A HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO
Por: Carolina234 • 9/1/2018 • 3.019 Palavras (13 Páginas) • 299 Visualizações
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Dado que Marx apontou o trabalho como determinante do valor de troca, o subdividiu em útil e abstrato. O trabalho útil (sua forma especifica, finalidade, seu sujeito, seu meio e seu resultado) é o que define o valor de uso e trabalho abstrato (gasto de força de trabalho humana) é o que define o valor de troca.
A natureza social da produção de mercadorias
Os produtos do trabalho humano só se transformavam em mercadoria quando eram produzidos com o objetivo de serem trocados, ou seja, se produz pela busca do valor de troca e não pode ser de necessidade direta do produtor. Para usa sociedade ser considerada produtora de mercadorias necessitava: especialização para que cada produtor produza só um produto, essa especialização exigia separação do valor de uso para o de troca e o mercado deveria ser amplo, bem desenvolvido.
A relação social entre os produtores existia na medida em que um produzia e satisfazia das necessidades dos outros e a produção deles poderia ser ligada (cada um produz uma parte da mercadoria).
Circulação simples de mercadoria e circulação capitalista
Na produção simples, se produz mercadorias para venda com o fim de adquirir outras mercadorias para uso, ou seja, se transforma mercadoria em dinheiro e o dinheiro novamente em mercadoria. É a circulação do trabalho social materializado (M-D-M – mercadoria, dinheiro mercadoria). Contrastado com isto, a circulação capitalista (D-M-D’ – dinheiro, mercadoria, dinheiro) investe dinheiro para produzir a mercadoria e a mercadoria novamente para dinheiro, assim compra para vender (o dinheiro aqui se transforma em capital).
Mais-valia, Troca e a Esfera da Circulação
A diferença ente D para D’ é a mais-valia, sendo a busca pela ampliação dela a motivação do sistema capitalista, onde o dono do dinheiro se torno o capitalista. Assim, a mais-valia nada mais e que o lucro, mas segundo Marx não é gerada pela circulação e sim pela esfera da produção.
Circulação do capital e Importância da produção
A mais-valia é gerada na produção, podendo ser explicada pela expressão: D-M...P...M’-D’ – Com o dinheiro é comprado a mercadoria M que passa pelo processo de produção P, que dera uma mercadoria com maior valor agregado M’ e que assim gera maior dinheiro D’. Desse modo a mais-valia é atingida por meio de um processo de produção já que d é menos que D’, pela ampliação de seu valor. Conclui-se que o capital circula, mas o que gera a mais-valia é a produção
Trabalho, força de trabalho e a definição de capitalismo
Força de trabalho é a capacidade mental e física para o trabalho, quando era vendida como mercadoria, seu valor de uso era a execução do trabalho. A existência da força de trabalho como mercadoria dependia: do dono da força de trabalho se oferecer como mercadoria e que o trabalhador fique na posição de vender apenas seu trabalho e não a mercadoria que produz. Assim o capitalismo existia pela capacidade de produção ser monopolizada. Já que a maior parte das pessoas não tinham condições de produzir e assim tinham só sua força de trabalho para ofertar.
O valor da força de trabalho
A força de trabalho era trabalho potencial enquanto o valor de uso da força de trabalho que era o trabalho executado. O valor da força de trabalho é determinado pelo tempo de trabalho necessário para a produção. A diferença de salários refletia a exigência de educação e treinamento para execução do trabalho. O salário tenderia para o nível de subsistência de que estivesse vendendo essa força de trabalho, determinada pelos padrões culturais, isto pois os desempregados sempre estavam dispostos a aceitar salários que os dessem subsistência, mantendo assim os salários neste nível.
Trabalho necessário, trabalho excedente e criação e realização de mais-valia
O trabalho dispendido para o desenvolvimento de uma mercadoria é trabalho necessário que cria o equivalente em valor de salário, mas no capitalismo esse tempo é ultrapassado tendo o trabalho excedente e consequentemente a mais-valia. Por isso, segundo Marx a força de trabalho como mercadoria era a única fonte de mais-valia, sendo que o valor da mercadoria prove de três fontes: a matéria-prima, força de trabalho e os instrumentos.
Capital Constante, capital variável e taxa de mais-valia
Capital constante são todos os instrumentos, maquinas, prédios e matérias primas (tem a capacidade apenas de transferir seu próprio valo), já capital variável é a força de trabalho que o capital compra, seu valor aumenta quanto a força de trabalho comprada se transforma em trabalho real. Assim, C= (c+v) + s – C é capital, c capital constante, v capital variado e s é a mais-valia, de modo que a mais-valia é o grau de exploração da força de trabalho pelo capital ou do trabalhador pelo capitalista.
As outras fontes de renda que não salário (aluguel, lucros, juros) era apenas a divisão da mais-valia entre a classe capitalista.
Duração da jornada de trabalho
Havia uma luta constante, os trabalhadores querendo trabalho justo e o capital buscando força de trabalho com horas excedentes para aumentar a mais-valia, mesmo que ultrapassassem as condições físicas e mentais dos trabalhadores.
A teoria do valor do trabalho e o problema da transformação
O valor de uma mercadoria não é apenas seu valor de uso (propriedades físicas e químicas que a torna adequada para determinado uso), incorpora as circunstâncias históricas e sociais em que foi produzida, assim a produção é um processo social fazendo da produção um conjunto de atividades e um conjunto de relações sociais. A venda de mercadoria, a um dado preço, transforma certa quantidade de trabalho privado em trabalho social, sendo o trabalho abstrato o que constitui o valor. Mas, o valor e o preço não possuem uma relação diretamente observável, pois o preço é formado por diversas causas empíricas.
O problema da transformação buscas identificar essas causas empíricas na formação dos preços a fim de encontrar mentalmente a relação quantitativa entre o valor e o preço. Então o W= Ld+ LL + LS – W é o valor, Ld é o trabalho morto e Ll é o trabalho vivo (trabalho necessário e trabalho excedente)
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