ESTUDO DE CASO COOPERATIVA MUTUENSE DE TRABALHO – COMUSERV
Por: YdecRupolo • 24/10/2018 • 2.230 Palavras (9 Páginas) • 293 Visualizações
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Os pioneiros de Rochdale inauguram um armazém, organizado e regido por normas estatutárias que, segundo Santos (2000) objetivavam:
a) formação de capital para emancipação dos trabalhadores mediante economias realizadas com a compra em comum de gêneros alimentícios;
b) construção de casas para fornecer habitação a preço de custo;
c) criação de estabelecimentos industriais e agrícolas com duplo objetivo: produzir direta e economicamente tudo o que fosse indispensável aos operários desempregados ou que percebiam baixos salários;
d) educação a luta contra o alcoolismo;
e) comercialização (compra e venda) somente a dinheiro, para que os cooperados só assumissem compromissos dentro de suas possibilidades orçamentárias, e evitando o crédito, que considerava um “mal social”.
f) Cooperação integral.
Para Sales (217) a história deixa claro que foi em um clima de dificuldade que os conceitos cooperativistas se firmaram. O cooperativismo surge como forma de amenizar os traumas econômicos e sociais que estas transformações submeteram o homem da época.
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O COOPERATIVISMO NO BRASIL
Conforme Sales (2017), a cultura de cooperação é observada no brasil desde a época da colonização portuguesa no final do século 19, através do estímulo de funcionários públicos, militares, profissionais liberais e operários, para atender às suas necessidades. As tentativas de início no cooperativismo no Brasil, surgiram de iniciativas do sul do país, mas a que resultou em dados históricos fundamentais para o registro da primeira cooperativa do brasil, foi a Associação Cooperativa dos Empregados da Companhia Telefônica, na cidade de Limeira-São Paulo.
Iniciou-se em 1889, na cidade de Ouro Preto (MG), com a criação da primeira cooperativa de consumo denominada Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto. Em seguida, se espalhou por Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul sendo o pontapé inicial para o surgimento de cooperativas de diversos ramos no país. Já em 1902 surgiram as cooperativas de crédito no Rio Grande do Sul, por iniciativa do padre suíço Theodor Amstadt. Já em 1906 as cooperativas rurais tomaram impulso na região, fundadas principalmente por imigrantes de origem alemã e italiana, que trouxeram a cultura do trabalho de atividades familiares comunitárias, que os motivaram a organizar-se em cooperativas (SALES, 2017).
Segundo Sales (2017), em 2 de dezembro de 1969 foi criada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) com o intuito de representar e defender os interesses do cooperativismo no Brasil que foi registrada em cartório um ano após sua criação sendo caracterizada como Sociedade civil, sem fins lucrativos, com neutralidade política e religiosa. A Lei 5.5764/71 disciplinou a criação de cooperativas, porém restringiu a autonomia dos associados, interferindo na criação, funcionamento e fiscalização do empreendimento cooperativo. A limitação foi superada pela Constituição de 1988, que proibiu a interferência do Estado nas associações, dando início à autogestão do cooperativismo.
Em 1995, o cooperativismo brasileiro ganhou reconhecimento internacional. Roberto Rodrigues, ex-presidente da OCB, foi eleito presidente da Aliança Cooperativista Internacional (ACI), sendo o primeiro não europeu a ocupar o cargo. Este fato contribuiu para o desenvolvimento das cooperativas brasileiras. No ano de 1998 surgiu o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). O Sescoop é responsável pelo ensino, formação profissional, organização e promoção social dos trabalhadores, associados e funcionários das cooperativas brasileiras SALES (2017).
Segundo Sales (2017), atualmente, no país existem mais de 6.800 cooperativas. Desse total, mais de 3500 são cooperativas agropecuárias, de transporte e de crédito. As outras dividem-se em cooperativas de trabalho, de saúde, educacionais, habitacionais, de produção, de infraestrutura, de consumo, de minerais e até de turismo e lazer.
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OBJETIVO DA cooperativa
A cooperativa tem como objetivo: congregar pessoas, dentro da competência profissional de cada um na sua área de atuação, para assim ter colaboração reciproca a que os mesmos se obrigam, sem fins lucrativos, promover a mais ampla defesa de seus interesses econômicos, social e realizar capacitação profissional dos seus cooperados.
Missão: a cooperativa atendera toda comunidade em geral, não tendo diferenciação de classe social, com o objetivo principal: o bem social do município e de todos cooperado.
Visão: desmitificar o cooperativismo, promover a capacitação profissional e social, com eficiência e eficácia dos serviços realizados, priorizando a qualidade e a competência de todos os cooperados.
Valores: Democracia, ética, fraternidade, igualdade, respeito e formação profissional.
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Histórico da cooperativa
Fundada em novembro de 2013 a cooperativa mutuense de trabalho – COOMUSERV- atua inicialmente em 25 áreas de serviços e possa a ser a primeira do estado de mato grosso a ser constituída sob a nova lei de N. 12.690/2012, das cooperativas de trabalho. A fundação se deu devido a necessidade de mão de obra especializada e de pessoas realmente comprometidas com a qualidade e eficiência dos serviços prestados as empresas privadas e aos órgãos públicos do município. Constituída por 9 membros da comunidade que formam a primeira diretoria (conselho de administração da cooperativa) através da eleição na assembleia geral da constituição, órgão superior da administração da cooperativa e de seus cooperados nos termos de legislação do estatuto social e das determinações da assembleia geral.
Atualmente a Coomuserv conta com 250 associados. O conselho fiscal, tem por objetivo representar a assembleia geral no desempeno das funções, durante um período de 12 meses, com renovação mínima de 2/3.
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Atuação da cooperativa:
Atualmente a cooperativa atua com vinte e cinco, modalidades de trabalhos oferecidos a comunidade entre
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