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Modelo de Avaliação da Qualidade do Serviço de Segurança Pública

Por:   •  3/4/2018  •  1.363 Palavras (6 Páginas)  •  498 Visualizações

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uso de drogas ilícitas. Sabemos dos protestos, depredações e invasão da reitoria ocorridos na USP pelos estudantes contrários às ações da Polícia Militar na atuação dentro do campus para inibir o uso de drogas em 2014. Muito comum no Brasil, quando o cidadão é vítima da ação de criminosos, querer que a polícia atue com todas as “armas” para fazer valer a justiça. Ao posso que, quando somos alvo da ação policial, sempre temos que esta agiu com exageros, com truculência, etc.

Da análise, utilizando a ferramenta Servqual, constatou-se que 76% dos entrevistados atribuíram notas 2 e 3, demonstrando, assim, estarem descontentes com relação a atuação policial. Há que se considerar que a polícia, quer seja militar ou civil é formada por homens e mulheres oriundos do seio da sociedade. Ora, se a sociedade, de uma maneira geral, corrompe-se com facilidade, sociedade em que impera o “jeitinho brasileiro”, em que costuma-se perguntar à autoridade policial, “você sabe com quem está falando?” Sociedade em que um professor não pode colocar um aluno de castigo porque os pais e a imprensa condenam como “abuso de autoridade”, como exigir que durante uma ação policial se trate suspeitos com “educação”? Bandido não traz escrito na testa sua identificação. Somos uma sociedade muito mal acostumada. A sociedade brasileira é costumas em repassar às autoridades a responsabilidade e a culpa por tudo o que dá errado. Mas não fazemos nossa parte. Quantos dos entrevistados ou dos autores deste artigo já estiveram na “pele” de um policial que arrisca sua vida numa favela de cidades violentas como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Salvador, Belém, entre outras? Arriscar a vida para proteger o cidadão de bem que, enquanto isso, está “furando” sinal de trânsito, ludibriando a declaração do imposto de renda, fumando um “baseado” na universidade, etc. Ou, ainda, na decepção deste policial ao prender um criminoso e passar horas numa delegacia para enquadrá-lo no crime cometido e, para sua decepção, ver o mesmo sair da delegacia rindo e incólume por responder apenas um Termo Circunstanciado do fato.

A sociedade pouco sabe sobre a atuação da polícia, não temos a polícia mais preparada, a mais competente ou a mais honesta do mundo, mas somos, enquanto sociedade, grandes culpados por isso. Começamos por escolher governantes sem compromisso, sem planos concretos para segurança pública, por não educar nossos filhos para que, futuramente, como adultos, não venham a dar trabalho à polícia, por não denunciarmos tentativas de suborno de policiais e por ceder a elas.

Acredito, com base nos argumentos acima expostos, que os resultados deste artigo não são suficientes para traçarmos um parâmetro da atuação policial no Brasil. Dever-se-ia, esclarecer aos entrevistados as diferenças entre polícia militar e civil. Perguntar se o entrevistado tem passagem pela polícia. Este fato com certeza, caso a resposta seja positiva, representa um “peso” diferente ao analisar a atuação policial. A sugestão final do artigo de que se promovam ações estratégicas para reduzir lacunas entre a percepção e a expectativa da sociedade sobre a atuação da polícia, é valida. Porém, não foi esclarecido quais ações devem ser promovidas. Houve alguma sugestão por parte dos entrevistados? A proposta de se fazer um policiamento de proximidade com a comunidade, encontra resistência no fato de que, ao promover reuniões comunitárias pelo comando do policiamento urbano, nos setores da Capital Goiana, por exemplo, tamanho é o desinteresse da população que as reuniões são, em sua maioria, vazias. A participação da sociedade é quase nula. Tamanho é o desinteresse da população, talvez, devido ao fato de que as reuniões comunitárias sobre segurança acontecem sempre no horário da novela ou do “big brother”. Todo o cidadão de bem, que cumpre seu papel na sociedade, não teme a polícia. Pelo contrário, tem no policial a garantia de justiça, segurança e confiança.

Bibliografia:

XXXIV Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Curitiba-PR, 2014.

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil + 10

CARDOSO, Patrícia Alcântara. Gestão de operações e logística II – 2. ed. reimp – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2012.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

GAZETA DO POVO. Com os portões abertos para as drogas. Disponível em <http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/vida-na-universidade/ufpr/com-os-portoes-abertos-para-as-drogas-95bo0ixaa7dokok1xfk0a0xfy>.

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