher atual está ocupando cada vez mais o mercado de trabalho, contribuindo com o sustento da família e ainda lutando pelo seu direito de salários e postos iguais aos dos homens.
CONCLUSÃO.
Vimos através desta pesquisa a grande evolução da mulher no mercado de trabalho atual, mas ainda assim estão muito explícitas as desigualdades que elas enfrentam, como baixos salários, pois ainda há distinção de homens e mulheres; cargos inferiores, não vemos quase mulheres em grandes cargos como uma Diretoria de uma empresa; discriminação da sua posição social, sua cor de pele, se é mão solteira ou não, etc.
O mercado de trabalho deve evoluir mais, sem distinção
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