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Empresas que fecham em menos de um ano

Por:   •  1/1/2018  •  2.809 Palavras (12 Páginas)  •  415 Visualizações

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A vista da citação acima, o crescente número de abertura de empresas desses portes é possibilitado pela carência de um capital menor, abrindo oportunidades para a classe econômica menos rica do país.

O número de MPEs abertas no país é grande, principalmente no interior do país, juntamente com o agronegócio. (AMORIM, 2013)

Ainda de acordo com o autor supra citado, no Brasil havia o grande problema da burocratização no momento da abertura dessas empresas: “Com a legislação e a economia jogando contra, só um louco para abrir uma empresa no Brasil” (AMORIM, 2013). Ao contrário do Brasil, os Estados Unidos deva mais oportunidades a essas empresas, com juros baixos e legislação a favor. O problema é que com a crise econômica, essas empresas quebraram.

O quadro no Brasil mudou agora. As MPEs vêm se destacando, ocupando lugares no mercado, com uma nova visão de mercado. A quantidade de empregos gerados por essas empresas alcançaram grandes índices no ultimo ano.

Segundo Amorim (2013):

Nos últimos 12 meses, quase 80% dos 2,5 milhões de empregos criados no Brasil vieram delas. São principalmente elas que atendem os 55 milhões de brasileiros que emergiram das classes D e E nos últimos cinco anos. MPEs têm maior presença no interior, que, na carona do agronegócio, vem crescendo mais do que as capitais.

Além do emprego gerado por essas empresas, a mortalidades destas, em comparação a dos Estados Unidos, ela consegue ser menor. Resultado explicado pela vasta procura pelos grandes setores nacionais abrangidos por estas, como o varejo e serviços. (AMORIM, 2013).

De acordo com Azevedo (2013), as MPEs representam 25% (vinte e cinco por cento) do Produto Interno do País (PIB), o que mostra a grande importância desse segmento para a economia do Brasil.

Em 2006, através da Lei Complementar de numero 123, criou-se o Simples Nacional, que permitiu para o governo criar uma forma mais prática de arrecadar os tributos das MPEs, diminuindo a carga tributária dessas empresas. (RECEITA FEDERAL, 2013).

O Simples Nacional permitiu uma legalização dessas empresas, tornando-as ainda mais vantajosas, dentro das normas, com todos os seus direitos preservados.

Ainda segundo Azevedo (2013), dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) revelam que para 2022, juntando as MPEs com os Microempreendedores Individuais, “somem 12,9 milhões de empreendimentos”, aumentando ainda mais a participação dessas empresas no mercado, inclusive no mercado empregatício.

Mas qual serão os motivos que levam as pessoas a abrirem seu próprio negócio?

3 – MOTIVOS QUE LEVARAM À ABERTURA

Nesses tempos atuais convivemos com grandes mudanças. Como exemplos estão os maiores acessos às universidades, a igualdade de gênero, mudanças no aspecto humano, e também o grande número de pessoas que deixaram as classes sociais mais baixas e foram incluídas na classe média. Através da inserção dessas pessoas na classe média, muitos procuraram investir suas economias em seu próprio negócio, buscando assim uma autonomia financeira, além de não serem mais submissas a um patrão.

Muitas pessoas também optam por iniciar um empreendimento pelo simples motivo de estarem insatisfeitas no seu emprego, ganhando salários injustos e fazendo aquilo que não gostam.

De acordo com Kishel et al (1994,p.46), a grande vantagem de ter seu próprio negócio, é você ser o chefe. Pode optar pelas melhores formas de conduzi–la, quem contratar, quem demitir, escolhe as mercadorias que quer vender, adéquam os preços de acordo com o mercado. Tem o poder de decidir se mantém o negócio ou muda para outra área. Outros motivos que fazem com que as pessoas abram seu próprio negócio podem ser por ela estar desempregada, e buscando um meio para se mater.

Muitas que pessoas que abrem seu próprio negócio geralmente trabalham empregadas e deixam seu empreendimento com familiares, assim conciliando duas atividades.

É necessário ter uma visão diferenciada, inovadora aos olhos dos concorrentes. Algo que atraia mais as pessoas. A visão de quem monta seu próprio negócio deve estar sempre voltada ao que seus consumidores buscam, por exemplo, hoje em dia com todo mundo conectado a internet, busca-se locais com livre acesso a ela.

Em geral o que as motivam a abrirem seu próprio negócio pode ser a ambição de ganhar dinheiro e ser livre de chefias. Existem aqueles empreendedores que desde o inicio já pretendiam abrir seu negócio, com isso já se programavam desde sempre. Há também o empreendedor que num determinado momento de sua vida, teve a necessidade, ou até mesmo, a oportunidade de abrir um negócio, sem antes não ter planejado tal façanha.

4 – EMPRESAS QUE FALEM NO INICIO DE SUAS ATIVIDADES

Um aspecto negativo relacionado às MPEs é o aumento no número de empresas que estão fechando suas portas com muito pouco tempo de atividade. Dados do Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações revelam que só no mês de setembro de 2013, foram feitos 156 (cento e cinquenta e seis) pedidos de falência, e destes, mais da metade, totalizando 88 (oitenta e oito) pedidos, eram de Micro e Pequenas empresas. (SERASA EXPERIAN, 2013).

Em uma reportagem publicada no site do Portal UOL, em 27 de outubro de 2010, revelou que de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2007 mostra que “de cada cem empresas abertas no Brasil em 2007, 24 encerraram suas atividades no ano seguinte.” (UOL, 2010). A pesquisa apresentou uma realidade preocupante, demonstrando que no país ainda é complicado se abrir uma empresa, devido aos altos tributos, e muitas vezes a falta de planejamento de nossos empreendedores.

Ainda de acordo com a reportagem acima, o estudo também demonstro que quanto menor era a empresa, maior era o percentual de falência desta, ou seja, as mais afetadas são as MPEs, que comportam menos empregados, e seu capital é menor. Empresas de maior porte que estas conseguem se manter no mercado devido ao seu capital ser maior e mais estabilizado que as pequenas empresas.

Outro dado do IBGE mostra que cerca de 48% (quarenta e oito por cento) das empresas nacionais fecham as portas antes de completarem o ciclo de 3 (três) anos de existência. Cita o artigo do SEBRAE do Paraná:

As empresas maiores, com maior capital imobilizado, tendem a permanecer mais tempo

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