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MODELO ESTRATÉGICO

Por:   •  28/12/2017  •  1.567 Palavras (7 Páginas)  •  266 Visualizações

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e pobres, já que nem toda a sociedade usufruía dessa pujança.

3- A crise da República e o nascimento do Império

Os plebeus que conseguiram enriquecer com o comércio passaram a se mobilizar politicamente exigindo igualdade de direitos perante a elite patrícia. Prova disso é que, no turbulento período da gestão de Caio Graco como Tribuno da Plebe, eles organizaram uma espécie de partido conhecido como a Ordem Equestre, em oposição à Ordem Senatorial dos patrícios.

Um famoso general romano, responsável por uma série de vitórias militares e grandes conquistas territoriais, recebia pleno apoio dessa Ordem Equestre: seu nome era Júlio César. César era identificado pela plebe como um símbolo de confronto e questionamento à hegemonia patrícia, e por isso era adorado pelo povo, mas temido pelos senadores. Entretanto, a fama e a riqueza provenientes de seu sucesso como general pressionavam esses mesmos senadores a conferir a César uma série de títulos políticos, garantindo-lhe crescente autoridade. Em 48 a.C, por exemplo, ele acumularia os cargos de ditador vitalício e cônsul – na prática, a administração de Roma ficava em suas mãos.

Os senadores não suportariam o poder nem a ambição de César por muito tempo.

Disponível em: http://mrfreebird.webs.com/introductionpartiii.htm. Acessado em: 02/12/2105

O mapa acima dá uma ideia do espantoso domínio territorial alcançado pelos romanos graças às campanhas militares de Júlio Cesar.

Nos famosos idos de março de 44 a.C – como o poeta inglês Shakespeare celebraria mais de mil anos depois – César foi assassinado. A conspiração de senadores visava restaurar o antigo sistema da República romana. Argumentavam que César tornara-se um tirano e que o senado deveria recuperar sua legítima influência. Quando César foi ao teatro Pompeu, que era o local temporário de reunião do Senado, um dos senadores o esfaqueia no pescoço. A partir dele, vários senadores pegam o punhal e desferem golpes repetidos até que – e aí a obra de Shakespeare é insuperável para imaginarmos o drama da cena – César viu seu afilhado Brutus prestes a apunhalá-lo e cobre o rosto de vergonha antes de morrer.

A morte de César teve efeitos imediatos. O mais drástico, foi a ameaça de violenta anarquia social, estimulada pela Ordem Equestre. O Exército é chamado pelos patrícios como instrumento de pacificação. O sobrinho e herdeiro de César, Otávio, tem as forças militares diretamente subordinadas à sua autoridade. O Senado não vê outra opção a não ser referendar esse poder e entregar a Otávio o controle sobre Roma. Otávio receberia o título de Imperador em 27 a.C. Era o fim da República Romana.

4- O Império Romano: apogeu e crise

O Império é a fase final da história da Roma antiga. É um enorme período de quase quinhentos anos. Vai de 27a.C até 476d.C.

Os sucessores de Otávio tinham a autoridade de governo concentrada em suas mãos, ao contrário do que acontece hoje em dia em regimes democráticos nos quais existem instituições para criar as leis, outras para julgar o cumprimento das leis e ainda outras para executá-las. Isso evita o autoritarismo estabelecendo uma saudável fiscalização entre os poderes. Não era o caso do Império Romano. Aliás, vale lembrar que a concentração de poderes também será percebida em outros momentos históricos bem mais recentes como os regimes fascistas no século XX. Assim, o Imperador era a máxima autoridade legislativa, militar e judiciária – ou seja, não havia nenhuma instituição que limitasse seu poder.

Em seu quase meio milênio, o Império teve mais de 140 imperadores diferentes. Alguns entraram para a história como loucos, sanguinários, corruptos e outros como santos. A sociedade imperial era dividida em Ordens seguindo um critério censitário (renda): a senatorial correspondia a uma nobreza com privilégios políticos, a equestre, formada essencialmente por comerciantes, e a inferior, correspondendo à maior parte da população. O império combinava assim o apoio econômico da classe comercial e o apoio política dos antigos senadores, agora dependentes da bênção do Imperador.

A violenta disparidade social era controlada por uma política de distribuição de alimentos e grandes jogos organizados em espaços públicos: era a política do pão e circo. A massa escrava era reprimida pelo caráter militarista do Império Romano.

Esse caráter militar também explica o fato de que nessa fase Roma conheceu o apogeu de seu domínio territorial. Regiões que hoje conhecemos como a Inglaterra, Portugal, Espanha, França, Grécia, Sérvia, Israel, Líbano, Síria, Egito, Líbia, Tunísia, Marrocos e muitos outros países eram controlados pela autoridade de Roma.

No século I Roma pôs fim ao expansionismo (através de uma espécie de lei conhecida como a pax romana) e ao invés de simplesmente continuar crescendo tentou consolidar suas fronteiras. Entretanto uma economia que dependia da mão de escrava (que era obtida graças às conquistas expansionistas, agora paralisadas), um império gigantesco cujas fronteiras precisavam ser guarnecidas (e militares precisam ser abastecidos e alimentados), a corrupção na arrecadação

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