A importancia da Comunicação
Por: Hugo.bassi • 19/4/2018 • 4.376 Palavras (18 Páginas) • 251 Visualizações
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2.1 A comunicação na administração das organizações
De acordo com a definição etimológica, a palavra comunicação vem do latim comumnicatio, ónis, que significa a ação de tornar algo comum a muitos. A comunicação pode ser considerada como um processo intermediário que permite a troca de informação entre as pessoas (LE COADIC, 2004, p.11 apud GONÇALVES & Org., 2009, p. 37).
Partindo do pressuposto de que ao longo da história, o homem sempre buscou diferentes formas de aperfeiçoar sua comunicação, visando uma interrelação social e cultural, na organização também não é diferente, até porque a organização é fruto de uma construção social. E “A comunicação é parte integrante da organização, no sentido de que a comunicação faz a organização, ou seja, é a condição necessária da organização” (LITE, 1997 apud SCROFERNEKERA, 2006, p. 48).
Seguindo essa linha, Chiavenato (2004, p. 169) afirma que: “podemos definir comunicação como o processo de transferir informação, significado e compreensão, de um emissor para um receptor.” E afirma ainda que:
[...] os seres humanos são obrigados a uns com os outros formando organizações para alcançar certos objetivos que a ação individual isolada não conseguiria alcançar. A comunicação organizacional [...] visa passar informações, tomada de decisões Corretas e desenvolver relacionamentos que integram e coordena todas as partes. O comportamento Humano nas Organizações sofre influências pessoais (personalidade, motivação, expectativas, objetivos pessoais) e ambientais (cultura, ambiente de trabalho). As relações humanas estão voltadas para atitudes e ações desenvolvidas com os grupos e pessoas. (CHIAVENATO, 2006 apud SOUZA; FANTINI; DALLAGNOLI; MORESCO, 2009, p.p. 3-4).
No tocante a comunicação Martinelle (2010, p. 62) entende que a comunicação “é um dos componentes mais importantes do processo de negociação”.
Hoje as organizações concentram-se em encarar a concorrência e dinâmica das novas condições de mercado e adaptar-se para permanecer no mercado ao passo que no passado a comunicação organizacional tinha como função prioritária apenas estabelecer vínculos de relacionamentos com o emissor e receptor. E Bueno (1995), refere que “hoje, não é possível imaginar uma empresa que se pretenda ser líder de mercado e que volte às costas para o trabalho de comunicação". Portanto, a comunicação pode e deve ser utilizada para estimular, motivar e melhorar a imagem da empresa, porém, seu objetivo maior nas organizações é solucionar problemas, gerar e facilitar a compreensão, ou seja, evitar ruído e conflito de comunicação entre pessoas e suas visões de mundo. Por isso, quando a comunicação é bem administrada possibilita a qualquer empresa maior desempenho. Dessa forma, os administradores começaram a se preocupar com certos aspectos "intangíveis" da organização, tais como liderança, comunicação, motivação, organização informal, buscando entender o comportamento humano e encontrar soluções para os problemas organizacionais. Uma comunicação eficiente é sem qualquer sombra de dúvida, o fator mais importante no sucesso de uma empresa. O relacionamento entre as pessoas só é possível através da comunicação.
Aristóteles foi um dos pensadores que possibilitou o embasamento para o entendimento do processo de comunicação. Ele afirma serem três os elementos fundamentais deste processo, conforme citado por Berlo (1970), no livro ‘O Processo da Comunicação’ que fala sobre discurso e a audiência. Ainda que mais complexos, com a incorporação de novos elementos, os modelos contemporâneos de comunicação estão calcados nestes três elementos básicos. Assim, o processo de comunicação é visto hoje como contendo os seguintes componentes:
O emissor ou fonte — é o indivíduo ou grupo que emite a mensagem.
A codificação — codificar uma' mensagem significa formular o conteúdo através de símbolos (palavras, desenhos, gestos etc.) e selecionar o veículo eficaz para sua transmissão.
mensagem — considera-se mensagem qualquer informação ou estímulo que pretendemos transmitir a alguém, envolvendo informações e/ou sentimentos. O canal — é o veículo utilizado para transmitir a mensagem, como o meio verbal, O papel, e os meios de comunicação eletrônicos. A decodificação — ocorre quando a mensagem veiculada chega ao seu destino e os símbolos utilizados na codificação são traduzidos em informações e sentimentos pelo destinatário. O receptor — é a pessoa ou grupo a quem se destina a mensagem. (BERLO,1970).
As pessoas se relacionam através da comunicação usando o modelo básico universal da comunicação citado á cima. Neste mesmo contexto, Caravantes & Org. (2009), traz uma reflexão do modelo básico universal de comunicação citando que;
O emissor origina a mensagem codifica-la, isto é, ao construí-la. [...] O emissor envia a mensagem através do meio. Um meio corresponde à forma de transmissão e não à mensagem propriamente dita. Exemplos de meios podem ser a palavra falada, gestos e expressões corporais, vídeo, memorandos escritos, fax ou mensagens via correios eletrônicos. O receptor codifica a mensagem, isto é, a interpreta. (CARAVANTES & Org., 2009, p. 197)
Percebe-se então que, para que haja uma boa comunicação se faz necessário envolver: a escolha do canal adequado, uma elaboração do conteúdo da mensagem empregando as palavras certas, uma identificação e redução de ruídos e interferências e o feedback.
2.2 Ruídos de comunicação
Segundo Martinelli (Org., 2010, p. 75) os “ruídos de comunicação é qualquer evento que ocorra durante o processo de comunicação e que prejudique a compreensão da mensagem que é transmitida”. Os ruídos podem ter origem em problemas físicos como, por exemplo, barulhos atrapalhando a audição; tecnológicos, como sistemas informatizados com operações degradadas ou psicológicos, como preconceitos contra o emissor, dificuldade de concentração, dentre outros. Destes três tipos básicos de ruídos, o mais difícil de ser combatido é, sem dúvida, o último.
Esses são alguns dos ruídos mais comuns nos processos de comunicação organizacional: mensagem passada de fonte não confiável pode causar perda do foco de atenção; não abertura a novos conhecimentos devido à conservação de paradigmas e experiências anteriores; resistência a entender ou aceitar determinadas informações que recebemos; dificuldade
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