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A Comunicação Estratégica Interdepartamental como Vantagem Competitiva: Um estudo de caso em uma indústria de tabaco

Por:   •  5/4/2018  •  5.636 Palavras (23 Páginas)  •  521 Visualizações

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Comunicação Organizacional

Vive-se, na atualidade, a chamada Era da Comunicação e as empresas, em âmbito mundial, prezam para que esta seja interdepartamental. Assim, o propósito desse artigo é pesquisar como a comunicação estratégica interdepartamental pode ser fator relevante para o sucesso da organização bem como uma das principais vantagens competitiva no cenário atual.

Tavares (2007) e Kunsch (2008) afirmam que a comunicação organizacional é o tipo de comunicação existente entre a organização e os seus stakeholders: [4] cliente interno, fornecedores, clientes externos etc. Tendo como objetivo de estudo os princípios comunicacionais no contexto das organizações.

Conforme Torquato (1989, p. 31): “Gerar consentimento, eis o objetivo final da comunicação organizacional”. Conceber aceitação através da comunicação tanto expressiva quanto emocional deve ser uma meta dos profissionais que lidam com a comunicação organizacional. No que corrobora Vogelsang (2012) acrescentando que esta interação entre os departamentos integrantes de uma organização facilitam a interação de todos para a melhor rentabilidade empresarial.

O aprimoramento da comunicação organizacional, segundo March e Simon (1978), tem maior integração e interação efetivas por um treinamento específico e sequenciado, pois, afirmam que quanto mais bem treinados são os colaboradores, sobre estes processos e suas atividades, antes mesmo de ocuparem seus cargos, menor será a necessidade de comunicação no seu cotidiano laboral.

Ampliando o entendimento referente a esta comunicabilidade Torquato (1989, p. 86) afirma que os objetivos gerais da comunicação devem render:

a) Maior prazer e satisfação no trabalho e nas relações de cada um com seus companheiros:

b) Atitudes mais desejadas e mais racionais, em consequência de um maior sentido de participação e talvez de uma melhor informação acerca do ambiente de trabalho

c) Um sentimento mais desenvolvido do dever, em consequência de uma definição mais clara de autoridade e de responsabilidade, uma ação mais inteligente no trabalho e nas negociações. (1989, p. 86).

Uma comunicação efetiva pode render uma série de retornos positivos dentro da organização, pois é através dela que fortalecemos o laço entre os diversos departamentos, fazendo que com isso não haja rivalidades interdepartamentais, ou assuntos mal resolvidos. Através desse engajamento todos caminham para um mesmo objetivo, tornando assim o sucesso da organização.

2.2 Aplicação da Comunicação Estratégica

O conceito de estratégia é concebido por Ribeiro (2008) tendo sua origem do grego “strategos” e surgiu no militarismo significando vencer sem lutar, tendo uma coerência da estratégia de guerra para estratégia gerencial. Devendo criar uma analise criteriosa sobre os pontos fortes e fracos. A gestão estratégica deve obter uma verificação sensata sobre os planejamentos que podem ser mantidos e sobre os que precisam mudar.

A definição de comunicação estratégica é esclarecida por Kunsch (2008) como sendo uma das principais ferramentas de vantagem competitiva, pois é através dela que se pode obter o equilíbrio entre os interesses da organização e de seu publico fazendo disso um grande diferencial. O processo de planejar estrategicamente a comunicação é, de fato, muito vantajoso, pois permite ponderar muitas coisas e, mais importante ainda, contribui de forma efetiva para a descoberta dos pontos fortes e fracos do ambiente interno bem como oportuniza evidenciar ameaças e oportunidades do ambiente externo.

Em vista disso, para Torquato (1989) um dos principais pontos fracos na comunicação estratégica organizacional é pelo fato de um grande volume de informações que chegam até os menores níveis da organização e que acabam não sendo avaliados e controlados de forma correta, fazendo com que haja falhas e gaps [5] no processo estratégico da comunicação. Uma das soluções relatadas pelo autor é ter foco na criação de canais estratégicos de comunicação tais como: reuniões com diversos departamentos da organização, integração de equipes, conselhos participativos entre outros. Os mesmos devem estar adequados para fazer o contraponto. Através desses canais será possível um maior engajamento e integração na relação de líder e subordinado.

Tavares (2007) salienta que a comunicação pode existir ou não de forma estratégica, pois ela pode ser tanto organizada quanto desorganizada. No primeiro cenário estão situadas as organizações que realmente valorizam e se importam com a comunicação, fazendo uso de modo correto, planejando todos os passos e focando na visão estratégica. Já no segundo infelizmente está a maioria das organizações brasileiras que utilizam a comunicação de forma intuitivamente sem o planejamento, pois elas ainda têm a visão que essa comunicação pode ser um prejuízo e não uma forma de alavancar sucesso e valor a organização.

2.3 Comunicação Interdepartamental

Dentre os diversos tipos de comunicação, existe a comunicação Interdepartamental que é a forma como os departamentos de uma organização se comunicam entrei si, como uma conversa entre um analista de projetos e um analista financeiro ambos de departamentos diferentes. Para Bathia (2005) a gestão eficaz dessa comunicação Interdepartamental pode resolver muitos problemas comuns entre eles, principalmente os conflitos Interdepartamentais.

Conflitos Interdepartamentais ocorrem quando os gestores dizem aos seus subordinados que seu departamento é mais importante dos que os outros, com essa atitude eles criam uma cultura onde os funcionários desvalorizaram e desrespeitam o trabalho dos colegas de outros departamentos, fazendo que com isso haja esse conflito e rivalidade Interdepartamental. Segundo o autor para evitar esse tipo de conflito os gestores devem evitar desprezar os outros departamentos e ensinar aos seus colaboradores sobre a importância do mesmo no contexto organizacional.

Na organização onde o trabalho é altamente departamentalizado os colaboradores sabem pouco sobre o que acontece fora de suas próprias áreas de atuação e costumam não interagir com colegas dos demais departamentos. Isso pode sustentar uma percepção pelos próprios colaboradores sobre o déficit de interação e integração entre eles. Essas atitudes acabam normalmente gerando certos

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