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COMO O AVIÃO VOA E A FORMAÇÃO AERONÁUTICA NO BRASIL

Por:   •  9/8/2018  •  2.669 Palavras (11 Páginas)  •  253 Visualizações

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A sustentação é a força que sustenta o avião no ar, que se opõe ao peso. É gerada pela velocidade do avião em relação ao vento que sopra no sentido contrario do voo, o chamado vento relativo. O ar vai escoar no aerofólio e aumentar a velocidade na parte de baixo da asa, no intradorso, causando uma diferença de pressão.

O arrasto é a resistência ocasionada pelo ar em movimento. É prejudicial, mas impossível de ser anulada completamente. É decorrente da resistência do ar e “suga” o avião para trás. Dentro do conceito de arrasto, ainda podemos desmembra-lo em duas vertentes:

- Arrasto induzido: Segundo Homa (2007), quando o ar escoa sobre uma asa, a pressão é maior no intradorso do que no extradorso, com isso, o ar acaba passando do intradorso para o extradorso pelas extremidades da asa, formando um turbilhonamento em espiral.

- Arrasto parasita: “É o arrasto de todas as partes do avião que não produzem sustentação” (HOMA, 2007, p.27).

De acordo com Young e Freedman (2008), peso é a força gravitacional sofrida em decorrência da atração da terra.

REVERSO

Uma parte do avião que é muito discutida quando acontece um acidente aeronáutico, é o reverso. Ele é responsável pelo grande barulho que acontece quando o avião toca a pista no momento do pouso. O reverso é a aceleração das turbinas, porém com a direção do fluxo do escapamento alterado para um ângulo de 45º com o eixo da turbina. Se um grande avião fosse depender unicamente dos freios do trem de pouso, em médio prazo teria além do desgaste acentuado nas rodas, a possibilidade de que algum pneu estourasse ou até mesmo a perca de uma roda. Mesmo com tudo isso, os aviões estão aptos a voarem e pousarem com o reverso travado, ou inoperante por um determinado período de tempo. Deverão ser tomadas algumas precauções, como o comprimento de pista, piso e meteorologia do local.

Nos motores turbo-jatos, o desvio é efetuado pela introdução de um defletor, em forma de cone invertido (conchas defletoras), na corrente dos gases de descarga do motor, proporcionando mecanicamente desvio para um ângulo adequado na direção oposta. (PALHARINI, 2012, p.64)

Não são apenas os aviões à reação que tem reverso, alguns aviões menores a hélice também contam com esse dispositivo para ajudar em seus pousos, porém funcionam de maneira diferente, enquanto que na turbina temos um defletor que se projeta alterando o fluxo de ar decorrente do escapamento para ajudar na frenagem, nos motores a hélice, o que muda é o ângulo de ataque da hélice, que ao invés de tracionar o avião para frente, irá fazer uma tração negativa, projetando a massa de ar para frente da aeronave.

A FORMAÇÃO DO PILOTO.

Segundo Junior (2007), para formar-se um piloto comercial de avião, além de muita dedicação e disciplina aos estudos, o individuo terá de passar por uma série de exames médicos a fim de comprovar sua saúde física e sanidade mental, o CMA.

CERTIFICADO MÉDICO AERONÁUTICO – CMA.

Por prerrogativas da Agencia Nacional de aviação Civil por meio da RBHA 61 (2006), no Rio Grande do Sul, toda a pessoa que pretende frequentar os cursos deverá se submeter a exames de saúde para a obtenção do CMA. No Rio Grande do Sul, ele é emitido pela junta de saúde da base aérea de Canoas (V COMAR), e sua posse da a liberação para voar, mesmo sem a aprovação na prova da ANAC, porém desde que os voos sejam todos com a presença de um instrutor, impedindo o mesmo de voar solo.

AEROCLUBE

O aeroclube tem o papel fundamental na vida dos pilotos, é la que eles serão treinados, avaliados e reavaliados, é onde, segundo o RBHA 61, da ANAC (2006), o aluno irá voar toda a sua parte prática. Nos dias de hoje, apesar de alguns períodos de recesso, a aviação é um mercado crescente. Podemos encontrar aeroclubes e escolas de aviação em todos os estados do país. O aeroclube tem como principal objetivo o ensino, tanto teórico quanto prático da aviação civil. Tem aeroclubes aptos ao ensino de apenas parte do curso de piloto comercial, como exemplo o Aeroclube de Montenegro, onde temos o curso de piloto comercial apenas visual e monomotor enquanto que o Aeroclube de Eldorado do Sul tem o curso completo. Isso deve ser levado em conta na hora da escolha do aeroclube, pois é nele que o aluno passara o tempo necessário a sua formação. O Aeroclube também poderá praticar voos panorâmicos e cumprir missões de emergências. Um bom aeroclube dará os passos necessários para o individuo se tornar um piloto prestando o curso teórico e prático de piloto privado de avião e posteriormente a este o curso de piloto comercial de avião.

PILOTO PRIVADO.

O primeiro passo na aviação é dado através do ingresso no curso de piloto privado de avião. Apenas com o curso de piloto privado, não é possível trabalhar com aviação, sendo seu uso vetado apenas para uma aviação de recreação, desporto e apenas voo visual. O curso consiste no preparo do aluno para a banca de exames da ANAC. Até julho de 2013, o curso era de caráter facultativo, cabendo ao aluno o preparo para a prova, contudo, visando um ambiente aeronáutico mais seguro e polido, a ANAC o tornou obrigatório.

Segundo o RBHA 61 da ANAC (2006), os requisitos para ingressar no curso são os seguintes:

- Ter completado 18 anos;

- Ter concluído com aproveitamento o 1º grau;

- Ter sido aprovado na banca de exames da ANAC;

- Ter o CMA de 2ª classe válido.

- Para a banca da ANAC, são estudadas as seguintes matérias:

- Teoria de voo;

- Regulamentos de tráfego aéreo;

- Meteorologia;

- Conhecimentos técnicos;

- Navegação.

No curso, o aluno terá que desenvolver o senso prático das técnicas de pilotagem, para isso, há um mínimo de horas de voo a serem voadas e um programa a ser obedecido; 40 horas de voo ou 35 horas em curso homologado pela ANAC como piloto na categoria de aeronave das quais:

- 15 horas deverão ser realizadas em curso homologado;

- 10 horas

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