Caso: Vivo e o Mercado Competitivo de Telefonia Celular
Por: Jose.Nascimento • 7/3/2018 • 1.730 Palavras (7 Páginas) • 432 Visualizações
...
a realizar grandes investimentos em marketing. Assim, para combater a concorrência, era
preciso criar uma marca representativa no mercado nacional. Em fevereiro desse ano, o grupo
realizou uma ação de endomarketing visando preparar o público interno das empresas parceiras
para o lançamento da VIVO.
E não bastava só lançar uma nova marca, era necessário oferecer serviços de qualidade, produtos
de qualidade, preços acessíveis e adequados a cada target, distribuição eficaz e mais uma série de
diferenciais que pudessem atrair e ajudar a manter o cliente.
Os principais concorrentes, TIM e CLARO não paravam de investir em marketing. A todo o momento
eles lançavam novos serviços, faziam muitas promoções, melhoravam a tecnologia, divulgavam
intensamente os seus produtos e serviços e com isso cresciam e ganhavam fatias importantes
desse ainda novo mercado.
Em meados de 2003 a TIM já tinha cerca de 8 milhões de usuários e seu crescimento era
vertiginoso. A empresa se destacava principalmente nas regiões Sul e Nordeste do país, onde era
líder.
O outro concorrente, a CLARO, também crescia. Adquiria outras operadoras e se desenvolvia. Em
2003 a empresa já possuía cerca de 10 milhões de usuários e esses números não paravam de
crescer.
Pensando em continuar a crescer e manter a liderança desse mercado, a VIVO planejou e
implementou uma estratégia inovadora para fazer frente aos concorrentes.
A SOLUÇÃO
A nova companhia foi apresentada no dia 8 de abril, como resultado da união entre sete das
principais operadoras de telefonia celular do Brasil (Telesp Celular, Telefônica Celular, Global
Telecom, Telebahia Celular, Telesergipe Celular, TCO Celular e NBT). Esse processo deu origem à
maior empresa do segmento na América do Sul e à quarta companhia do mundo, na época com 17
milhões de clientes e 45% do mercado nacional.
O lançamento foi nacional, e além das ações de comunicação a empresa tratou de desenvolver um
meticuloso planejamento de marketing, que previa um amplo levantamento de informações sobre o
mercado, sobre os principais concorrentes e sobre os consumidores. Já há bastante tempo as
empresas que se uniram para compor a VIVO vinham monitorando os seus principais concorrentes.
Alguns meses antes do lançamento da nova marca, uma força-tarefa se encarregou de monitorar
todas as ações mercadológicas dos concorrentes. Isso possibilitou à empresa ser proativa e
implementar várias ações como: preços promocionais, parcerias com as empresas produtoras de
aparelhos celulares, patrocínios de eventos esportivos e culturais, abertura de novos pontos-devenda.
Essas estratégias tinham em foco os mercados de consumidores finais e empresariais.
A estratégia era a seguinte: a equipe encarregada de acompanhar as ações da concorrência
levantava informações sobre o mercado (concorrentes, consumidores, fornecedores etc.), analisava
essas informações e passava para os setores responsáveis pelas respectivas áreas. Assim, os
setores de marketing, financeiro, operacional, logístico, comercial, recursos humanos eram
constantemente abastecidos de informações sobre os mercados, com destaque especial para as
estratégias e ações dos principais concorrentes. Não foram esquecidas também as reações da
concorrência. Era óbvio que, após o lançamento da VIVO, as empresas TIM e CLARO
implementariam estratégias ousadas de marketing e comunicação, principalmente aquelas que
tratavam de serviços, produtos e, de forma destacada, de preços. Assim, o mercado foi invadido por
promoções de preços, campanhas publicitárias, eventos, patrocínios e mais um sem-número de
outras ações mercadológicas, que visavam fundamentalmente minimizar o impacto do lançamento
da nova marca.
A Comunicação
Uma campanha publicitária criada pela agência África lançou a marca por meio de dez comerciais
ao vivo, na Rede Globo, estrelados por personalidades do meio artístico, como Maria Paula e Cissa
Guimarães. Com um investimento de R$ 43,5 milhões, a estratégia de marketing também promoveu
festas em várias capitais e a alteração nas fachadas e na decoração dos 6,6 mil pontos-de-venda. A
verba foi destinada ainda ao patrocínio de eventos, como a São Paulo Fashion Week e o Festival de
Música de Porto Alegre, além da realização de uma promoção que durante o mês de abril
apresentava preço de tarifa local para todas as ligações entre aparelhos da VIVO em qualquer
Estado brasileiro. Outro projeto foi o lançamento da primeira megastore de uma operadora de
celular no país, em São Paulo. A empresa também não se esqueceu das ações de assessoria de
imprensa, pois com esses investimentos muitos veículos que cobrem o setor econômico valorizaram
as ações desenvolvidas e implementadas pela VIVO. Com isso, deram uma cobertura
...